O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI) como Fonte de Inovação Frugal na Universidade Federal de Alagoas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.9771/cp.v16i5.53730

Palavras-chave:

Inovação Frugal, UFAL, PIBIT.

Resumo

A inovação frugal é desenvolvida em mercados emergentes e regiões periféricas. Esse artigo teve como objetivo identificar o potencial dos projetos do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI) da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) como potenciais tecnologias para a inovação frugal. A metodologia utilizada baseia-se numa abordagem qualitativa de análise de conteúdo com o intuito de fazer inferências replicáveis e válidas de interpretação e de codificação de material textual convertido em dados quantitativos por meio do uso do software Iramuteq. Os resultados explicitaram as áreas de competência da UFAL, em termos de projetos PIBITI, bem como uma relação com problemas observados localmente, nos termos propostos por Brem e Wolfram (2014) e boa parte da literatura apresentada. Contudo, é importante evidenciar que os projetos ainda não estão atrelados às demandas reais das empresas locais, carecendo, portanto, do desenvolvimento de alguma metodologia que faça essa interface na relação Universidade-Empresa.

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Biografia do Autor

Francisco José Peixoto Rosário, Universidade Federal de Alagoas, Maceió, AL, Brasil

Doutor em Economia da Tecnologia. 

Araken Alves de Lima, Instituto Nacional de Propriedade Industrial, Florianópolis, SC, Brasil

Possui graduação em Ciências Econômicas (1997) e especialização em Economia Agroindustrial (1998), ambos pela Universidade Federal de Alagoas. Na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) obteve os títulos de mestre em Desenvolvimento Econômico, Espaço e Meio Ambiente (2001) e de doutor em Economia Aplicada (2006). Trabalha no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) desde 2006 como Tecnologista em Propriedade Industrial. Desempenhou as funções de Coordenador Acadêmico do Programa de Mestrado Profissional em Propriedade Intelectual e Inovação (nov/2007-out/2008), Coordenador de Pesquisa e Educação em Propriedade Intelectual, Inovação e Desenvolvimento (out/2008-dez/2010) e Coordenador-Geral da Academia da Propriedade Intelectual, Inovação e Desenvolvimento (jan/2011-jul/2013). Desde 2007, atua como docente e pesquisador dos programas de Mestrado Profissional e Doutorado Profissional em Propriedade Intelectual e Inovação do INPI, desenvolvendo trabalhos com ênfase em Economia da Propriedade Intelectual e Inovação, atuando principalmente em temáticas sobre propriedade intelectual, inovação, sistemas de inovação e agronegócio. A partir de 2015, passou a desempenhar a função de chefe da Seção de Difusão Regional do INPI no estado de Santa Catarina, onde também é docente permanente voluntário do Programa de Mestrado Profissional em Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para a Inovação (PROFNIT/Ponto focal de Florianópolis/UFSC).

Gilson Francisco de Oliveira Castro, Universidade Federal de Alagoas, Maceió, AL, Brasil

Mestrando em Informática pelo Instituto de Computação pela IC/UFAL.  Graduado em Economia pela FEAC/UFAL.

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Publicado

2023-07-01

Como Citar

Rosário, F. J. P., Lima, A. A. de, & Castro, G. F. de O. (2023). O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI) como Fonte de Inovação Frugal na Universidade Federal de Alagoas. Cadernos De Prospecção, 16(5), 1428–1442. https://doi.org/10.9771/cp.v16i5.53730

Edição

Seção

Propriedade Intelectual, Inovação e Desenvolvimento