Criação de emojis: as invenções juvenis de si em uma inspiração Sociopoética

Authors

  • Douglas Pereira da Costa Docente de instituições privadas de ensino superior. Empregado público federal (Correios), atualmente, com a função de Instrutor I do Polo de Educação do Piauí (Universidade Corporativa Correios). http://orcid.org/0000-0003-0706-7163

DOI:

https://doi.org/10.9771/re.v9i3.37287

Keywords:

Emojis. Cultura Digital. Juventudes. Identidades Juvenis. Sociopoética.

Abstract

O estudo objetivou analisar os sentidos representativos das identidades juvenis impressos em emojis produzidos artisticamente por alunos de Ensino Médio de uma instituição escolar pública federal de Valença do Piauí durante a realização de uma oficina inspirada na Sociopoética e em respostas ao tema gerador O eu. Os emojis são elementos comunicativos e anunciativos de representações dos sujeitos em funções discursivas e subjetivas em redes sociais, assim, firmam-se como elementos símbolos da juventude. Os pensamentos teóricos de Moro (2016), Paiva (2016) e Brito (2008) interligados às inspirações sociopoetas, a exemplo, Gauthier (2015, 2016), Adad (2014) e Santos (2013), justificam a escolha da produção de dados através da criação dos emojis por cada copesquisador, na intenção de despertar o potencial inventivo e sensível deles. As criações dos emojis como invenções juvenis de si com material de recorte, colagem, desenho e pintura em papel cartão foram analisadas intuitivamente e por uma leitura poética com olhares sensíveis. Constata-se, que do processo de produção simbólica dos emojis até o confronto da análise com aportes teóricos, os marcos delineadores da juventude não podem ser definidos com homogeneidade e singularidade, evidenciando a não existência de uma classificação pré-definida para a identidade jovem. Dessa forma, outros caminhos e conexões se abrem para interpretações dos multi/plurisentidos de suas identidades individuais, bem como, de suas categorias. Ainda, evidencia-se, as influências advindas dos diferentes modos representativos no ciberespaço na produção identitária fora dele e vice-versa, corroborando com as diversidades e diferenças nos modos de ser juvenil.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

Douglas Pereira da Costa, Docente de instituições privadas de ensino superior. Empregado público federal (Correios), atualmente, com a função de Instrutor I do Polo de Educação do Piauí (Universidade Corporativa Correios).

Mestre em Educação (UNILOGOS). Especialista em Psicopedagogia e Educação Especial (Faculdade Jardins). Licenciado em Pedagogia (UESPI).

References

ADAD, Shara Jane Holanda Costa. A Sociopoética e os cincos princípios: a Filosofia dos Corpos Misturados na Pesquisa em Educação. In: ADAD, Shara Jane Holanda Costa et al. (Org.). Tudo que não inventamos é falso: dispositivos artísticos para pesquisar, ensinar e aprender com Sociopoética. Fortaleza: EdUECE, 2014. p. 19-39.

ADAD, Shara Jane Holanda Costa; GAMA, Marta. Os corpos-bichos dos estudantes como mecanismo de fuga às identidades fixas: uma oficina Sociopoética. In: BOMFIM, Maria do Carmo Alves do; ADAD, Shara Jane Holanda Costa; NASCIMENTO, Adriana Loiola do (Org.). Educação, diversidades e políticas de inclusão: juventudes, cultura de paz e subjetividades. v. 2. Teresina: EDUFPI, 2014. p. 157-169.

BAUMAN, Zygmunt. 44 Cartas do Mundo Líquido Moderno. Rio de Janeiro: Zahar,

BORTOLAZZO, Sandro Faccin. Nascidos na era digital: outros sujeitos, outra geração. In: Encontro Nacional de Didática e Práticas de Ensino (ENDIPE), 16., 2012. Anais... Campinas: Junqueira&Marin Editores, 2012. p: 2-13.

BRITO, Audrey Danielle Beserra de. O discurso da afetividade e a linguagem dos emoctions. Revista Eletrônica de Divulgação Científica em Língua Portuguesa, Linguística e Literatura, ano 4, n. 2, 2. sem, p. 1-21, 2008. Disponível em: http://www.letramagna.com/emoticons.pdf. Acesso em: 05 jun. 2018.

