Editorial
DOI:
https://doi.org/10.9771/cp.v13i1.35894Resumo
O recente surto de Coronavírus (CORONAVÍRUS, COVID-19; SARS-COV-2) gerou uma pandemia mundial que está sendo vivida no momento em que esta edição é publicada. Em momentos como este, a dimensão continental do Brasil e os desníveis regionais se apresentam como fatores adicionais que agravam a crise.
Até o momento, o noticiário alardeia números coletados junto a hospitais e laboratórios de referência na Região Sudeste do Brasil. Certamente, os números são verdadeiros. Porém, há um Brasil distante dos grandes centros urbanos. Existem municípios em que o Posto de Saúde – que não é uma unidade de saúde – conta com um atendente e um enfermeiro que pouco podem fazer para ajudar o cidadão que chegar contaminado pelo Coronavírus. O aparato que rodeia os grandes hospitais é inteiramente desconhecido desse Brasil esquecido. Aos moradores dos locais mais remotos deste País, desejamos que o vírus demore tanto a chegar, quanto têm demorado a chegar os seus direitos constitucionais à saúde, à educação, à moradia digna, à ciência e à tecnologia que podem salvar vidas.
A Cadernos de Prospecção oferece sua contribuição social de mapear o conhecimento existente e identificar futuras rotas de desenvolvimento, visões de futuro e/ou políticas que possam contribuir para mitigar as dificuldades e melhorar as condições de vida da sociedade.
O primeiro artigo desta edição foi elaborado para servir de motivador para a Edição Especial sobre o Coronavírus que será publicada em breve. O artigo sobre vacinas para o Coronanvírus consiste em um estudo exploratório para avaliar o volume existente de material e o potencial de aprofundar futuras prospecções tecnológicas. O artigo avalia preliminarmente o conhecimento que existe em ciência (por meio de artigos – TRL3), em tecnologia (por meio de patentes – TRL4 e TRL5) e em testes clínicos (TRL6 a TRL8) e prontos para uso (por meio de vacinas disponíveis no mercado – TRL9).
Para a Edição Especial sobre o Coronavírus serão aceitos artigos multidisciplinares e interdisciplinares. Os artigos devem apresentar visões globais; devem ser bem focados no tema e apresentar discussão profunda com conclusões bem fundadas. Ao final, deve ter, obrigatoriamente, a seção Perspectivas Futuras com argumentos bem elaborados e detalhados.
Esta Edição apresenta 308 páginas distribuídas em 21 artigos que têm 76 autores do Brasil e de Portugal.
Na seção de Propriedade Intelectual, Inovação e Desenvolvimento, um artigo inicial apresenta a análise comparativa de seis sistemas de busca de patentes, considerando 13 critérios de tipo de acesso, mecanismos e ferramentas de busca, coberturas das bases e ferramentas de análise estatística, além de comparar a cobertura de oito classificações internacionais. Seguidamente, são apresentados os artigos que contribuem para melhorar e, consequentemente, formular as visões de futuro em atividades inovadoras sobre arranjo produtivo local de confecção na região de Caruaru (PE, Brasil), política de inovação da Universidade Federal do Amazonas, internacionalização da Universidade de Brasília, apoio à inovação pelo Governo Federal do Brasil baseado na escala de prontidão tecnológica (TRL), transferência de tecnologia em agropecuária e interação entre universidades e os habitats de inovação.
Na seção de Prospecções Tecnológicas de Assuntos Específicos são focados diversos componentes para a indústria farmacêutica e odontológica: anticorpos conjugados para tratar câncer, nanotecnologia em medicamentos, babosa na indústria farmacêutica, óxido de zinco e eugenol (ZOE) com piperina para o setor odontológico, cravo-da-Índia e eugenol como nematicida e larvicida, bioativo ácido caurenoico e própolis verde. Além disso, apresenta-se o amendoim germinado no setor de alimentos, cidades inteligentes em geral e mobilidade urbana em particular, veículos para tintas de impressão e registros de software de gerenciamento de projetos de pesquisa.
Finalmente, a seção Indicações Geográficas nos presenteia com o caso específico do guaraná nos territórios de Maués e da terra indígena Andirá-Marau, focando na relação entre o regulamento de uso das indicações geográficas e o conhecimento tradicional.
Desejamos aos leitores momentos prazerosos para degustar o que os autores nos apresentam e que possam enriquecer sua visão do mundo e, consequentemente, seu papel ativo na melhoria das condições de vida da sociedade.
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