O Uso da Tecnologia pela Comunidade Indígena Riozinho Kakumhu: uma análise dos impactos e das perspectivas para a educação e a conservação cultural

Autores

DOI:

https://doi.org/10.9771/cp.v15i4.46181

Palavras-chave:

Indígenas, Educação, Tecnologia.

Resumo

O Brasil é um país de superlativos, com grande diversidade cultural, e quando são abordadas a riqueza dos povos indígenas e suas expressões culturais, essa característica se destaca. As reflexões apresentadas neste artigo apontam para a análise das consequências do uso da tecnologia desconectada dos saberes e vivencias indígenas e de como ao mesmo tempo essas ferramentas tecnológicas podem trazer aculturação e, também, esperança para os povos originários. Por meio de amostras documentais e de bibliográficas, busca-se retratar neste trabalho os desafios e as oportunidades que a tecnologia traz para o povo Akwẽ-Xerente da comunidade Riozinho Kakumhu, no município de Tocantínia, estado do Tocantins. Expõe-se a história do povo e da comunidade e pode-se observar a importância da escola e da educação para os habitantes locais, o papel de liderança dos professores na sociedade, os desafios da modernidade e a associação da tecnologia para a construção da inovação pedagógica e a manutenção das tradições culturais.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Arthur Prudente Junqueira, Universidade Federal do Tocantins

Pós-Graduado Lato Sensu em Direito Internacional e Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para a Inovação.

Warley Gramacho da Silva, Universidade Federal do Tocantins

Doutor em Engenharia de Sistemas e Computação.

Raquel Castilho Souza, Universidade Federal do Tocantins

Doutora em Artes.

Referências

ARAÚJO, R. N. de. Os Territórios, os modos de vida e as cosmologias dos indígenas Akwe-Xerente, e os impactos da UHE de Lajeado. Fortaleza: Editora PPG/UFC, 2016.

BAZOLLI, J. A.; DANTAS, L. R.; COELHO, E. C. Inovação e Democracia: civic hacking como ferramenta de tecnologia social na experiência do projeto “Nós propomos”– Palmas/TO. Revista Observatório, [s.l.], v. 4, n. 6, p. 944-964, 8 out. 2018.

BRASIL. Decreto n. 6.861, de 27 de maio de 2009. Dispõe sobre a Educação Escolar Indígena, define sua organização em territórios etnoeducacionais, e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência da República, 2009a. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0167.htm. Acesso em: 3 set. 2021.

BRASIL. Estatuto dos Povos Indígenas. Ministério da Justiça. Comissão nacional de política indigenista. 2009b.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal, 1998.

BRASIL. Criação da FUNAI, Fundação Nacional do Índio. 2020. Disponível em: https://www.gov.br/funai/pt-br/acesso-a-informacao/institucional/Institucional. Acesso em: 3 set. 2021.

BRASIL. Povos indígenas, quem são. 2013. Disponível em: https://www.gov.br/funai/pt-br/atuacao/povos-indigenas/quem-sao. Acesso em: 3 set. 2021.

BRASIL. Lei n. 9.340 sobre as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília, DF: Senado Federal, 1996.

CERVO, A.; BERVIAN, P. Metodologia Científica. 4. ed. São Paulo: Makron Books, 1996.

COPE, B.; KALANTZIS, M. (ed.) Multiliteracies – Literacy learning and the design of social futures. NY: Routledge, 2006[2000].

COSTA, A. C. A comunidade indígena e o mundo tecnológico: reflexões sobre os impactos das mídias sociais na vida dos Aikewára. In: SIMPÓSIO HIPERTEXTO E TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO, Pernambuco: UFP. p. 1-14, 2010. Anais [...]. Pernambuco, 2010.

FERNANDES, J. R. O. Ensino de História e Diversidade Cultural: desafios e possibilidades. Cadernos Cedes, Campinas, v. 25 n. 67, p. 378-388, set.-dez. 2005.

GADOTTI, M. Diversidade Cultural e educação para todos. Rio de Janeiro: Graal, 1992.

GIL, A. C. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010.

GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1999.

FERRAZ, O. Educação, (multi)letramentos e tecnologias: tecendo redes de conhecimento sobre letramentos, cultura digital, ensino e aprendizagem na cibercultura. Salvador: EDUFBA, 2019.

IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Censo 2010. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/populacao/9662-censo-

demografico-2010.html?=&t=destaques. Acesso em: 3 ago. 2021.

