Interesses Mercadológicos Asiáticos no Brasil: um levantamento dos pedidos de patentes oriundas da China, Japão e Coreia do Sul

Autores

DOI:

https://doi.org/10.9771/cp.v17i1.56505

Palavras-chave:

Inovação, Mercados, Patente.

Resumo

Entre as nações mais inovadoras globalmente, a China, o Japão e a Coreia do Sul têm se destacado de forma notável nas últimas décadas, assumindo posições de liderança em diversos setores do mercado mundial. Esse feito foi alcançado por meio de aplicação de políticas robustas e de um enfoque em inovação, o que permitiu às empresas desses países explorarem novas tecnologias e mercados, resultando na geração significativa de patentes. Diante desse cenário, o presente estudo se propôs a analisar as prioridades setoriais dessas nações e a avaliar sua dinâmica no mercado brasileiro. Para realizar essa análise, foram utilizados dados de pedidos de patentes obtidos na base da WIPO, abrangendo o período entre 2001 e 2021. Durante esse intervalo, um total de 48.866 pedidos de patentes foram feitos, revelando os diferentes setores de interesses desses países sobre o mercado brasileiro, refletindo os domínios tecnológicos priorizados por estes no Brasil.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Ítalo de Paula Casemiro, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Acreano, natural de Rio Branco. Mestre em Administração pelo Programa de Pós-Graduação Mestrado em Administração da Universidade Federal de Rondônia - UNIR (2014), tendo cursado esta pós-graduação como bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES. Bacharel em Administração de Empresas com Ênfase em Análise de Sistemas pelo Instituto de Ensino Superior do Acre - IESACRE (2011), tendo cursado o referido curso como beneficiário de bolsa integral através do Programa Universidade Para Todos - PROUNI. Pesquisador do Grupo de Pesquisa em Gestão da Inovação e Tecnologia (GEITEC) e do Grupo de Estudos de Recepção Audiovisual na Educação em Ciências e Saúde (GERAES). Possui experiência na área de Administração, Alimentos e Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: educação a distância, gastronomia contemporânea, segurança alimentar, comportamento organizacional, diversidade nas organizações, gestão ambiental, gestão urbana, sociologia urbana, tecnologias sociais, negócios sociais e divulgação científica. e. Áreas de interesse: gestão da diversidade, estudos sobre competências comportamentais em administração e ensino em administração.

Flávia Lima do Carmo, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Coordenadora da Agência UFRJ de Inovação e Jovem Cientista do Estado (FAPERJ)- possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2004), mestrado e doutorado em Biotecnologia Vegetal pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2007, 2011). Atuou como professora substituta da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ/FFP) ministrando a disciplina Microbiologia e Imunologia. Atualmente é Professora Adjunta do Instituto de Microbiologia Professor Paulo de Góes atuando principalmente nos seguintes temas: gestão da inovação, propriedade intelectual, patentes, monitoramento tecnológico, biotecnologia, microbiologia ambiental, qualidade de água, diversidade microbiana, ecologia microbiana molecular, biotecnologia, bioprospecção e biorremediação de ecossistemas impactados com óleo. É sócio fundadora do Instituto Coral Vivo e membro da Câmara Técnica de Ética em Pesquisa, unidade da Pró Reitoria de Pós Graduação e Pesquisa (PR-2) estando envolvida nas discussões da Biodiversidade e Acesso ao Patrimônio Genético e ao Conhecimento Tradicional Associado. Foi responsável pela implementação do Mestrado Profissional em Rede Nacional em Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação (PROFNIT) na UFRJ, sendo coordenadora e professora permanente do PROFNIT/Ponto Focal UFRJ.

Referências

ALTUNTAS, Serkan; DERELI, Turkay; KUSIAK, Andrew. Forecasting technology success based on patent data. Technological Forecasting and Social Change, [s.l.], v. 96, p. 202-214, 2015.

