ENSAIANDO MODOS DE VER

RETERRITORIALIZANDO A MEMÓRIA EM "A MULHER DE PÉS DESCALÇOS", DE SCHOLASTIQUE MUKASONGA

Autores

  • Camila Sodré de Oliveira Dias

Resumo

Este ensaio tem como objetivo problematizar os modos de ver e os enquadramentos sobre o corpo negro, a partir da obra A mulher de Pés descalços (2017), de Scholastique Mukasonga. Segundo Oyèrónkẹ Oyěwùmí (2021), na lógica ocidental o corpo é percebido principalmente pela visão, implementando o dispositivo de diferenciação. Assim, o olhar se torna um convite para diferenciar. Ou seja, quantas memórias foram forjadas sobre a população negra? Quantas representações foram construídas na literatura, no cinema, na história, na mídia partindo do olhar do colonizador? De acordo, com Stuart Hall (2016), as coisas por si só, não significam, nós que construímos sentidos, usando sistemas de representação. Sendo assim, o trabalho literário da escritora ruandesa Scholastique Mukasonga, retrata um novo modo de ver a Guerra Civil de 1994, em Ruanda. No livro A mulher de Pés descalços, a partir dos vestígios da memória, a autora reconstrói, desterritorializa e reterritorializa o passado, dando a ver as sombras da história não contada sobre o genocídio em Ruanda.

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Publicado

2024-08-01

Como Citar

Dias, C. S. de O. (2024). ENSAIANDO MODOS DE VER: RETERRITORIALIZANDO A MEMÓRIA EM "A MULHER DE PÉS DESCALÇOS", DE SCHOLASTIQUE MUKASONGA. Inventário, (33), 274–283. Recuperado de https://periodicos.ufba.br/index.php/inventario/article/view/60959

Edição

Seção

Ensaios