QUEM LUTA E COMO?
contextos artísticos na Lia Rodrigues Companhia de Danças
DOI:
https://doi.org/10.9771/2317-3777dana.v6i1.47261Resumo
Este artigo propõe “contexto artístico” como modo de compreender a dimensão social da arte, incitando questões sobre a branquitude (AHMED, 2012; BENTO, 2002; SOVIK, 2009) e seus territórios de atuação e emergência. A pergunta é: quem luta e como? A ideia de luta norteia a resistência a uma norma capitalística neoliberal e à sua relação intrincada com a arte institucionalizada (KUNST, 2015). Tais lutas são diferencialmente expressas nos corpos, baseadas nos marcadores sociais da diferença e nuançadas a partir da leitura imbricada de questões de pertencimento, observadas a partir da experiência da Lia Rodrigues Companhia de Danças e do território do Complexo de favelas da Maré, no Rio de Janeiro, sugerindo uma histórica não-racialização no campo das artes institucionalizadas. Em quase 20 anos de atividade, a maioria das/os dançarinas/os pretas/os que a companhia tem hoje são advindos da Maré, local em que Lia Rodrigues também dirige uma escola de dança. A cor da companhia tem mudado e, com isso,também as práticas artísticas e os objetivos políticos, a partir da interação com as organizações comunitárias locais. Reflete-se, assim, sobre as negociações complexas da companhia de Lia Rodrigues, teorizando sobre os limites e os desafios das lutas, dependendo da posicionalidade delas.
Palavras-chave: Arte; discursos étnico-raciais; movimentos sociais; território; dança.
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