Se a língua é viva, por que mortificá-la?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.9771/gmed.v14i1.46759

Palavras-chave:

Variação Linguística, Sociolinguística, Preconceito Linguístico, Pedagogia Histórico-Crítica, Materialismo Cultural

Resumo

O artigo objetiva explicitar como a desconsideração do que a sociabilidade e a comunicação humanas têm de peculiar enseja uma noção (dominante) de preconceito linguístico que fomenta o aprofundamento das desigualdades sociais e a mortificação da língua. A argumentação confronta a relação língua-sociedade vista, por um lado, sob a perspectiva da Sociolinguística, e, por outro, sob a perspectiva da Pedagogia Histórico-Crítica, declaradamente comprometida com a superação da sociedade de classes, assim como do Materialismo Cultural, no pensamento de Raymond Williams, cuja teoria resulta de reavaliação do lugar da cultura no interior da teoria marxista.

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Biografia do Autor

Lorena Forti, PUC-Rio

Mestre em Educação (PUC-Rio). Graduada em Filosofia (UERJ), Comunicação Social- Jornalismo (UERJ) e Letras (UNINTER). Integrante do Grupo These - Projetos Integrados de Pesquisa em Trabalho, História, Educação e Saúde (UFF). Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/3747233478238636 Orcid: https://orcid.org/0000-0001-9685-1608 E-mail: l.forti.addenda@gmail.com

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Publicado

2022-04-30

Como Citar

Forti, L. (2022). Se a língua é viva, por que mortificá-la?. Germinal: Marxismo E educação Em Debate, 14(1), 593–609. https://doi.org/10.9771/gmed.v14i1.46759