CANEVACCI, Massimo. A comunicação entre corpos e metrópoles. Revista Signos do Consumo, São Paulo, v. 1, n. 1, p. 8–20, abr. 2009. Disponível em: http://www.revistas.usp.br/signosdoconsumo/article/view/42762/46416. Acesso em: 20 fev. 2018.

CASTRO, Ana Maria Cortez de. O corpo coletivo de barro como dispositivo de produção de confetos do educar para socioeducadores. In: ADAD, Shara Jane Holanda Costa et al. (Org.). Tudo que não inventamos é falso: dispositivos artísticos para pesquisar, ensinar e aprender com Sociopoética. Fortaleza: EdUECE, 2014. p. 19-39.

DAYRELL, Juarez. O jovem como sujeito social. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, n. 24, p. 44-52, dez. 2003. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbedu/n24/n24a04.pdf. Acesso em: 12 out. 2017.

GAUTHIER, Jacques. A Sociopoética como prática de pesquisa integral. Revista de enfermagem UERJ, Rio de Janeiro, v. 22, n. 6, p. 848-52, nov./dez. 2014. Disponível em: http://dx.doi.org/10.12957/reuerj.2014.15781. Acesso em: 20 nov. 2017.

GAUTHIER, Jacques. A questão da metáfora, da referência e do sentido em pesquisas qualitativas: o aporte da Sociopoética. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, n. 25, p. 127-142, abr. 2004. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-24782004000100012&script=sci_abstract&tlng=pt. Acesso em: 20 nov. 2017.

GAUTHIER, Jacques. Sociopoética e formação do pesquisador integral. Revista Psicologia, Diversidade e Saúde, Bahia, v. 4, n. 1, p. 78-86, jul. 2015. Disponível em: https://www5.bahiana.edu.br/index.php/psicologia/article/view/459. Acesso em: 20 nov. 2017.

LÉVY, Pierre. Cibercultura. 3. ed. São Paulo, Editora 34, 2010.

MARTINS, Lucivando Ribeiro; ADAD, Shara Jane Holanda Costa. A produção de subjetividade pelos(as) jovens da escola pública sobre o corpo estranho nas redes sociais: uma inspiração Sociopoética. In: BOMFIM, Maria do Carmo Alves do; ADAD, Shara Jane Holanda Costa; NASCIMENTO, Adriana Loiola do (Org.). Educação, diversidades e políticas de inclusão: juventudes, cultura de paz e subjetividades. v. 2. Teresina: EDUFPI, 2014. p. 81-95.

MORO, Gláucio Henrique Matsushita. Emoticons, emojis e ícones como modelo de comunicação e linguagem: relações culturais e tecnológicas. Revista de Estudos da Comunicação, Curitiba, v. 17, n. 43, p. 53-70, set./dez. 2016. Disponível em: http://www2.pucpr.br/reol/pb/index.php/comunicacao?dd1=16455&dd99=view&dd98=pb. Acesso em: 15 jan. 2018.

PAIS, José Machado. Jovens e Cidadania. Sociologia, Problemas e Práticas, Lisboa, v. 1, n. 49, p. 53-70, fev. 2005.

PAIVA, Vera Lúcia Menezes de Oliveira e. A linguagem dos emojis. Trabalhos em Linguísticas Aplicadas, Campinas, v. 55, n. 2, p. 379-399, mai./ago. 2016. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/010318134955176321. Acesso em: 5 jun. 2018.

PALFREY, John; GASSER, Urs. Nascidos na Era Digital: Entendendo a Primeira Geração de Nativos Digitais. Porto Alegre: Artmed, 2011.

PETIT, Sandra Haydée. Sociopoética: potencializando a dimensão poética da pesquisa. In: ADAD, Shara Jane Holanda Costa et al. (Org.). Tudo que não inventamos é falso: dispositivos artísticos para pesquisar, ensinar e aprender com Sociopoética. Fortaleza: EdUECE, 2014. p. 19-39.

SANTOS, Maria da Conceição de Souza. Páginas Sociopoéticas: deslizando nas ideias e nos conceitos de jovens sobre leitura. 2013. 151 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Federal do Piauí, Teresina, 2013.

Published

2020-12-14

How to Cite

Pereira da Costa, D. (2020). Criação de emojis: as invenções juvenis de si em uma inspiração Sociopoética. Revista Entreideias: Educação, Cultura E Sociedade, 9(3). https://doi.org/10.9771/re.v9i3.37287

Issue

Section

Artigos