Escola sem partido: um projeto de embrutecimento social

Autores

DOI:

https://doi.org/10.9771/gmed.v15i3.52778

Palavras-chave:

Educação, Escola, Cidadania, Projeto econômico-político.

Resumo

Este artigo tem como objetivo discutir as proposições educacionais do Movimento Escola sem Partido como expressão de um projeto de embrutecimento social, abraçado pelas camadas mais reacionárias da classe dominante brasileira. Para esse propósito, realizou-se uma revisão bibliográfica de autores que versam sobre as temáticas: educação, escola, desenvolvimento humano e do Movimento. Por assumir a Escola Pública como uma construção social contraditória, permeada pelo antagonismo de classes, identificou-se nos projetos deste Movimento um ataque ao papel da escola de ensinar os conteúdos fundamentais construídos historicamente e ao projeto de educação para a cidadania. Diante dessa ameaça, cabe à classe dominada esboçar um novo projeto educacional que só pode ser posto em curso por ela. 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Marco Antonio de Oliveira Gomes, Universidade Estadual de Maringá (UEM)

Doutor em História e Filosofia da Educação pela Universidade Estadual de Campinas (2007). Pós Doutorado em História e Filosofia da Educação pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Professor Adjunto no Departamento de Fundamentos da Educação da Universidade Estadual de Maringá, Campus sede. Líder do Grupo de Pesquisa Fundamentos Históricos da Educação (UEM/CNPq). Participa do Grupo de Pesquisas História, Sociedade e Educação no Brasil - Histedbr/UNIR e do Grupo de Pesquisa sobre Política, Religião, Educação e Modernidade (UEM). Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/0581840246394811. Orcid: http://orcid.org/0000-0002-2397-5615. E-mail: marco1964.ma@gmail.com.

Krigor de Camargo Barela Faeda, Universidade Estadual de Maringá (UEM)

Mestrando pelo Programa de Pós-Graduação em Educação (PPE) da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e sua pesquisa é desenvolvida pela linha História da Educação, Políticas e Práticas Pedagógicas. Participa do Grupo de Pesquisa Fundamentos Históricos da Educação (UEM). Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/0056623753315659. Orcid: https://orcid.org/0000-0002-5595-2987. E-mail: krigorfaeda@gmail.com.

Bruna da Silva Passos, Universidade Estadual de Maringá (UEM)

Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Educação (PPE) na Universidade Estadual de Maringá (UEM). A sua pesquisa é desenvolvida em História da Educação, Políticas e Práticas Pedagógica. Participa dos Grupos de Pesquisa Política, Religião e Educação na Modernidade (UEM) e Fundamentos Históricos da Educação (UEM). Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/7916486242743621. Orcid: https://orcid.org/0000-0001-8068-7081. E-mail: xbrunapassos@gmail.com.

Referências

ADORNO, T. W., FRENKEL-BRUNSWIK, E., LEVINSON, D. J. e SANFORD, R. N. (Eds.). La personalidad autoritaria (D Cimbler & A. Cymler, Trads.). Buenos Aires, Argentina: Proyéccion. 1965.

BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O que é educação. São Paulo: Brasiliense, 2007.

ENGELS, Friederich. O papel do trabalho na transformação do macaco em homem (1876). Trabalho Necessário, Niterói, v. 4, n. 4, 2006.

ESPINOSA, Betty R. Solano; QUEIROZ, Felipe B. Campanuci. Breve análise sobre as redes do Escola sem Partido. In. FRIGOTTO, Gaudêncio. Escola “sem” partido: esfinge que ameaça a educação e a sociedade brasileira. Rio de Janeiro: UERJ, LPP, p. 49-62, 2017.

AZEVEDO, Fernando de. Et al. Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova (1932).In:AZEVEDO, Fernando de. Et al. Manifestos dos Pioneiros da Educação Nova (1932) e dos Educadores (1959). Recife: Fundação Joaquim Nabuco, Editora Massangana, 2010.

GARCIA, Jeferson Diogo de Andrade; LAZARINI, Ademir Quintilio Lazarini; BARBIERI, Aline Fabiane; MELLO, Rosângela Aparecida. A Origem da Escola Pública no Século XIX: Contraposição ou coerência com as Necessidades do Capital? Tempos e Espaços em Educação, São Cristóvão-Se, Brasil, v. 10, n. 21, p. 177-190, jan/abr, 2017.

LEONTIEV, Alexis. O desenvolvimento do psiquismo. Lisboa: Horizonte, 1978.

MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. Textos sobre educação e ensino. Editora Moraes, 1983.

MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. Manifesto do Partido Comunista. 79ª ed. São Paulo: Global, 1988.

MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. A ideologia alemã: crítica da mais recente filosofia alemã em seus representantes Feuerbach, B. Bauer e Stirner, e do socialismo alemão em seus diferentes profetas. São Paulo: Boitempo, 2007.

MOVIMENTO ESCOLA SEM PARTIDO, 2004. Disponível em: < http://www. escolasempartido.org.> Acesso em: 08 jan. 2023.

ORSO, Paulino José. Escola “sem” partido ou um partido a serviço da burguesia?. In. BATISTA, Eraldo Lema; ORSO, Paulino José; LUCENA, Carlos (orgs.), Escola sem partido ou a escola da mordaça e do partido único a serviço do capital. Uberlândia: Navegando Publicações, p. 131, 2019.

RIBEIRO, Darcy. Nossa escola é uma calamidade. Salamandra Editora, 1984.

SILVEIRA, Zuleide S. Onda conservadora: o emergente movimento escola sem partido. In. BATISTA, Eraldo Lema; ORSO, Paulino José; LUCENA, Carlos (orgs.), Escola sem partido ou a escola da mordaça e do partido único a serviço do capital. Uberlândia: Navegando Publicações, p. 17-48, 2019.

TAFFAREL, Celi Nelza Zulke et al. Escola sem Partido: a necessidade do controle ideológico dos professores para se manter a exploração de classe e o imperialismo. In. BATISTA, Eraldo Lema; ORSO, Paulino José; LUCENA, Carlos (orgs.), Escola sem partido ou a escola da mordaça e do partido único a serviço do capital. Uberlândia: Navegando Publicações, p. 163, 2019.

TONET, Ivo. Educação contra o capital. Maceió: Edufal, 2007.

VERÍSSIMO, José. A Educação Nacional. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1985.

Downloads

Publicado

2023-12-29

Como Citar

de Oliveira Gomes, M. A., de Camargo Barela Faeda, K. ., & da Silva Passos, B. . (2023). Escola sem partido: um projeto de embrutecimento social . Germinal: Marxismo E educação Em Debate, 15(3), 468–481. https://doi.org/10.9771/gmed.v15i3.52778