Identificação de áreas quentes de desmatamento no cerrado por meio do estimador de densidade kernel
estudo de caso nas Microrregiões de Gerais das Balsas (MA) e Barreiras (BA) no MATOPIBA
DOI:
https://doi.org/10.9771/geo.v0i2.57038Palavras-chave:
Desmatamento, Geoprocessamento, CerradoResumo
A expansão do agronegócio no Brasil, embora crucial para a economia, pode ter consequências ambientais significativas. Esse impacto é evidente em MATOPIBA, uma região que se destaca como a nova fronteira agrícola do Cerrado, caracterizada por altas taxas de desmatamento. Nesse contexto, o objetivo deste estudo foi o de identificar e analisar os registros de desmatamento nas microrregiões de Gerais das Balsas e Barreiras, em MATOPIBA. Para isso, foram utilizados dados do PRODES do Cerrado e do TerraClass, submetidos a etapas de pré-processamento e geoprocessamento. A técnica de interpolação da nuvem de pontos com o estimador de densidade kernel foi empregada para gerar mapas de calor. Os resultados revelaram um aumento progressivo tanto na quantidade de pontos de desmatamento quanto na área desmatada ao longo dos anos analisados. Gerais das Balsas foi a microrregião com maior número de pontos, enquanto Barreiras registrou as maiores áreas desmatadas. As áreas quentes identificadas estão associadas a regiões de vegetação natural, pastagens e áreas próximas a centros urbanos. A intensidade do desmatamento está diretamente relacionada ao uso da terra.
Downloads
Referências
ALMEIDA DE SOUZA, A. et al. Dynamics of savanna clearing and land degradation in the newest agricultural frontier in Brazil. GIScience & Remote Sensing, v. 57, n. 7, p. 965-984, 2020. Disponível em: https://doi.org/10.1080/15481603.2020.1835080.
BOLFE, E. L. et al. Matopiba em crescimento agrícola Aspectos territoriais e socioeconômicos. Revista de Política Agrícola, v. 25, n. 4, p. 38-62, 2016. Disponível em: https://seer.sede.embrapa.br/index.php/RPA/article/view/1202/1025.
CARNEIRO FILHO, A.; COSTA, K. A expansão da soja no cerrado. Caminhos para a ocupação territorial, uso do solo e produção sustentável. São Paulo: Input/Agroicone, outubro de 2016. Disponível em: https://www.agroicone.com.br/wp-content/uploads/2019/12/Expansao-soja-Cerrado.pdf.
DOU, Y. et al. Spillover Effect Offsets the Conservation Effort in the Amazon.” Journal of Geographical Sciences, v. 28, n. 11, p. 1715–1732, 2018. Disponível em: https://link.springer.com/article/10.1007/s11442-018-1539-0.
DRUCK, S.; CARVALHO, M. S.; CÂMARA, G.; MONTEIRO, A. M. V. (Ed.). Análise Espacial de Dados Geográficos. Planaltina-DF: EMBRAPA, 2004.
FEITOSA JÚNIOR, F. R.; SOUZA, R. B. B.; CEDRO, T. A. P.; VALÉRIO, R. A.; DIAS, E. S.; SANTOS, J. Y. G. Queimadas em áreas do Cerrado brasileiro. Revista Ibero Americana de Ciências Ambientais, v.11, n. 7, p. 587-601, 2020. Disponível em: http://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2020.007.0046.
GIBBS, H. K. et al. Brazil's soy moratorium. Science, v. 347, n. 6220, p. 377-378, 2015. Disponível em: https://www.science.org/doi/10.1126/science.aaa0181.
KAWAMOTO, M. T. Análise de técnicas de distribuição espacial com padrões pontuais e aplicação a dados de acidentes de trânsito e a dados da dengue de Rio Claro-SP. 2012. 53 f. Dissertação (Mestrado em Biometria) - Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho, Instituto de Biociências de Botucatu, 2012.
