Prospecção Científica e Tecnológica do Gênero Bauhinia L. (Fabaceae)
DOI:
https://doi.org/10.9771/cp.v14i1.30449Palavras-chave:
Biotecnologia, Fitoterápicos, Patentes.Resumo
Bauhinia L. é um gênero potencialmente benéfico à saúde devido às suas propriedades medicinais. Neste trabalho, realizou-se uma prospecção científica e tecnológica sobre Bauhinia e foram utilizadas as bases de dados WIPO, EPO e INPI para patentes, e Scopus, Scielo e Web of Science para artigos indexados. Os descritores utilizados foram: “Bauhinia”, “Bauhinia AND câncer”, “Bauhinia AND terapêutica” e “Bauhinia AND diabetes”. Dos 1.746 artigos registrados sobre Bauhinia, 148 foram relacionados a pesquisas com diabetes, 95 sobre câncer e 33 se referem à terapêutica em geral (Scopus). Bauhinia apresentou um número considerável de patentes depositadas (WIPO: 694, EPO: 739). Identificou-se que a China possui a maior quantidade de patentes. As espécies B. forficata (n=118), B. bauhinioides (n=29) e B. ungulata (n=20) se destacaram na produção científica e tecnológica na área da fitoterapia. Devido à relevância como fonte de fitoterápicos e à diversidade de espécies, se faz necessário realizar mais pesquisas sobre o gênero Bauhinia no Brasil.
Downloads
Referências
AHMED, A. S.; MOODLEY, N.; ELOFF, J. N. Bioactive compounds from the leaf extract of Bauhinia galpinii (Fabaceae) used as antidiarrhoeal therapy in southern Africa. South African Journal of Botany, [S.l.], v. 126, p. 345-353, 2019.
ALVARENGA, E. M.; FREITAS, R. M.; MEDEIROS, J. V. R. Prospecção tecnológica da atividade biológica, com ênfase em atividade antidiarreica, de carvacrol e acetato de carvacrolila. Revista GEINTEC, [S.l.], v. 5, n. 1, p. 1.639-1.651, 2015.
ASSOCIAÇÃO AMERICANA DE DIABETES. Diagnosis and classification of diabetes mellitus. Diabetes Care, [S.l.], v. 41, n. 1, p. 13-27, 2018.
AMPARO, K. K. S.; RIBEIRO, M. C. O.; GUARIEIRO, L. L. N. Estudo de caso utilizando mapeamento de prospecção tecnológica como principal ferramenta de busca científica. Perspectivas em Ciência da Informação, [S.l.], v.17, n. 4, p. 195-209, 2012.
BARBOSA, I. R.; SOUZA, D. L.; BERNAL, M. M. C. C. C. I. Cancer mortality in Brazil: Temporal Trends and Predictions for the Year 2030. Medicine (Baltimore), [S.l.], v. 94, n. 16, p. 102-119, 2015.
BARRETO, M. et al. Prevalence, awareness, treatment and control of diabetes in Portugal: Results from the first National Health examination Survey (INSEF 2015). Diabetes Research and Clinical Practice, [S.l.], v. 140, n. 5, p. 271-278, 2018.
BORGES, K. B.; BAUTISTA, H. B.; GUILERA, S. Diabetes – utilization of medicinal plants as an optional form of treatment. Revista Eletrônica de Farmácia, [S.l.], v. 5, p. 12-20, 2008.
BRAY, F. et al. Global cancer transitions according to the Human Development Index (2008-2030): a population-based study. Lancet Oncol., [S.l.], v. 13, n. 8, p. 790-801, 2012.
CECHINEL FILHO, V. Chemical composition and biological potential of plants from the genus Bauhinia. Phytotherapy Research, [S.l.], v. 23, n. 10, p. 1.347-1.354, 2009.
CECÍLIO, A. B. et al. Espécies vegetais indicadas no tratamento do diabetes. Revista Eletrônica de Farmácia, [S.l.], v. 5, n. 3, p. 23-8, 2008.
