Trabalho, educação e ontologia marxiana
DOI:
https://doi.org/10.9771/re.v6i2.17538Resumen
Este texto apresenta uma reflexão a respeito das relações que se estabelecem entre a categoria fundante do ser social: o trabalho e o complexo social da educação. Para desenvolver tal debate, levamos em consideração as contribuições de autores que trabalham com a abordagem ontológica marxiana. Este é um procedimento necessário para apreender as dinâmicas e interações entre trabalho, educação e totalidade social de um ponto de vista que analisa os complexos sociais em sua vinculação prática e real ao desenvolvimento do ser social. Para tanto, abordamos, em um primeiro momento, a origem histórica e a natureza da tradição denominada por ontologia marxiana e, num segundo momento, explicitamos a dependência ontológica, autonomia relativa e determinação recíproca da educação para com o trabalho. Tais interações que se estabelecem entre trabalho, educação e totalidade social emanam da própria realidade objetiva em seu desenvolvimento histórico e social. Uma elaboração importante da ontologia marxiana, neste aspecto, é o caráter de crítica frente às perspectivas que retiram da atividade humana o seu papel de demiurgo do processo histórico. Com efeito, não se trata de uma abordagem idealista de talhe gnosiológico a respeito da problemática em questão, mas sim, de uma abordagem de cunho ontológico com base nas contradições e nas tendências gerais desta forma de sociabilidade contemporânea. Estas reflexões são indispensáveis para não supervalorizar a práxis educativa e, também, para não desprezá-la.Descargas
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