A Mata Meridional Pernambucana e o subdesenvolvimento: uma aproximação a partir da teoria de Celso Furtado
DOI:
https://doi.org/10.9771/geo.v15i1.29186Palavras-chave:
Centro-periferia, Subdesenvolvimento, Mata Meridional PernambucanaResumo
No século XX os debates econômicos voltavam-se, sobretudo, às teorias clássicas para explicar o processo de desenvolvimento das nações, havendo uma lacuna quanto à reflexão específica sobre países e regiões periféricas. Diante da incapacidade em explicar o subdesenvolvimento destas áreas, Celso Furtado, dentre outros economistas, passou a avaliar a permanência do subdesenvolvimento como um traço histórico-estrutural da formação das economias periféricas. Neste contexto, enquadra-se a Microrregião da Mata Meridional Pernambucana, constituída desde o período colonial a partir da indústria canavieira e que, na atualidade, mantém padrões de subdesenvolvimento típicos daquela fase. Tomando-se como hipótese a validade das reflexões furtadianas para a compreensão do subdesenvolvimento microrregional e mediante pesquisa bibliográfica e levantamento de dados, o presente texto tem como objetivo geral avaliar a pertinência da teoria desenvolvida por Furtado quanto à análise do quadro de subdesenvolvimento da Microrregião na atualidade. Como objetivos específicos busca-se relacionar o desenvolvimento de economias centrais e periféricas; descrever o processo de subdesenvolvimento; e identificar elementos socioeconômicos que caracterizam a Microrregião atualmente. Tendo em vista as características histórico-estruturais locais conclui-se que as reflexões engendradas pelo autor são aplicáveis à compreensão da permanente, mas não inalterável, situação de subdesenvolvimento microrregional.
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