COSTA, L. C. B.; PINTO, J. E. B. P.; BERTOLUCCI, S. K. V. Comprimento da estaca e tipo de substrato na propagação vegetativa de atroveran. Ciência Rural, [S.l.], v. 37, n. 4, p. 1.157-1.160, 2007.
DASH, J. et al. Efficacy evaluation of Bauhinia variegata L. stem bark powder as adjunct therapy in chronic Staphylococcus aureus mastitis in goat. Pharmacognosy Magazine, [S.l.], v. .10, n. 39, p. 512, 2014.
DIAS, C. G.; ALMEIDA, R. B. Produção científica e produção tecnológica: transformando um trabalho científico em pedidos de patente. Einstein, [S.l.], v. 11, n. 1, p. 1-10, 2013.
FERLAY, J. et al. Globocan 2012: Estimated Cancer Incidence, Mortality and Prevalence Worldwide in 2012. [2013]. v. 0. Disponível em: http://publications.iarc.fr/Databases/Iarc-Cancerbases/GLOBOCAN-2012-Estimated-Cancer-Incidence-Mortality-And-Prevalence-Worldwide-In-2012-V1.0-2012. Acesso em: 9 out. 2020.
FLORA DO BRASIL 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. [2020]. Disponível em: http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB128482. Acesso em: 4 jun. 2020.
FUTSUKAICHI, T. et al. Decreased expression of Bauhinia purpurea lectin is a predictor of gastric cancer recurrence. Surg Today, [S.l.], v. 45, n. 10, p. 1.299-1.306, 2015.
GASPAR, L. Plantas medicinais. Pesquisa Escolar Online, Fundação Joaquim Nabuco, Recife, 2009. Disponível em: http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/. Acesso em: 6 out. 2020.
GODINHO, M. M. Dinâmicas regionais de inovação em Portugal uma análise baseada na utilização de patentes. Finisterra, [S.l.], n. 88, p. 37-52, 2009.
GÓIS, R. W. S. et al. Chemical constituents from Bauhinia acuruana and their cytotoxicity. Revista Brasileira de Farmacognosia, [S.l.], v. 27, n. 6, p. 711-715, 2017.
GRAMOSA, Nilce V. et al. Volatile components of the essential oil from Bauhinia ungulata L. Journal of Essential Oil Research, [S.l.], v. 21, n. 6, p. 495-496, 2009.
GURJAR, H. P. S. et al. Assessment of antidiabetic potential of leaf extract of Bauhinia variegata Linn. in Type-I and Type-II diabetes. International Journal of Green Pharmacy, [S.l.], v. 12, n. 2, p. 401-409, 2018.
HEITHAUS, E. Raymond; STASHKO, Edward; ANDERSON, Pamela K. Cumulative effects of plant‐animal interactions on seed production by Bauhinia ungulata, a neotropical legume. Ecology, [S.l.], v. 63, n. 5, p. 1.294-1.302, 1982.
HOGAN, P.; DALL, T.; NIKOLOV, P. Economic costs of diabetes in the US in 2002. Diabetes Care, [S.l.], v. 26, p. 917-932, 2003.
IKEMOTO, K. et al. Bauhinia purprea agglutinin-modified liposomes for human prostate cancer treatment. Cancer Science, [S.l.], v. 107, n. 1, p. 53-59, 2016.
INCA – INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER. Estatísticas de câncer. 2018. Disponível em: https://www.inca.gov.b r/numeros-de-cancer/registros-hosp italares-de-cancer-rhc. Acesso em: 22 jun. 2020.
JIAN, J. et al. Bauhinia championii flavone inhibits apoptosis and autophagy via the PI3K/Akt pathway in myocardial ischemia/reperfusion injury in rats. Drug Design, Development and Therapy, [S.l.], v. 2.015, n. 1, 2015.
