O processo de formação política da Marcha Mundial das Mulheres – Núcleo Agreste de Pernambuco
DOI:
https://doi.org/10.9771/re.v9i3.32922Keywords:
Feminismo. Formação Política. Gênero. Patriarcado.Abstract
O presente artigo é um estudo sobre a formação política desenvolvida na Marcha Mundial das Mulheres- Núcleo Agreste. Temos como objetivo geral compreender como se dá o processo de formação política da Marcha Mundial das Mulheres diante de uma sociedade patriarcal, juntamente com os objetivos específicos: identificar o processo de formação política da Marcha Mundial das Mulheres; caracterizar o Movimento da Marcha Mundial das Mulheres e descrever as principais condições de opressão sexista o qual as mulheres vivem no patriarcalismo. Este trabalho justifica-se pela emergência de uma prática feminista dentro dos movimentos sociais, como é o caso da Marcha Mundial das Mulheres- Núcleo Agreste. Nossa problematização é saber como ocorre o processo de formação política da Marcha Mundial das Mulheres diante de uma sociedade patriarcal? Em nossa metodologia adotamos uma pesquisa qualitativa/ exploratória/ explicativa e descritiva (GIL, 2002; MINAYO 2008; DESLAURIERS, 2008; LAGE, 2013) apoiada ao estudo do Caso Alargado (SANTOS, 1983) para análise e sistematização dos dados, também utilizamos as bases teóricas apoiadas pelas epistemologias feministas e teorias de gênero para situar o nosso trabalho dentro de um contexto atual. Nossas conclusões foram na linha horizontal e não-linear de construir o conhecimento sobre os enfrentamentos oriundos do patriarcado e do sexismo, construindo uma epistemologia feminista de prática não sexista.Downloads
References
AGUIAR, Neuma. Perspectivas feministas e o conceito de patriarcado na sociologia clássica e no pensamento sociopolítico brasileiro. Gênero e Ciências humanas- desafio a ciências desde a perspectiva das mulheres. Editora Rosa dos Ventos, 1997.
ALVES, Branca Moreira; PINTANGUY, Jacqueline. O que é feminismo. Abril cultural/ Brasiliense-Coleção Primeiros Passos, 1985.
ARRUDA, Angela. Teoria das representações sociais e teorias de gênero. Cadernos de Pesquisa, novembro/2002.
DESLAURIERS, Jean-Pierre. O delineamento de pesquisa qualitativa. A pesquisa qualitativa: enfoques epistemológicos e metodológicos. Petrópolis: editora vozes, 2008.
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2002.
GOHN, Maria da Glória. Movimentos Sociais na Contemporaneidade. Revista Brasileira da Educação, 2011.
______ Movimentos Sociais no Início do Século XXI – Antigos e novos atores sociais. Petrópolis, RJ: Vozes, 2007.
LAGE, Allene Carvalho. Educação e Movimentos sociais: caminhos para uma pedagogia de luta. Recife: ed. Universitária da UFPE, 2013.
______ Entre hegemonias e subalternidades, discursos e militâncias que apontam para uma ciência pós-colonial: é possível uma ciência mestiça? Revista do Observatório dos Movimentos Sociais – Saberes. 2008
LOURO, G. L. Gênero, sexualidade e educação: uma perspectiva pós-estruturalista. Petrópolis, RJ: Vozes, 1997.
MACEDO, Ana Gabriela. Pós-feminismo. Estudos feministas. Florianópolis, 2006.
MARCHA MUNDIAL DAS MULHERES. Uma década de lucha internacional feminista. São Paulo: Maxprint, 2008.
MATOS, Marlise; RAMALHO, Iáris. Mais mulheres no poder – Contribuição à formação política das mulheres. Brasília: Cortês, 2010.
MILITÃO, Maria Socorro Ramos. Formação política e movimentos sociais: uma perspectiva Gramsciana. Educação e Filosofia Uberlândia, 2014.
MINAYO, M. C. S. (Org); DESLANDES, S. F.; CRUZ NETO, O. GOMES, R. Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 27. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008.
MORGANTE, Mirela Marin; NADER, Maria Beatriz. O patriarcado nos estudos feministas: um debate teórico. Anais XVI Encontro Regional de História da Anpuh-Rio: Saberes e práticas e científicas.
PERELLA, Cileda dos Santos Sant’Anna. Movimentos Sociais e contribuições à formação política. (Tese- Formação e participação políticas de Conselheiros de escola: O caso do município de Suzano-SP). Faculdade de Educação da USP, 2012.
PINTO, Céli Regina Jardim. Uma história do feminismo no Brasil. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2003.
SANTOS, Boaventura de Sousa. Os conflitos urbanos no Recife: o caso do “Skylab”. Revista crítica de Ciências Sociais, n° 11, maio, pág. 9-59. Coimbra: Centro de Estudos Sociais, 1983.
SMIGAY,Karin Ellen. Sexismo, homofobia e outras expressões correlatadas de violência desafios para a psicologia política. Psicologia em Revista, Belo Horizonte, 2002.
TELES, Maria Amélia de Almeida. Breve história do feminismo no Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1993.
www.tse.jus.br/eleitot/glossário/termos/voto-da-mulher, acessado em abril de 2017