CONSIDERAÇÕES SOBRE A HISTÓRIA DA LINGUÍSTICA NA ANTIGUIDADE CLÁSSICA
Palavras-chave:
Natureza e Convenção, Nocional, Analogia e Anomalia.Resumo
Trata-se de um artigo que sumariza as principais contribuições filosófico-gramaticais da Grécia na Antiguidade Clássica, que se constituem as raízes da ciência linguística. Para tanto, focalizam-se esses estudos em quatro períodos (MADJAROF, 2004; LOBATO, 1986): período pré-socrático; período socrático ou sistemático; período estoico ou ético; período alexandrino. Inicialmente, apresentam-se sutis reflexões do período pré-socrático, também denominado de período naturalista, visto que alguns dos seus filósofos compreendiam a língua como dádiva divina; período socrático, no qual se destacam, com a participação de Platão e Aristóteles, as primeiras inquirições gramaticais; período estoico, relevante por ter ampliado os estudos gramaticais, rejeitando a equação uma palavra, um significado (ROBINS, 1979, p. 17), e, assim procedendo, os seus proponentes demonstraram notável compreensão da estrutura semântico-pragmática, e finalmente o período alexandrino. Na Alexandria, no século II a. C., destaca-se sobremaneira a instauração do primeiro manual de gramática – A Téchné grammatiké, do alexandrino Dionísio da Trácia. Manual, foco contínuo dos pesquisadores da ciência da linguagem, na maioria das vezes, sendo muito criticado, mas alicerce para os seus diferentes posicionamentos, sendo importante conhecê-lo para melhor posicionar-se face aos estudos linguísticos propriamente ditos. Este artigo tem por objetivo contribuir para o alicerce teórico primário do discente dos cursos de Letras e áreas afins.
Downloads
Referências
Alexandria. Disponível em: < https://pt.wikipedia.org/wiki/Alexandria >. Acesso em: 04 out. 2019.
BAKHTIN, M. Os gêneros textuais. In: _______. Estética da criação textual. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
BÉGUELIN, M. J. Unidades de língua e unidades de escrita: evolução e modalidades da segmentação gráfica. In: FERREIRO, Emília (Org.). Relações de (in)dependência entre oralidade e escrita. Tradução Ernani Rosa. Porto Alegre: Artmed, 2003. 27-45.
BENVENISTE, É. Problemas de Linguística geral II. Tradução Eduardo Guimarães. Campinas/ São Paulo: Pontes, 1989.
BENVENISTE, É. Problemas de linguística geral I. Tradução de Maria da Glória Novak e Maria Lúcia Néri. 4. ed. Campinas/São Paulo: Pontes, 1995.
BLANCHE-BENVENISTE, C. A escrita, irredutível a um código. In: FERREIRO, E. (Org.). Relações de (in)dependência entre oralidade e escrita. Tradução Ernani Rosa. Porto Alegre: Artmed, 2003. p. 13-26.
BLOOMFIELD, L. Le langage. Paris: Payot, v.1, 1970.
BORBA, F. D. S. Introdução aos estudos linguísticos. 11. ed. Campinas, SP: Pontes, 1991.
BRAIT, B. Bakhtin, dialogismo e construção do sentido. Campinas: Editora da UNICAMP, 1997.
CÂMARA JR., J. M. Estrutura da Língua Portuguesa. Petrópolis: Vozes, 1970.
CÂMARA JR., J. M. História e Estrutura da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Padrão, 1975.
CÂMARA JR., J. M. História da linguística. Tradução de Maria do Amparo Barbosa de Azevedo. 4. ed. Petrópolis/Rio de Janeiro: Vozes, 1986.
COSTA, C. Filosofia da linguagem. 2ª ed. Rio de Janeiro: Zahar Editor, 2007.
CRYSTAL, D. Dicionário de linguística e fonética. Tradução de Maria Carmelita Pádua dias. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1985.
DUBOIS, J. ET AL. Dicionário de linguística. Tradução de Francisco Pessoa et al. São Paulo: Cultrix, 1981.
FARACO, C. A. Escrita e alfabetização. 3. ed. São Paulo: Contexto, 1997.
FERREIRA, A. B. D. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 3. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2000.
FERREIRO, E. Escrita e oralidade: unidades, níveis de análises e consciência metalinguística. In: FERREIRO, Emília. (Org.). Relações de (in)dependência entre oralidade e escrita. Tradução Ernani Rosa. Porto Alegre: Artmed, 2003. p. 139-147.
FIORIN, J. L. (Org.). Introdução à linguística II: objetos teóricos. São Paulo: Contexto, 2003.
GALLISSON, R.; COSTE, D. Dicionário de didática das línguas. Coimbra: Almedina, 1983.
HEINE, L. M. B. Aspectos do Uso da Anáfora no Português Oral. Tese de Doutorado. Pós-Graduação do Instituto de Letras da Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2001.
HEINE, L. M. B. Aspectos da língua falada. Disponível em: < file:///E:/TEXTOS%20%20NOVO%20LIVRO/4626-8291-1-PB.pdf>. Acesso em: 2 de jan. 2018.
