DA REPRESENTAÇÃO FICCIONAL À TEXTUALIDADE COEXTENSIVA: O CASO DE MACHADO, DE SILVIANO SANTIAGO | FROM FICTIONAL REPRESENTATION TO COEXTENSIVE TEXTUALITY: THE CASE OF MACHADO, BY SILVIANO SANTIAGO

Autores

  • Igor Ximenes Graciano Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira

DOI:

https://doi.org/10.9771/ell.v0i62.28339

Resumo

Parte da produção romanesca contemporânea desafia alguns pressupostos protocolares do gênero conforme sua configuração na modernidade. Um recurso recorrente dessa produção é o investimento no documental e no biográfico como instâncias discursivas que relativizam a autonomia do universo romanesco, normalmente recebido como a face ficcional do real e da experiência. Em Machado, Silviano Santiago mais uma vez explora os limites do gênero, a ponto de conceber um romance que pode ser caracterizado como não romanesco, em parte porque o empenho autoral não está em representar mundos ou indivíduos sob a cláusula do “como se”. O narrador, ao assumir a dicção do ensaio e da crônica histórica, estabelece uma textualidade coextensiva às cartas, documentos, artigos jornalísticos e imagens de que se vale para compor o cenário do Rio de Janeiro nos três últimos anos da existência de Machado de Assis. Não havendo empenho para uma representação de si e do outro como uma segunda natureza – ficcional – de Santiago e do escritor carioca, a prosa de Machado promove sobretudo uma reverberação da vida privada e social pelo exercício especulativo da escrita.

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Publicado

2019-06-26

Como Citar

GRACIANO, I. X. DA REPRESENTAÇÃO FICCIONAL À TEXTUALIDADE COEXTENSIVA: O CASO DE MACHADO, DE SILVIANO SANTIAGO | FROM FICTIONAL REPRESENTATION TO COEXTENSIVE TEXTUALITY: THE CASE OF MACHADO, BY SILVIANO SANTIAGO. Estudos Linguísticos e Literários, Salvador, n. 62, p. 65–75, 2019. DOI: 10.9771/ell.v0i62.28339. Disponível em: https://periodicos.ufba.br/index.php/estudos/article/view/28339. Acesso em: 25 abr. 2024.

Edição

Seção

DOSSIÊ: “A REPRESENTAÇÃO E OS DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS”