A interlocução entre estado e mercado na elaboração da Base Nacional Comum Curricular

Autores

DOI:

https://doi.org/10.9771/gmed.v12i1.36877

Palavras-chave:

Educação. Aparelhos privados de hegemonia. BNCC

Resumo

Nosso objetivo é problematizar o caráter democrático do processo de elaboração da Base Nacional Comum Curricular. Para tanto, apresentamos o processo histórico de sua construção, seus proponentes, signatários e apoiadores. Analisamos a elaboração da Base e o que representou a exclusão das organizações representativas dos/as trabalhadores/as e pesquisadores/as da educação do processo. Concluímos que um processo que pretende ser democrático não pode privilegiar um seguimento da sociedade em detrimento de outros. Estabelecer o mercado como principal interlocutor no processo de reforma curricular, o Ministério da Educação negligencia as entidades do setor público e confere caráter privatista e mercantil à educação.

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Biografia do Autor

Jacqueline Lopes Freire, Universidade Federal de Uberlândia

Mestra em Educação pela Universidade de Uberaba - UNIUBE. Doutoranda pela Universidade Federal de Uberlândia - UFU, na linha de História e historiografia da educação.

Mario Borges Netto, Universidade Federal de Uberlândia

Doutor em Educação pela Universidade Estadual de Maringá - UEM. Graduado em Pedagogia e Mestre em Educação, ambos pela Universidade Federal de Uberlândia - UFU. Professor do Instituto de Ciências Humanas do Pontal - ICHPO, da Universidade Federal de Uberlândia - UFU.

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Publicado

2020-08-16

Como Citar

Freire, J. L., & Borges Netto, M. (2020). A interlocução entre estado e mercado na elaboração da Base Nacional Comum Curricular. Germinal: Marxismo E educação Em Debate, 12(1), 337–347. https://doi.org/10.9771/gmed.v12i1.36877