Disponível em: https://www2.ibb.unesp.br/posgrad/teses/biometria_me_2012_marcia_kawamoto.pdf.
KLINK, C. A.; MACHADO, R. B. A conservação do Cerrado brasileiro. Megadiversidade, v. 1, n. 1, p. 147-155, 2005. Disponível em: https://professor.pucgoias.edu.br/sitedocente/admin/arquivosUpload/17973/material/Cerrado_conservacao.pdf.
MAURANO, L. E. P.; ALMEIDA, C. A. de; MEIRA, M. B. Monitoramento do desmatamento do cerrado brasileiro por satélite PRODES Cerrado. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE SENSORIAMENTO REMOTO, 19., Santos-SP, 2019. Anais... Santos-SP: INPE, 2019. p. 191-194. Disponível em: http://marte2.sid.inpe.br/col/sid.inpe.br/marte2/2019/09.06.13.25/doc/97341.pdf.
MIZIARA, F.; FERREIRA, N. C. Expansão da fronteira agrícola e evolução da ocupação e uso do espaço no Estado de Goiás: subsídios à política ambiental. In: FERREIRA, L. G. (Org.). A encruzilhada socioambiental – biodiversidade, economia e sustentabilidade no Cerrado. Goiânia: UFG, 2008. p. 107-125.
NEPSTAD, L. S. et al. Pathways for Recent Cerrado Soybean Expansion: Extending the Soy Moratorium and Implementing Integrated Crop Livestock Systems with Soybeans. Environmental Research Letters, v. 14, n. 4, p. 1-14, 2019: Disponível em: https://iopscience.iop.org/article/10.1088/1748-9326/aafb85/meta.
RAUSCH, L. L. et al. Soy expansion in Brazil’s Cerrado. Conservation Letters, p. 1-10, 2019. Disponível em: https://doi.org/10.1111/conl.12671.
ROCHA, G. F. et al. Detecção de desmatamentos no bioma cerrado entre 2002 e 2009: padrões, tendências e impactos. Revista Brasileira de Cartografia, Rio de Janeiro, v. 63, n. 3, p. 341-349, 2011. Disponível em: https://repositorio.bc.ufg.br/handle/ri/17174.
SANO, E. E., et al. Land cover mapping of the tropical savanna region in Brazil. Environ. Monit. Assess., n. 166, p. 113–124, 2010. Disponível em: https://doi.org/10.1007/s10661-009-0988-4.
SOUZA, N. P. de et al. Aplicação do Estimador de Densidade kernel em Unidades de Conservação na Bacia do Rio São Francisco para análise de focos de desmatamento e focos de calor. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE SENSORIAMENTO REMOTO, 16., Foz do Iguaçu-PR, 2013. Anais... Foz do Iguaçu-PR: INPE, 2013. p. 4958-4965. Disponível em: http://marte2.sid.inpe.br/col/dpi.inpe.br/marte2/2013/05.29.00.28.09/doc/p1135.pdf.
SPERA, S. A. et al. Land‐use change affects water recycling in Brazil's last agricultural frontier. Global change biology, v. 22, n. 10, p. 3405-3413, 2016. Disponível em: https://doi.org/10.1111/gcb.13298.
SPERA, S. Agricultural intensification can preserve the Brazilian Cerrado: Applying lessons from Mato Grosso and Goiás to Brazil’s last agricultural frontier. Tropical Conservation Science, v. 10, p. 1-7, 2017. Disponível em: https://journals.sagepub.com/doi/pdf/10.1177/1940082917720662.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o artigo simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Creative Commons CC BY que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista. Esta licença permite que outros distribuam, remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho, mesmo para fins comerciais, desde que lhe atribuam o devido crédito pela criação original. É a licença mais flexível de todas as licenças disponíveis. É recomendada para maximizar a disseminação e uso dos materiais licenciados. Ver o resumo da licença em: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/ Ver o texto legal da licença em: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/ Consulte o site do Creative Commons: https://creativecommons.org/licenses/?lang=pt
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).