"O AMOR FÍSICO É INÚTIL E SEM SAÍDA": AS CORES E A CONSTRUÇÃO NARRATIVA EM AMORES IMAGINÁRIOS, DE XAVIER DOLAN
Palavras-chave:
Cores, Narrativa cinematográfica, Xavier DolanResumo
Este trabalho se propõe a analisar como acontece a construção narrativa no filme Amores Imaginários (2010), de Xavier Dolan, em se tratando, especificamente, de elementos visuais, como os movimentos de câmera e as cores. Pretendemos verificar possíveis leituras representativas para os personagens, as ações e as situações dentro do enredo que a obra propõe. Para isso, utilizaremos textos que circundam os estudos na área cinematográfica, como Vanoye e Goliot-Lété (1994), Bellantoni (2005) e Julier e Marie (2009); também, outros textos de suporte teórico, como Laplantine e Trindade (2003), e Chevalier e Gheerbrant (2009). O filme em questão narra o drama de dois amigos, Francis e Marie, que, aos poucos, nutrem uma paixão imaginária por Nicolas, até perceberem a incompatibilidade da relação. Ao passo que obra emerge para a estética, ela constrói a narrativa com elementos essencialmente visuais, referências e componentes metafóricos que escapam do apego verbal, cobrando do espectador uma leitura interpretativa mais aguçada, distante da superfície meramente atrativa.
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Referências
AMORES Imaginários. Direção de Xavier Dolan. Canada: Mifilifilms, 2010. Distribuído por Polifilmes. 1 DVD (95 min)
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