WE CAN DO IT!: O FUNCIONAMENTO DISCURSIVO DOS MEMES NO ESPAÇO DIGITAL | DISCURSIVE FUNCTIONING OF MEMES IN THE DIGITAL SPACE
DOI:
https://doi.org/10.9771/ell.v0i57.24428Palavras-chave:
Discurso, Espaço digital, MemesResumo
O presente trabalho tem como objetivo investigar o funcionamento da memória no espaço digital a partir da formulação-origem We can do it!, que de tanto se repetir adquiriu o estatuto de meme. Para tanto, recortamos um corpus analítico composto por três memes que significaram/significam a formulação-origem We can do it!, produzindo efeitos de sentidos sobre a mulher. Efeitos de sentidos esses, que provocam o humor e a ironia, por meio dos processos parafrásticos e polissêmicos do discurso, no avizinhamento entre memória discursiva e memória metálica, e que encaminham para a resistência aos discursos machistas. Respaldamo-nos nos pressupostos teóricos da Análise de Discurso de linha francesa, tal como proposta por Pêcheux (2014), especificamente no que tange a memória discursiva, Courtine (2009), Orlandi (2015) e Indursky (2011) e a memória metálica com os postulados de Orlandi (2006) e Dias (2016). Também, compreendemos a tensão entre paráfrase e polissemia (ORLANDI, 2015), conceitos caros à teoria materialista do Discurso, bem como o funcionamento discursivo dos memes no espaço digital, textos compostos por diferentes materialidades significantes (LAGAZZY, 2009; 2011).
Palavras-Chave: Discurso; Espaço digital; Memes.
Abstract: The present article aims to investigate memory functioning in the digital space departing from the original formulation We can do it! , which acquired the status of meme due to its repetition. To do so, we selected an analytical corpus composed of three memes that signified/signify the We can do it! formulation, producing sensory effects on the woman. Effects that provoke humor and irony, through the paraphrastic and polysemic processes of discourse, in the convergence between discursive memory and metallic memory, and which lead to resistance to machist discourses. We seek theoretical support in French Discourse Analysis, as proposed by Pêcheux (2014), in scholars like Courtine (2009), Orlandi (2015) and Indursky (2011), regarding discursive memory, and Orlandi (2006) and Dias (2016), when it comes to mettalic memory. Also, we understand the tension between paraphrase and polysemy, (ORLANDI, 2015), concepts dear to the materialist theory of the Discourse, as well as the discursive functioning of the memes in the digital space, texts composed by different significant materialities (LAGAZZY, 2009; 2011).
Keywords: Discourse; Digital space; Memes.