Dispositivos ciberfeministas no Instagram: as autorias educ-ativas em contexto de Covid-19

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.9771/re.v11i1.45468

Palabras clave:

Ciberfeminismos. Cibercultura. Multiletramentos críticos. Instagram.

Resumen

A produção de mulheres na internet não é nova, mas, a partir do movimento dos feminismos plurais, principalmente mediado pelo uso das redes sociais na internet notamos a emergência de diferentes fenômenos, performances e usos, bem como o potencial dos multiletramentos críticos em Street (2014), Fernandes, Cruz e Souza (2020) mobilizados em práticas sociais na cibercultura (Santos, 2014). Durante a pandemia de COVID/19 realizamos uma etnografia na cibercultura (Pereira, 2018) a partir da qual alguns dispositivos autorais foram mapeados na plataforma Instagram, com o objetivo de compreender como dispositivos autorais educacionais foram forjados por diferentes mulheres e de que modo podem inspirar práticas pedagógicas feministas na cibercultura. Os dados produzidos foram descritos densamente e analisados buscando os sentidos e os modos de subjetivação de mulheres feministas em fenômenos emergentes como lives, ocupações, aulas públicas, pole dance e práticas de digital storytellyng, dialogando com autoras feministas como Angela Davis, Heloísa Buarque de Hollanda, bell hooks, Vilma Piedade, Djamila Ribeiro, Sara Wagner York, dentre outras. Como resultados destacamos a possibilidade de problematizar questões relacionadas à cibercultura e às práticas sociais mediadas pelo digital em rede e os sistemas estruturais como patriarcado, colonialismo e capitalismo, em intersecção com categorias importantes aos feminismos como gênero, raça e classe, sendo possível ainda, mapear o que estamos concebendo como multiletramentos críticos, ao lançar o olhar às estratégias e táticas das praticantes (Certeau, 1998) para superação e resistência aos atravessamentos e opressões sofridas historicamente e materializadas em violências como a discursiva, a política, a acadêmica, estética, entre outras.

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Biografía del autor/a

Terezinha Fernandes, Universidade Federal de Mato Grosso

Docente do Instituto de Educação da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Atua na graduação presencial, a distância e na pós-graduação. Pós-doutorado pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Doutora em Educação pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) na linha de pesquisa Educação e Comunicação, com Doutoramento Sanduíche pela Universidade Aberta de Portugal (UAb). Mestre em Educação na linha de pesquisa Educação e Linguagens. Especialista em Formação de Orientadores para a Educação a Distância (EaD) e Licenciada em Pedagogia. Membro dos Grupos de Pesquisa Lêtece da UFMT e GpDoc da UFRRJ. No âmbito da pós graduação pesquisas, leciona e orienta nas temáticas: Cibercultura, Educação Online, Letramentos Digitais, Multiletramentos Criticos e Ciberfeminismos.

Edméa de Oliveira Santos, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Professora Titular-livre da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), do Programa de Pós-graduação em Educação (PPGDUC) e do Programa de Pós-graduação em Educação da UERJ (PROPED). Mestre, Doutora e Pós-doutora em Educação. Professora convidada no Mestrado em Pedagogia do e-learning UAb PT. Líder do grupo de Pesquisa Docência Cibercultura (PpDOC/UFRRJ).

Sara Wagner York, Universidade Estadual do Rio de Janeiro

Graduada em Língua Inglesa e Literatura pela Universidade Estácio de Sá (UNESA), onde recebeu a Medalha ALUMNI pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Também trabalhou na Sahir House, no Reino Unido, em ações de acolhimento de refugiados do Oriente Médio e da África. Atualmente, leciona em uma escola pública de Ensino Fundamental. É membro do GENI, grupo de pesquisa liderado pelo Prof. Dr. Fernando Pocahy, e foi bolsista CNPq no ProPEd/UERJ.

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Publicado

2022-05-02

Cómo citar

Fernandes, T., Santos, E. de O., & York, S. W. (2022). Dispositivos ciberfeministas no Instagram: as autorias educ-ativas em contexto de Covid-19. Revista Entreideias: Educação, Cultura E Sociedade, 11(1). https://doi.org/10.9771/re.v11i1.45468

Número

Sección

Nº temático: Pedagogias o presente: Como nos tornamos o que somos? (finalizado)