ARBIX, Glauco et al. Made in China 2025 e Industrie 4.0: a difícil transição chinesa do catching up à economia puxada pela inovação. Tempo Social, [s.l.], v. 30, n. 3, p. 143-170, 2018.

ARCHIBUGI, Daniele; PLANTA, Mario. Measuring technological change through patents and innovation surveys. Technovation, [s.l.], v. 16, n. 9, p. 451-519, 1996.

BRIGANTE, Paulo César. Análise dos indicadores de intensidade de P&D: entendendo os efeitos da estrutura industrial e dos gastos setoriais. Nova Economia, [s.l.], v. 28, n. 2, p. 523-548, 2018.

CARVALHO, Enéas Gonçalves de et al. Technological Strategies in Brazil’s Manufacturing Industry: A Study Based on Innovative Activities. Revista Brasileira de Inovação, [s.l.], v. 20, 2021.

CARVALHO, L.; AVELLAR, A. P. M. Inovação e capacidade exportadora: evidências para empresas brasileiras. Economia e Sociedade, [s.l.], v. 29, n. 1, p. 53-84, 2020.

CASSIOLATO, José Eduardo. As políticas de ciência, tecnologia e inovação na China. [S.l.]: Boletim de Economia e Política Internacional; IPEA, 2013.

CHANG, Ha-Joon. Chutando a escada. São Paulo: Unesp, 2004.

CHINA. The State Council The People’s Republic of China. 2006. Disponível em: https://www.itu.int/en/ITU-D/Cybersecurity/Documents/National_Strategies_Repository/China_2006.pdf. Acesso em: 30 nov. 2022.

CIMOLI, Mario; PEREIMA, João Basilio; PORCILE, Gabriel. A technology gap interpretation of growth paths in Asia and Latin America. Research Policy, [s.l.], v. 48, n. 1, p. 125-136, 2019.

CLARIVATE. Patent Trend Report 2022 Global insights into patent purpose, value, protection and technology. 2022. Disponível em: https://clarivate.com/wp-content/uploads/dlm_uploads/2022/01/2022_Patent_Trend_Report.pdf. Acesso em: 20 jul. 2023.

COELHO, Diego Bonaldo; MASIERO, Gilmar; CASEIRO, Luiz. A ascensão da China e seus reflexos no Brasil: fundamentos e evidências para uma estratégia de desenvolvimento. Revista Brasileira de Inovação, [s.l.], v. 14, p. 85-108, 2015.

DE NEGRI, Fernanda. Novos caminhos para a inovação no Brasil. 2018. Disponível em: https://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=33511. Acesso em: 20 nov. 2022.

EUSEBI, Christopher A.; SILBERGLITT, Richard. Identification and analysis of technology emergence using patent classification. In: RAND NATIONAL DEFENSE RESEARCH INST SANTA MONICA CA, 2014. Anais [...]. Santa Mônica, CA, 2014. Disponível em: https://www.rand.org/pubs/research_reports/RR629.html. Acesso em: 13 nov. 2022.

FAGERBERG, J. Technology and international differences in growth rates. Journal of Economic Literature, [s.l.], v. 32, n. 3, p. 1.147-1.175, set. 1994.

FANG, Li. Manufacturing Clusters and Firm Innovation. Economic Development Quarterly, [s.l.], v. 33, n. 1, p. 6-18, 2019.

FERNANDES, Luis; GARCIA, Ana; CRUZ, Paula. Desenvolvimento desigual na era do conhecimento: a participação dos BRICS na produção científica e tecnológica mundial. Contexto Internacional, [s.l.], v. 37, n. 1, p. 215-253, 2015.

GALINDO-RUEDA, Fernando; VERGER, Fabien. OECD taxonomy of economic activities based on R&D intensity. 2016. Disponível em: https://www.oecd-ilibrary.org/science-and-technology/oecd-taxonomy-of-economic-activities-based-on-r-d-intensity_5jlv73sqqp8r-en. Acesso em: 14 nov. 2022.

