PROSPECTANDO INFLUÊNCIAS ENTRE O CUSTO-BRASIL E INVESTIMENTO DIRETO ESTRANGEIRO À LUZ DO MODELO DE REGRESSÃO LINEAR MÚLTIPLA
DOI:
https://doi.org/10.9771/s.cprosp.2015.008.073Keywords:
Custo-Brasil, Investimento Direto Estrangeiro (IDE), Modelo de Regressão Linear Múltipla.Abstract
O Custo-Brasil implica em perda de competitividade no mercado internacional, representando um grande entrave para o crescimento do país. As empresas que aqui operam têm de conviver com a carga tributária excessiva, com a logística deficiente, com a burocracia onerosa, com a rigidez da legislação trabalhista, entre outros fatores. Segundo Silva (2013), o custo-país foi um dos fatores responsáveis pela retração do Investimento Direto Estrangeiro (IDE) direcionado ao Brasil após a crise de 2008, prejudicando o setor produtivo. Este artigo tem como objetivo geral evidenciar as componentes do Custo-Brasil e verificar se estas influenciaram a recepção do Investimento Direto Estrangeiro (IDE) no País, para o período 1996-2009. Nas análises decorrentes lançou-se mão do modelo de regressão linear múltipla, baseado no método dos mínimos quadrados ordinários (MQO). Os resultados encontrados mostraram que é preciso que o governo brasileiro trate dos gargalos da economia de maneira sistêmica para que o Custo-Brasil seja, a princípio, reduzido e, posteriormente, eliminado.Downloads
References
AMARAL, L. M. F.; AMARAL, G. L.; OLENIKE, J. E. Carga tributária brasileira 2012. Curitiba: Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), 2013. Disponível em: <https://ibpt.org.br/img/uploads/novelty/estudo/559/CargaTributaria2012IBPT.pdf>. Acesso em: 22 abr. 2013.
ARAÚJO, C. A. L. O investimento direto estrangeiro chinês no Brasil e os determinantes para a escolha de setores pelas empresas investidoras. 2012. Dissertação (Mestrado Profissional em Desenvolvimento e Comércio) – Universidade de Brasília, Brasília, DF, 2012.
BANCO CENTRAL DO BRASIL. Investimento estrangeiro direto. Disponível em: <http://www.bcb.gov.br/rex/ied/port/notas/htms/notas.asp>. Acesso em: 22 ago. 2013.
BANCO MUNDIAL. Brasil: o custo Brasil desde 1990-92. Relatório n. 15663, Brasília, 10 dez. 1996.
BITENCOURT, M. B.; TEIXEIRA, E. C. Impacto dos encargos sociais na economia brasileira. Nova Economia, Belo Horizonte, v. 18, n. 1, p. 53-86, 2008.
CNI. Cartilha custo Brasil. São Paulo: Confederação Nacional da Indústria, 1995.
CNI. Conclusões do 3º Encontro Nacional da Indústria. Brasília: Confederação Nacional da Indústria, 2008.
DECOMTEC. Encargos trabalhistas sobre folha de salários e seus impactos no Brasil e no mundo. FIESP, São Paulo, 2011. Disponível em: <http://www.fiesp.com.br/indices-pesquisas-e-publicacoes/encargos-trabalhistas-sobre-folha-de-salarios-e-seus-impactos-no-brasil-e-no-mundo/>. Acesso em: 12 jul. 2013.
DECOMTEC. “Custo Brasil” e taxa de câmbio na competitividade da indústria de transformação brasileira. FIESP, São Paulo, 2013. Disponível em: <http://www.fiesp.com.br/indices-pesquisas-e-publicacoes/custo-brasil-na-industria-de-transformacao-em-2012-2/>. Acesso em: 27 mar. 2013.
DOING BUSINESS. Reforming through difficult times. Banco Mundial, 2009. Disponível em: <http://www.doingbusiness.org>. Acesso em: 12 abr. 2013.
DOING BUSINESS. Doing business in a more transparent world. Banco Mundial, 2012. Disponível em: <http://www.doingbusiness.org>. Acesso em: 27 mar. 2013.
DOING BUSINESS. Smarter regulations for small and medium-size enterprises. Banco Mundial, 2013. Disponível em: <http://www.doing.business.org>. Acesso em: 15 abr. 2013.
