A REVISTA CADERNOS DE PROSPECÇÃO E OS NÍVEIS DE MATURIDADE DE TECNOLOGIAS (TRL)
DOI:
https://doi.org/10.9771/cp.v10i1.21864Keywords:
TRL, StartupsAbstract
A revista Cadernos de Prospecção (CPROSP) tem como objetivo maior aportar elementos de inteligência competitiva de modo a subsidiar estratégias de curto, médio e longo prazo de profissionais atuando nas mais diversas áreas do conhecimento.
A revista aborda todas as etapas ou graus de amadurecimento das tecnologias (TRL- Technology Readiness Level), publicando artigos de prospecções de TRL1 a TRL 9, podendo subdividir genericamente as etapas de maturidade tecnológica em:
TRL1 a TRL3: pesquisa científica básica e parcialmente aplicada (resumos em eventos, artigos, etc.); tradicionalmente denominada de bancada.
TRL4 a TRL6: desenvolvimento tecnológico focado em pesquisa aplicada e onde a transferência de tecnologia tem ainda grande viés acadêmico requerendo rodadas de negociação de Portfólios de PI e mentorias, startups; tradicionalmente denominada de piloto, por exemplo.
TRL7 a TRL9: finalização das tecnologia, com alta interação com incubadoras, parques tecnológicos, aceleradoras, etc.; tradicionalmente denominada de demonstração e, depois, de comercial.
Na TRL1, a CPROSP contribui para que as boas idéias surjam a partir do conhecimento do estado da arte e da técnica e da inovação, especialmente lendo as partes dos artigos de perspectivas futuras.
Na TRL2, a CPROSP contribui com o mapeamento de estudos ainda muito incipientes, identificando potenciais parceiros para pesquisas conjuntas, especialmente nos casos onde mapeamentos de big data são realizados, por exemplo, no Google, identificando padrões de palavras, incluindo uma evolução temporal, deste modo identificando áreas que estão despontando e que podem se tornar tecnologias portadoras de futuro.
Na TRL3, a CPROSP contribui para mapear o estado da arte científica, mapeando publicações de artigos em revistas indexadas em bases universais.
Na TRL4, os mapeamentos patentários da CPROSP permitem identificar potenciais colaboradores e concorrentes, entendendo melhor o que a academia considera que vale a pena patentear, especialmente nas seções de discussão de inventores e seus focos de pesquisa e de atuação.
Na TRL5, os mapeamentos patentários permitem identificar as tecnologias em que o setor produtivo tem, especialmente através dos mapeamentos de titularidade de empresas, estando a tecnologia já está em fase de bancada ou de piloto. É possível identificar quais os mercados potenciais de cada tecnologia, por exemplo identificando em que países a tecnologia está sendo patenteada países dos depósitos de patentes e dos países escolhidos pelo Patent Cooperation Treaty (PCT).
Na TRL6, a CPROSP tem mapeamentos de informações obtidas em balanços mobiliários e balanços sociais de empresas, bancos de jurisprudência, releases e homepages de empresas, portfólios, produtos e processos no mercado, roadmaps, etc.
Na TRL7 é essencial verificar o potencial de comercialização, sendo importante valorar a tecnologia, a CPROSP contribui com modelos de matemática financeira, estudos de casos e métodos de valoração e seu mapeamento.
Na TRL8, os estudos de mercado, dados de importação e exportação, dados de acidentes, passam a ser essenciais para que se compare a tecnologia de interesse com as tecnologias já existentes, se estude seu desempenho
Na TRL9, o arcabouço legal e a permissão de comercialização passam a ser por demais importantes, pois, por exemplo, se não se conhecerem as normas de comercialização de transgênicos em certo país, como se podem sequer pensar em comercializar? Nesta etapa, a contribuição social e os impactos ambientais passam a ser determinantes para a aceitação da tecnologia pela sociedade.
Há ainda aspectos que são transversais, mas essenciais e complementares a diversas etapas de maturidade tecnológica, cobrindo de TRL 1 a TRL9, sendo estratégicos e devendo ser observados e analisados à medida que a tecnologia amadurece, como o arcabouço legal e financeiro internacional e nacional.
Diante do viável e próspero horizonte, contamos com as competências de nossa ampla gama de autores tão importantes para a construção de um país inovador e de um Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação robusto !
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