GUABIROBA, Ramon Porphirio. Ciência, tecnologia e inovação no Brasil e na China: condicionantes históricos e contextos político e econômico recentes. Salvador, 2014. 114f. Dissertação (Mestrado) –Universidade Federal da Bahia, Faculdade de Economia, Salvador, 2014.

GUIMARÃES, Alexandre Queiroz et al. Instituições e desenvolvimento no Japão: modelo de capitalismo, trajetória pós 1990, desafios atuais. Revista de Sociologia e Política, [s.l.], v. 24, n. 60, p. 3-28, 2016.

HALL, Bronwyn et al. The choice between formal and informal intellectual property: a review. Journal of Economic Literature, [s.l.], v. 52, n. 2, p. 375-423, 2014.

HU, Albert GZ; ZHANG, Peng; ZHAO, Lijing. China as number one? Evidence from China's most recent patenting surge. Journal of Development Economics, [s.l.], v. 124, p. 107-119, 2017.

JUN, Sunghae. Patent statistics for technology analysis. International Journal of Software Engineering and Its Applications, [s.l.], v. 9, n. 5, p. 155-164, 2015.

KANG, Raeyoon; JUNG, Taehyun; LEE, Keun. Intellectual property rights and Korean economic development: the roles of patents, utility models and trademarks. Area Development and Policy, [s.l.], v. 5, n. 2, p. 189-211, 2019.

KIM, Linsu. Da imitação à inovação: a dinâmica do aprendizado tecnológico da Coreia. Campinas, SP: Unicamp, 2005.

MASIERO, Gilmar; COELHO, Diego Bonaldo. A política industrial chinesa como determinante de sua estratégia going global. Brazilian Journal of Political Economy, [s.l.], v. 34, n. 1, p. 139-157, 2014.

MELO, Tatiana Massaroli; FUCIDJI, José Ricardo; POSSAS, Mario Luiz. Política industrial como política de inovação: notas sobre hiato tecnológico, políticas, recursos e atividades inovativas no Brasil. Revista Brasileira de Inovação, [s.l.], v. 14, p. 11-36, 2015.

MILANEZ, Douglas Henrique et al. Claim-based patent indicators: A novel approach to analyze patent content and monitor technological advances. World Patent Information, [s.l.], v. 50, p. 64-72, 2017.

MCTI – MINISTÉRIO DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO. Tabela 6.1.7: Brasil: Pedidos de patentes depositados no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), do Tipo Patente de Invenção (PI), pelo Campo Tecnológico correspondente à 1ª Classe IPC por origem, setor e área tecnológica de acordo com a Classificação Internacional de Patentes (IPC, na sigla em inglês), 2000-2021. [2023]. Disponível em: https://www.gov.br/mcti/pt-br/acompanhe-o-mcti/indicadores/paginas/patentes/inpi-escritorio-brasileiro/arquivos/tab_06_01_07_E_2021.pdf. Acesso em: 14 jul. 2023.

NISHIJIMA, Shoji. Políticas industriais japonesas. Revista Tempo do Mundo, [s.l.], v. 4, n. 3, p. 75-96, 2012.

OEC – THE OBSERVATORY OF ECONOMIC COMPLEXITY. Brazil. 2023. Disponível em: https://oec.world/en/profile/country/bra. Acesso em: 20 jul. 2023.

PELAEZ, Victor et al. A volatilidade da agenda de políticas de C&T no Brasil. Revista de Administração Pública, [s.l.], v. 51, p. 788-809, 2017.

PHILLIPS, Nicky. China: Building an innovator. Nature, [s.l.], v. 533, n. 7601, p. S32-S33, 2016.

RIBEIRO, Núbia Moura. Prospecção tecnológica. Salvador, BA: IFBA, 2018. v. 1. 194p. Disponível em: http://www.profnit.org.br/wp-content/uploads/2018/08/PROFNIT-Serie-Prospeccao-Tecnologica-Volume-1-1.pdf. Acesso em: 30 nov. 2022.