KERNTOPF, M. R.; NASCIMENTO, N. R.; FONTELES, M. C. Bauhinia ungulata Linn. (pata de vaca) In: VIANA, G. S.; LEAL, L. K.; VASCONCELOS, S. M. (org.). Medicinal plants of Caatinga: Biological and Therapeutic Potential activities. Fortaleza: Graphic Expression and Publisher, 2013. p. 93–123.
LINO, C. S. et al. Antidiabetic activity of Bauhinia forficata extracts in alloxan- 46 diabetic rats. Biological and Pharmaceutical Bulletin, [S.l.], v. 27, n. 1, p. 125-127, 2004.
LÓPES, Raquel Elisa da Silva; SANTOS, Bruna Cristina dos; Bauhinia forficata Link (Fabaceae). Revista Fitos, Rio de Janeiro, v. 9, n. 3, p. 161-252, 2015.
LUBKOWSKI, J. Structural analysis and unique molecular recognition properties of a Bauhinia forficata lectin that inhibits cancer cell growth. The FEBS Journal, [S.l.], v. 284, n. 3, p. 429-945, 2017.
MAIA NETO, M. et al. Flavonoids and alkaloids from leaves of Bauhinia ungulata L. Biochemical Systematics and Ecology, [S.l.], v. 36, n. 3, p. 227-229, 2008.
MARMITT, D. J.; REMPEL, C. Análise fitoquímica das folhas de três espécimes de Bauhinia forficata link comparando com um espécime de Bauhinia variegata L. Revista da Universidade Vale do Rio Verde, [S.l.], v. 14, n. 2, p. 229-237, 2016.
MENEZES, F. S. et al. Hypoglycemic activity of two Brazilian Bauhinia species: Bauhinia forficata L. and Bauhinia monandra Kurz. Revista Brasileira de Farmacognosia, [S.l.], v. 17, n. 1, p. 8-13, 2007.
MMA – MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Biodiversidade Brasileira. 2018. Disponível em: http://www.mma.gov.br/biodiversidade/biodiversidade-brasileira. Acesso em: 28 dez. 2019.
NEGI, A.; SHARMA, N.; SINGH, M. Spectrum of pharmacological activities from Bauhinia variegata: a review. Journal of Pharmaceutical Research, [S.l.], v. n. 5, p. 792-797, 2012.
OLIVA, M. L. V. et al. Leucaena leucocephala serine proteinase inhibitor: primary structure and action on blood coagulation, kinin release and rat paw edema. Biochimica et Biophysica Acta (BBA)-Protein Structure and Molecular Enzymology, [S.l.], v. 1.477, n. 1-2, p. 64-74, 2000.
OLIVA, M. L. V.; SAMPAIO, Misako U. Action of plant proteinase inhibitors on enzymes of physiopathological importance. Anais da Academia Brasileira de Ciências, [S.l.], v. 81, n. 3, p. 615-621, 2009.
OLIVEIRA, R. M.; LIMA, R. A. Prospecção fitoquímica do extrato etanólico de Bauhinia forficata L. e seu potencial candidacida. Journal of Basic Education, Technical and Technological, South American, v. 4, n. 1, p. 54-65, 2017.
PANDEY, S.; AGRAWAL, R. C. Effect of Bauhinia variegate bark extract on DMBA-induced mouse skin carcinogenesis: a preliminary study. Significance, [S.l.], n. 3, p. 158-162. 2009.
PEPATO, M. T. et al. Anti-diabetic activity of Bauhinia forficata decoction in streptozotocin-diabetic rats. Journal of Ethnopharmacology, [S.l.], v. 81, n. 2, p. 191-197, 2002.
PONTES, M. A. N. et al. Bauhinia forficata L. e sua a ação hipoglicemiante. Archives of Health Investigation, [S.l.], v. 6, n. 11, p. 509-512, 2017.
PURANI, S.; ROBIN, P.; DAVE, S. Elucidating Therapeutic potential of Bauhinia variegata L. using breast cancer cell line. European Journal of Cancer, [S.l.], v. 92, p. 124-125, Acesso em: 9 out. 2020.
