Se a língua é viva, por que mortificá-la?
DOI:
https://doi.org/10.9771/gmed.v14i1.46759Palavras-chave:
Variação Linguística, Sociolinguística, Preconceito Linguístico, Pedagogia Histórico-Crítica, Materialismo CulturalResumo
O artigo objetiva explicitar como a desconsideração do que a sociabilidade e a comunicação humanas têm de peculiar enseja uma noção (dominante) de preconceito linguístico que fomenta o aprofundamento das desigualdades sociais e a mortificação da língua. A argumentação confronta a relação língua-sociedade vista, por um lado, sob a perspectiva da Sociolinguística, e, por outro, sob a perspectiva da Pedagogia Histórico-Crítica, declaradamente comprometida com a superação da sociedade de classes, assim como do Materialismo Cultural, no pensamento de Raymond Williams, cuja teoria resulta de reavaliação do lugar da cultura no interior da teoria marxista.
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