FERRETTI, R. C.; FUNCHAL, B. Efeito da regulação trabalhista e tributária nos investimentos no Brasil. Revista de Administração Mackenzie. São Paulo, v. 12, n. 4, 2011.
FRISCHTAK, C. R. O investimento em infra-estrutura no Brasil: histórico recente e perspectivas. Pesquisa e Planejamento Econômico. Brasil, v. 38, n. 2, 2008.
GUJARATI, D. N.; PORTER, D. C. Econometria básica. 5. ed. Porto Alegre: AMGH Editora, 2011.
HADDAD, E. A.; HEWINGS, G. Transportation costs and regional development: an interregional CGE analysis. In: European Congress of the Regional Science Association, 38., 1998, Austria. Disponívelem: <http://www-sre.wu-wien.ac.at/ersa/ersaconfs/ersa98/papers/426.pdf>. Acesso em: 12 abr. 2013.
HADDAD, E. A.; SANTOS, R. A. C. Eficiência relativa dos portos brasileiros: uma análise regionalizada. In: Encontro Nacional de Economia, 35., 2007, Recife. Anais..., Recife, 2007. Disponível em: < http://www.anpec.org.br/encontro_2007.htm>. Acesso em: 12 abr. 2013.
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Séries históricas e estatísticas. Disponível em: <http://seriesestatisticas.ibge.gov.br/>. Acesso em: 23 ago. 2013.
IPEA. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Monitor da percepção internacional do Brasil. IPEA, ano 3, n. 7, jun. 2012.
LAPLANE, M. F.; SARTI, F. Investimento direto estrangeiro e a retomada do crescimento sustentado nos anos 90. Economia e Sociedade, Campinas, v. 6, n. 1, p. 143-181, 1997.
MANCUSO, W. P. O lobby da indústria no Congresso Nacional: empresariado e política no Brasil contemporâneo. Dados, Rio de Janeiro, v. 47, n. 3, 2004.
MARQUES, J. C. Business and diplomacy in the age of globalization: Brazilian multinational corporations. In: Brazilian Studies Programme, Oxford, 2010. Disponível em: <http://www.lac.ox.ac.uk/papers-2008-present>. Acesso em: 12 abr. 2013.
MONTES, G. C.; REIS, A. F. Investimento público em infraestrutura no período pós-privatizações. Economia e Sociedade, Campinas, v. 20, n. 1, p. 167-194, 2011.
OLIVEIRA, M. A. S.; TEIXEIRA, E. C. Aumento da Oferta e Redução de Impostos nos Serviços de Infra-Estrutura na Economia Brasileira: uma Abordagem de Equilíbrio Geral. Revista Brasileira de Economia, v. 63, n. 3, 2009.
PASTORE, J. A dimensão tributária dos encargos sociais. In: MARTINS, I. G. (Coord.). Desafios do Século XXI. São Paulo: Pioneira, 1997. p. 146-159.
SILVA, A. S. B. Condicionantes da investibilidade em cidades brasileiras selecionadas: um estudo à luz do modelo de regressão linear de efeito misto para o período 2002-2010. Tese (Doutorado em Gestão) – Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. Vila Real (Portugal), 2013.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
O autor declara que: - Todos os autores foram nomeados. - Está submetendo o manuscrito com o consentimento dos outros autores. - Caso o trabalho submetido tiver sido contratado por algum empregador, tem o consentimento do referido empregador. - Os autores estão cientes de que é condição de publicação que os manuscritos submetidos a esta revista não tenham sido publicados anteriormente e não sejam submetidos ou publicados simultaneamente em outro periódico sem prévia autorização do Conselho Editorial. - Os autores concordam que o seu artigo ou parte dele possa ser distribuído e/ou reproduzido por qualquer forma, incluindo traduções, desde que sejam citados de modo completo esta revista e os autores do manuscrito. - Revista Cadernos de Prospecção está licenciado com uma Licença Creative Commons Attribution 4.0. Esta licença permite que outros remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho para fins não comerciais, e embora os novos trabalhos tenham de lhe atribuir o devido crédito e não possam ser usados para fins comerciais, os usuários não têm de licenciar esses trabalhos derivados sob os mesmos termos.Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.