MESTRE KING NA DANÇA DA BAHIA: o Opaxorô como metáfora de um legado
DOI:
https://doi.org/10.9771/2317-3777dana.v5i1.42871Palabras clave:
Mestre King, Opaxorô, Dança Afro-brasileira, Metáfora.Resumen
Raimundo Bispo dos Santos, conhecido como Mestre King, é considerado um precursor da dança afro-brasileira. Neste artigo, proponho o Opaxorô como metáfora do seu legado. O Opaxorô é um cajado sagrado do candomblé, sustenta Oxalufã e simboliza a experiência disseminada, a sabedoria. Ao falar do Mestre King e sua história na dança, busco fortalecer a memória viva de sua arte que atravessa gerações. Pela falta de registros biográficos, descritivos e tantas outras formas de arquivos, percebe-se a lacuna de conhecimento e reconhecimento de diversos e díspares saberes negados pela supremacia de poder da estrutura social, artística e educacional brasileira. Evidencio, ainda, a sua herança cultural revelada nos dançarinos, majoritariamente negros, denominados “Raimundos”. Como parte da minha pesquisa, e como dançarino e coreógrafo, tenho desenvolvido um trabalho sobre a trajetória do Mestre King nas formas de espetáculo, filme, dissertação em desenvolvimento e aulas de dança. Referenciado nas Epistemologias do Sul, nos seus conceitos de linhas abissais e abordando a questão do racismo estrutural, em articulação ao procedimento cognitivo metafórico do corpo, espero ser possível contribuir, com este artigo, no reconhecimento de sua história e memória e apresentá-la como uma epistemologia afro-diaspórica.
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