REMPEL, C. et al. Perfil dos usuários de Unidades Básicas de Saúde do Vale do Taquari: fatores de risco de diabetes e utilização de fitoterápicos. ConScientiae Saúde, [S.l.], v. 9, n. 1, p. 17-24, 2010.
RIVERA, I. G. et al. Genotoxicity assessment through the Ames test of medicinal plants commonly used in Brazil. Environmental Toxicology and Water Quality, [S.l.], v. 9, n. 2, p. 87-93, 1994.
RUSSO, E. M. et al. Clinical trial of Myrcia uniflora and Bauhinia forficata leaf extracts in normal and diabetic patients. Brazilian Journal of Medical and Biological Research – Revista Brasileira de Pesquisas Médicas e Biológicas, [S.l.], v. 23, n. 1, p. 11-20, 1990.
SANTOS, T. M.; RIEDER, A. Plantas do gênero Bauhinia e suas potencialidades hipoglicemiante e antidiabética: um estudo analítico. Revista CITINO, Ciência, Tecnologia, Inovação e Oportunidade, [S.l.], v. 3, n. 2, p. 35, 2013.
SILVA, K. L.; CECHINEL FILHO, V. Plantas do gênero Bauhinia: composição química e potencial farmacológico. Químca. Nova, [S.l.], n. 25, v. 3, p. 449-454, 2002.
SILVA, I.; NUNES, M. A. S. N. Prospecção de software para auxílio em tratamento de câncer. Revista Geintec, [S.l.], v. 4, n. 5, p. 1.402-1.413, 2014.
SINOU, C. et al. The genus Bauhinia L. (Leguminosae): a phylogeny based on the plastid trnL-trnF region. Botany-Botanique, [S.l.], v. 87, p. 947-960, 2009.
VIDEIRA, A. A. P. 25 anos de MCT: raízes históricas da criação de um ministério. Rio de Janeiro, RJ: Centro de Gestão e Estudos Estratégicos, 2010.
WEBB, C. J.; BAWA, K. S. Patterns of fruit and seed production in Bauhinia ungulata (Leguminosae). Plant Systematics and Evolution, [S.l.], v. 151, n. 1-2, p. 55, 1985.
WEBER, M. et al. Phytochemical and Pharmacognostic Investigation of Bauhinia forficata Link (Leguminosae). Zeitschrift für Naturforschung C, [S.l.], 2014.
YUENYONGSAWAD, S. et al. Anti-cancer activity of compounds from Bauhinia strychnifolia Ste. Journal of Ethnopharmacology, [S.l.], n. 150, p. 765-769, 2013.
ZUCOLOTO, G. F. Patenteamento em biotecnologias: a experiência chinesa. Brasília, DF; Rio de Janeiro: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, 2013.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Cadernos de Prospecção
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by-nc/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
O autor declara que: - Todos os autores foram nomeados. - Está submetendo o manuscrito com o consentimento dos outros autores. - Caso o trabalho submetido tiver sido contratado por algum empregador, tem o consentimento do referido empregador. - Os autores estão cientes de que é condição de publicação que os manuscritos submetidos a esta revista não tenham sido publicados anteriormente e não sejam submetidos ou publicados simultaneamente em outro periódico sem prévia autorização do Conselho Editorial. - Os autores concordam que o seu artigo ou parte dele possa ser distribuído e/ou reproduzido por qualquer forma, incluindo traduções, desde que sejam citados de modo completo esta revista e os autores do manuscrito. - Revista Cadernos de Prospecção está licenciado com uma Licença Creative Commons Attribution 4.0. Esta licença permite que outros remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho para fins não comerciais, e embora os novos trabalhos tenham de lhe atribuir o devido crédito e não possam ser usados para fins comerciais, os usuários não têm de licenciar esses trabalhos derivados sob os mesmos termos.![Licença Creative Commons](https://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.