TERRITÓRIO, SUBJETIVIDADE E RECEPÇÃO: A Festa do Coco criando espaço incorporado
DOI:
https://doi.org/10.9771/2317-3777dana.v5i1.42877Palavras-chave:
Brincadeira, Coco de Roda, Dança, Espaço, Recepção.Resumo
Este artigo é parte integrante de minha dissertação de mestrado realizada na Universidade de São Paulo (USP), no programa de Estudos Culturais na área da Filosofia. Ao longo do texto, discuto as negociações realizadas durante a Festa do Coco das comunidades quilombolas paraibanas Ipiranga e Gurugi que evidenciam maneiras de como ocorre a construção do espaço subjetivo da festa através das inter-relações entre as trajetórias humanas e não humanas e suas subjetividades. Chamo de construção do espaço subjetivo as outras linhas de vida estabelecidas no local da festa e que também organizam a construção de seu território, como o círculo, evidenciado na formação da roda de coco, e as pequenas linhas retas, produzidas pela ligação entre as duplas brincantes no centro da roda. Esta construção do espaço subjetivo da festa se dá juntamente com a linha retangular da arquitetura do local: o formato do barracão. Os estudos da Estética da Recepção me ajudaram a discutir a relação entre o público das festas, seus horizontes de expectativa e suas produções de subjetividade, ou seja, os processos de criação de subjetividades que ocorrem durante a festa e a brincadeira.
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