KLEINA, N. Google lança projeto para preservar idiomas em extinção. 2012. Disponível em: http://www.tecmundo.com.br/google/25478-google-lanca-projeto-para-preservar-idiomas-em-extincao-video-.htm. Acesso em: 3 ago. 2021.

MALUF, S. Teoria Geral do Estado. 34. ed. São Paulo: Editora Saraiva Educação, 2003.

MATTAR, J. Interações em Ambientes Virtuais de Aprendizagem histórico e modelo. Revista digital de Tecnologias Cognitivas, [s.l.], n. 9, p. 53-71, jan.-jun. 2014.

NEHER, C. Projeto usa smartphone para preservar línguas indígenas. 2013. Disponível em: http://dw.de/p/18F8h. Acesso em: 3 ago. 2021.

NEVES, J. L. Pesquisa qualitativa – Características, usos e possibilidades. Caderno de Pesquisas em Administração, São Paulo, v. 1, n. 3, 2º sem., 1996.

PETLA, R. J. Geogebra – Possibilidades para o Ensino da Matemática. Unidade Didática, [s.l.], p. 2-44, 2008. Disponível em: goo.gl/pF7EM3. Acesso em: 20 mar. 2017.

PIMENTEL, F. S. C. Gamificação na educação, cunhando um conceito. In: FOFONCA, E. et al. Metodologias pedagógicas inovadoras: contextos da educação básica e da educação superior. v. 1. Curitiba: Editora IFPR, 2018. p. 76-87.

PINTO, A. A. A inclusão digital indígena na Sociedade da Informação. Revista Ibero-americana de Ciência da Informação (RICI), [s.l.], v. 1 n. 1, p. 37-51, jul.-dez. 2008.

RIBEIRO, D. Os Índios e a Civilização: a Integração das Populações Indígenas no Brasil Moderno. Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira, 2017.

ROJO, R. H. R. Pedagogia dos Multiletramentos: Diversidade cultural e de linguagens na escola. In: ROJO, R. H. R.; MOURA, E. (org.) Multiletramentos na Escola. São Paulo: Parábola, 2012. p. 11-32.

ROJO, R. H. R. Linguagem: representação ou mediação? Revista Veredas, [s.l.], v. 1, n. 1, 2016.

ROMERO, P. B. Multiculturalismo: diversidade cultural na escola. 2017. 154p. Dissertação (Mestrado em Docência e Gestão da Educação) – Universidade Fernando Pessoa, Porto, PT, 2017.

SILVA, T. T. Documentos de identidade: uma introdução às teorias do currículo. Belo Horizonte: Ed. Autêntica, 1999.

SOUZA, R. C. A educação escolar indígena intercultural e o ensino das artes: um olhar sobre a prática da escola Wakõmẽkwa na comunidade Riozinho Kakumhu – Povo Xerente – Tocantins. 2019. 258p. Tese (Doutorado) – Programa de Pós-Graduação em Artes – IA/UNESP – Dinter Interinstitucional UNESP – UFT/Palmas – TO, 2019.

TOCANTINS. Projeto Político Pedagógico Escola Indígena Wakwamekwa Aldeia Riozinho Kakumhu. Reserva Xerente, Comunidade Riozinho Kakumhu, 2014.

TURNER, T. De cosmologia à história: resistência, adaptação e consciência social entre os Kayapó. In: VIVEIROS DE CASTRO, E.; CARNEIRO DA CUNHA, M. (org.). Amazônia: etnologia e história indígena. São Paulo: NHII-USP; Fapesp, 1993. p. 43-66.

WEWERING, S. T. (org.). Povo Akwẽ Xerente: vida, cultura e identidade. Belo Horizonte: Editora Rona, 2012.

XERENTE, E. S. C. A Educação Intercultural na Escola Wakõmekma: perspectivas e desafios. 2017. 52p. Trabalho de Conclusão de Curso de Licenciatura em Licenciatura em Artes e Teatro – Universidade Federal do Tocantins, Palmas, 2017.

Downloads

Publicado

2022-10-01

Como Citar

Prudente Junqueira, A., Silva, W. G. da, & Souza, R. C. (2022). O Uso da Tecnologia pela Comunidade Indígena Riozinho Kakumhu: uma análise dos impactos e das perspectivas para a educação e a conservação cultural. Cadernos De Prospecção, 15(4), 1141–1157. https://doi.org/10.9771/cp.v15i4.46181

Edição

Seção

Propriedade Intelectual, Inovação e Desenvolvimento