KAYA, S. Protágoras. Disponível em: . Acesso em: 09 set. 2004.
KRISTEVA, J. História da linguagem. Tradução de Margarida Barahona. Lisboa: Edições 70, 1969.
LEROY, M. As grandes correntes da linguística moderna. Tradução Izidoro Blisktein, José Paulo Paes e Frederico Pessoa de Barros. 5. ed. São Paulo: Cultrix, 1982.
LOBATO, L. M. P. Sintaxe gerativa do português: da teoria padrão à teoria da regência e ligação. Belo Horizonte: Vigília, 1986.
LYONS, J. Introdução à linguística teórica. Tradução de Rosa Virgínia Mattos e Silva e Hélio Pimentel. São Paulo: Editora Nacional, 1979.
MADJAROF, R. Mundo dos Filósofos. Disponível em:
. Acesso em: 31 ago. 2004.
MARCUSCHI, L. A. Lingüística de texto: o que é e como se faz. Recife: Universidade Federal de Pernambuco, Mestrado em Letras e Linguística, 1983.
MARCUSCHI, L. A. Relações entre texto falado e texto escrito: semelhanças e diferenças. Recife: Universidade Federal de Pernambuco. mimeo, 1994.
MARCUSCHI, L. A. Exercícios de compreensão ou copiação nos manuais de ensino de língua. Em Aberto, Brasília, ano 16, n. 69, p. 63-82. 1996.
MARCUSCHI, L. A. Fala e escrita: uma visão não-dicotômica. Recife: Universidade Federal de Pernambuco, 2000. Não publicado.
MARCUSCHI, L. A. Da fala para escrita: atividades de retextualização. São Paulo: Cortez, 2001.
MARCUSCHI, L. A. Curso de lingüística de texto. Recife: Universidade Federal de Pernambuco, 2003. Não publicado.
MARCUSCHI, L. A. Situação atual e perspectivas no estudo do português falado no Brasil. Recife: UFPE, 2004. Não publicado.
MARCUSCHI, L. A. Oralidade e ensino: questões e perspectivas. Recife: Universidade Federal de Pernambuco, 2005. Não publicado.
MARCUSCHI, L. A.; PAIVA, Â. (Org.). Fala e escrita. Belo Horizonte: Autêntica, 2005.
MARTINET, A. A linguística sincrônica. Tradução de Lílian Abrantes. Rio de Janeiro: Edições Tempo Brasileiro, 1974.
MOUNIN, G. Quelques traits du style de Jacques Lacan. In: G. Mounin. Introduction à la sémiologie. Paris: Éditions de Minuit, 1970.
NEF, F. A linguagem: uma abordagem filosófica. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1995.
NEVES, M. H. D. M. A gramática: história, teoria e análise, ensino. São Paulo: Editora UNESP, 2002.
OLSON, D. O mundo no papel: as implicações conceituais e cognitivas da leitura e escrita. Tradução Sérgio Beth. São Paulo: Ática, 1997.
ONG, W. Oralidade e cultura escrita. Tradução Rodolfo Ilari. São Paulo: Contexto, 2004.
PETER, M. Linguagem, língua, linguística. In: FIORIN, José Luiz (Org.). Introdução à linguística I: objetos teóricos. São Paulo: Contexto, 2002. p. 17- 24.
PIETROFORTE, A. V. A língua como objeto da linguística. In: FIORIN, José Luiz (Org.). Introdução à linguística II: objetos teóricos. São Paulo: Contexto, 2002. p. 75-94.
POSSENTI, S. O que significa O sentido depende da enunciação? In: BRAIT, Beth (Org.). Estudos enunciativos no Brasil: histórias e perspectivas. Campinas, SP: Pontes, 2001.
REBOUL, O. Introdução à retórica. São Paulo: Martins Fontes, 2004.
RIBEIRO JR, W. A. Revista eletrônica "Grécia Antiga", 1997-2004. Acesso em: 09 set. 2004.
ROBINS, R. H. Pequena história da linguística. Tradução de Luís Martins Monteiro de Barros. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1979.
ROCHA, L. C. D. A. Estruturas morfológicas do português. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 1999.
SABÓIA, A. M. T. A representação das representações. Revista Educação Pública. Cuiabá, v. 7, n.11, p.95-105, 1998. Disponível em: . Acesso em: 31 ago. 2004.
SAUSSURE, F. D. Curso de linguística geral. Tradução de Antonio Chelini, José Paes e Izidoro Blistein. 10. ed. São Paulo: Cultrix, 196?.
SCLIAR-CABRAL, L. Princípios do sistema alfabético do português do Brasil. São Paulo: Contexto, 2003.
TRASK, R. L. Dicionário de linguagem e lingüística. Tradução Rodolfo Ilari. São Paulo: Contexto, 2004.
WEEDWOOD, B. História concisa da linguística. Tradução Marcos Bagno. São Paulo Parábola Editorial, 2002.