SALERNO, M. S.; KUBOTA, L. C. Estado e Inovação. In: DE NEGRI, J. A.; SALERNO, M. S. (org.). Políticas de Incentivo a Inovações Tecnológicas. Brasília, DF: Ipea, 2008.

SANT’ANNA, Nanahira de Rabelo. Cooperação em ciência, tecnologia e inovação entre Brasil e Japão: Contribuições para o desenvolvimento. 2013. 136f. Dissertação (Mestrado) – Universidade de Brasília, Centro de Estudos Avançados e Multidisciplinares, Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento, Sociedade e Cooperação Internacional, Brasília, DF, 2013. Disponível em: https://repositorio.unb.br/handle/10482/14559. Acesso em: 14 nov. 2022.

SICHEL, Ricardo Luiz; RALILE, Gabriel. Políticas Públicas e Desenvolvimento da Tecnologia Nacional: o caso brasileiro em comparação aos países asiáticos. Cadernos de Prospecção, Salvador, v. 14, n. 2, p. 350-350, 2021.

SILVA, Marcelo Duarte; BOTELHO, Marisa dos Reis Azevedo. Hiato tecnológico entre pequenas empresas do Brasil e de países europeus. Revista Brasileira de Inovação, [s.l.], v. 22, p. e023002, 2023.

SILVA, Ricardo Muniz Muccillo da. O Sistema Nacional de Inovação da China em transição: a dinâmica de atuação do Estado na indução das inovações ativas. 2017. 274f. Tese (Doutorado) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Faculdade de Ciências Econômicas. Programa de Pós-graduação em Economia, Porto Alegre, RS, 2017.

STRELTSOVA, Ekaterina; LINTON, Jonathan D. Biotechnology patenting in the BRICS countries: strategies and dynamics. Trends in Biotechnology, [s.l.], v. 36, n. 7, p. 642-645, 2018.

TAQUES, Fernando Henrique et al. Indicators used to measure service innovation and manufacturing innovation. Journal of Innovation & Knowledge, [s.l.], v. 6, n. 1, p. 11-26, 2021.

THE ATLAS OF ECONOMIC COMPLEXITY. Brazil. 2023. Disponível em: https://atlas.cid.harvard.edu/countries/32/new-products. Acesso em: 23 jul. 2023.

VINCENT, C. Lavina et al. Patent data mining in fisheries sector: An analysis using Questel-Orbit and Espacenet. World Patent Information, [s.l.], v. 51, p. 22-30, 2017.

WIPO – WORLD INTELLECTUAL PROPERTY ORGANIZATION. World Intellectual Property Indicators – 2022. World Intellectual Property Organization, 2022a. 185p. Disponível em: https://www.wipo.int/edocs/pubdocs/en/wipo-pub-941-2022-en-world-intellectual-property-indicators-2022.pdf. Acesso em: 16 jun. 2023.

WIPO – WORLD INTELLECTUAL PROPERTY ORGANIZATION. Facts and Figures. 2022b. Disponível em: https://www.wipo.int/en/ipfactsandfigures/patents. Acesso em: 13 jul. 2023.

WIPO – WORLD INTELLECTUAL PROPERTY ORGANIZATION. WIPO IP Statistics Data Center. 2023. Disponível em: https://www3.wipo.int/ipstats/. Acesso em: 13 jul. 2023.

Downloads

Publicado

2024-01-01

Como Citar

Casemiro, Ítalo de P., & Carmo, F. L. do. (2024). Interesses Mercadológicos Asiáticos no Brasil: um levantamento dos pedidos de patentes oriundas da China, Japão e Coreia do Sul . Cadernos De Prospecção, 17(1), 98–114. https://doi.org/10.9771/cp.v17i1.56505

Edição

Seção

Propriedade Intelectual, Inovação e Desenvolvimento