Uma leitura dos conflitos territoriais no Brasil contemporâneo na obra de Kleber Mendonça Filho
DOI:
https://doi.org/10.9771/geo.v0i1.55028Palavras-chave:
Geografia e Cinema, Conflitos territoriais, Brasil contemporâneo, Cinema autoralResumo
O presente artigo se insere no conjunto de estudos que buscam a interface entre a ciência geográfica e a produção cinematográfica. Em forma de ensaio analítico de obras fílmicas, o texto visa discutir os conflitos sociais e territoriais do Brasil contemporâneo e a forma como estes são representados nos filmes O Som ao Redor, Aquarius e Bacurau, do cineasta Kleber Mendonça Filho. A metodologia de análise fílmica explora os elementos qualitativos das películas à luz da análise e da interpretação sócio-histórico-geográfica e simbólica das obras. A partir desta análise afirma-se que os filmes formam uma unidade autoral na qual o território é central na abordagem.
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Referências
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Filmes Analisados
O Som ao Redor (2012). Direção: Kleber Mendonça Filho. 131 min. Versátil Home Video, Vitrine Filmes. 2 BDs.
Aquarius (2016). Direção: Kleber Mendonça Filho. 146 min. Imovision, Vitrine Filmes. 1 BD.
Bacurau (2019). Direção: Kleber Mendonça Filho, Juliano Dornelles. 131 min. Vitrine Filmes. 1 BD.
Filmes Citados
Cidade de Deus (2002). Direção: Fernando Meirelles, Kátia Lund.
Tropa de Elite (2007). Direção: José Padilha.
Chaveiro (1996). Direção: Kleber Mendonça Filho, Daniel Bandeira.
Enjaulado (1997). Direção: Kleber Mendonça Filho.
Eletrodoméstica (2005). Direção: Kleber Mendonça Filho.
Recife Frio (2009). Direção: Kleber Mendonça Filho.
Violência Gratuita (Funny Games, 1997). Direção: Michael Haneke.
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