O REI DA VELA: LUZ ANTROPOFÁGICA CONTEMPORÂNEA

Autores

  • Jacqueline Gama de Jesus Universidade Federal da Bahia

Resumo

Esse ensaio compõe o projeto O Animal Cordial e o Rei da Vela: arte anticolonial brasileira, financiado pela FAPESB, no ano de 2019. Nele será discutido a antropofagia através de O Rei da Vela, peça escrita por Oswald de Andrade em 1933, mas apenas encenada em 1967 pelo Teatro Oficina. Será recuperada as origens do conceito em Eduardo Viveiros de Castro (2002), no texto “O mármore e a murta: a inconstância da alma selvagem”. Reconstruindo o conceito para a contemporaneidade, confrontando a perspectiva do reducionismo racial na obra de Oswald de Andrade que Silviano Santiago erigiu em texto de 1992, “Oswald de Andrade e o elogio da tolerância racial”. Também serão feitas contribuições acerca dos valores do capitalismo e do socialismo, enfatizando a quebra de Oswald de Andrade com o socialismo exposto no ensaio A crise da filosofia messiânica. Intuindo, assim, a implantação de uma nova episteme teórica latinoamericana, utilizando o conceito do decolonial, de Walter Mignolo, para impulsionar essa união dos países da América Latina e da posição do Brasil nesse giro anticolonial.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Jacqueline Gama de Jesus, Universidade Federal da Bahia

Graduanda em Letras Vernáculas pela UFBA. Pesquisou em 2018; O Som ao Redor de Aquarius: reflexões anticoloniais de um Brasil contemporâneo. No ano de 2019, fomentada pela CNQP. Em 2019, fomentada pela FAPESB tem a pesquisa; O Animal Cordial e o Rei da Vela: arte anticolonial brasileira. Ambas focada no estudo da arte decolonial na América Latina, tendo como concentração as análises de imagens filmicas e teatrais. É mebra do Núcleo de Estudos da Crítica (NEC)desde 2017. Participou como Júri jovem do XIV e XV Panorama Internacional Coisa de Cinema, festival de cinema muito prestigiado na cidade de Salvador. É crítica de cinema e poeta;

Iniciação Cientíifica em Literatura e Cultura.

Áreas de atuação: literatura nacional, cinema brasileiro, construção da nacionalidade brasileira, teatro brasileiro, construção da memória nacional.

Lattes:http://lattes.cnpq.br/6818053553993841

Referências

ANDRADE, Oswald. A crise da filosofia messiânica. In___.: A utopia antropofágica (Obras Completas de Oswald de Andrade. São Paulo: Globo, 1995. 2.ed.

ANDRADE, Oswald. Manifesto antropofágico. In___.: A utopia antropofágica (Obras Completas de Oswald de Andrade). São Paulo: Globo, 1995. 2.ed.

ANDRADE, Oswald. Manifesto Pau-Brasil. In___.: A utopia antropofágica (Obras Completas de Oswald de Andrade). São Paulo: Globo, 1995. 2.ed.

ANDRADE, Oswald. O rei da vela. São Paulo: Difusão Europeia do Livro, 1967.

CASTRO, Eduardo Viveiros de. O Mármore e a murta: a inconstância da alma selvagem. In___.: A inconstância da alma selvagem e outros ensaios de antropologia. São Paulo: Cosac Naify, 2002.

MIGNOLO, Walter. A opção descolonial e o significado de identidade em política. Rio de Janeiro: Caderno de Letras da UFF - Dossiê: Literatura, Língua e Identidade. 2008 n. 34. Tradução de: Ângela Lopes Norte. 287- 324 p.

NUNES, Benedito. Antropofagia ao alcance de todos. In___.: A utopia antropofágica (Obras Completas de Oswald de Andrade). São Paulo: Globo, 1995. 2.ed.

SANTIAGO, Silviano. Oswald de Andrade ou Elogio da Tolerância racial. Revista Crítica de Ciências Sociais, Rio de Janeiro: Universidade Federal Fluminense, jun. 1992. n. 35, p.165-176. Disponível em: <http://www.ces.uc.pt/rccs/includes/download.php?id=489>. Acesso em: 15 nov. 2019.

Downloads

Publicado

2020-07-18

Como Citar

de Jesus, J. G. (2020). O REI DA VELA: LUZ ANTROPOFÁGICA CONTEMPORÂNEA. Revista Inventário, (25), 175–190. Recuperado de https://periodicos.ufba.br/index.php/inventario/article/view/34606

Edição

Seção

Ensaios