A fabricação de resistências no cenário pós-colonial: entre subalternização e subversão

Autores

  • Jonatha Daniel dos Santos
  • Rozane Alonso Alves Docente do Instituto Federal Goiano - Campus Ipameri.

DOI:

https://doi.org/10.9771/re.v8i1.25830

Palavras-chave:

Produção discursiva. Subalternização/Subversão. Pós-Colonial. Resistência.

Resumo

Esse artigo tem como proposta problematizar as produções discursivas que contribuem para a constituição da subalternização/inferiorização de saberes/conhecimentos de distintos grupos sociais bem como a criação de normatizações e padrões frente à produção do conhecimento, estabelecendo as representações dicotômicas/binárias. Por outro lado expõe que no processo de subalternização são articuladas ações que rompem com esse ideário que por si só constrói espaços de resistência. Para tecer tais considerações buscamos refletir teoricamente sobre o conceito de discurso problematizado a partir de dois campos teóricos, sendo eles: o Grupo Modernidade/Colonialidade e a Teoria Pós-Colonial. Atrelado a esses campos, nos apoiamos nos estudos de Michel Foucault. Trata-se, portanto, de uma pesquisa bibliográfica, originada por meio de nossas pesquisas com os Povos Indígenas de Rondônia.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Jonatha Daniel dos Santos

Licenciado em Matemática - UNIR. Mestre em Educação em Ciências e Matemática - PUC RS. Doutorando em Educação - UCDB.

Rozane Alonso Alves, Docente do Instituto Federal Goiano - Campus Ipameri.

Licenciada em Pedagogia - UNIR. Mestra em Educação - UFRGS. Doutora em Educação - UCDB.

Referências

ALVES, Rozane Alonso. Infância Indígena: narrativas das crianças Arara- Karo na região amazônica. 2014. Dissertação (Mestrado em Educação) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2014.

ALVES, Rozane Alonso. YA KA NA ÃRA WANÃ, movimento indígena e a produção das identidades das crianças Arara-Karo (Pay Gap/RO). 2017. Tese (Doutorado) – Universidade Católica Dom Bosco. Programa de Pós-Graduação em Educação, Campo Grande, 2017.

BALLESTRIN, Luciana. América Latina e o giro decolonial. Rev. Bras. Ciênc. Polít., Brasília, n. 11, p. 89-117, 2013.

BHABHA, Homi K. O local da cultura. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 1998.

CANCLINI, Néstor Garcia. Culturas Hibridas: Estratégias para entrar e sair da modernidade. São Paulo: Edusp, 2011.

DUSSEL, Enrique. O encobrimento do outro: origem do mito da modernidade. Petrópolis:vozes, 1993.

DUSSEL, Henrique. Oito ensaios sobre cultura latino-americana e libertação. São Paulo: Paulinas, 1997.

DUSSEL, Henrique. Europa, modernidade e eurocentrismo. In: LANDER, Edgardo (org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais: perspectivas latino-americanas. Buenos Aires: CLACSO, 2005. (Colección Sur Sur).

FANON, Frantz. Pele Negra, máscaras brancas. Salvador: EDUFBA, 2008.

FOUCAULT, M. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1979.

_____________A Arqueologia do saber. Rio de Janeiro: Forense, 1986.

____________. A ordem do discurso: aula inaugural no Collége de France, pronunciada em 2 de dezembro de 1970. 21ª Ed. São Paulo: Loyola, 2011.

FLEURI, Reinaldo Matias. Interculturalidade, identidade e decolonialidade: desafios políticos e educacionais. Revista Série- Estudos. Campo Grande, MS, n. 37, p. 89-106, Jan/Jul. 2014.

FRIEDMAN, Susan Starford. O Falar da fronteira: hibridismo e a performatividade: teoria da cultura e identidade nos espaços intersticiais da diferença. Crítica das Ciências Sociais. n. 61, p. 05- 28, 2001.

GROSFOGUEL, Ramón. Para descolonizar os estudos de economia política e os estudos pós-coloniais: transmodernidade, pensamento de fronteira e colonialidade global”. Revista Critica de Ciências Sociais, n. 80, p. 115-147, 2008.

MEMMI, Albert. Retrato do colonizado precedido pelo retrato do colonizador. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2007.

MIGNOLO, Walter. A colonialidade de cabo a rabo: o hemisfério ocidental no horizonte conceitual da modernidade. A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais: perspectivas latino-americanas. Buenos Aires: CLACSO, 2005. (Colección Sur Sur).

MIGNOLO, Walter. Desobediencia epistémica: retórica de la modernidad,lógica de la colonialidad y gramática de la descolonialidad. Argentina: Ediciones del signo, 2010.

PORTO-GONÇALVES, Carlos Walter; QUENTAL, Pedro de Araújo. Colonialidade do poder e os desafios da integração regional na América Latina. Revista Pólis. n. 31, 2012.

QUIJANO, Aníbal. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In: LANDER, Edgardo (orgs.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais: perspectivas latino-americanas. Buenos Aires: CLACSO, 2005. (Colección Sur Sur).

SCARAMUZZA, G. F “Pesquisando com zacarias kapiaar”: concepções de professores/a indígenas ikolen (gavião) de rondônia sobre a escola. 2015. Tese (Doutorado) – Universidade Católica Dom Bosco. Programa de Pós-Graduação em Educação, Campo Grande, 2015.

SANTOS, Jonatha D. Saberes etnomatemáticos na formação de professores indígenas do curso de licenciatura intercultural na Amazônia. 2015. Dissertação (Mestrado em Educação em Ciências e Matemática) – Pontifícia Universidade do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2015.

SAID, Edward. Cultura e Imperialismo. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.

SPIVAK, G. C. Pode o subalterno falar? Tradução de Sandra Regina Goullart Almeida; Marcos Pereira Feitosa, André Pereira Feitosa. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010.

TAPIA, Luis. Formas de interculturalidad In: VIAÑA, Jorge; WALSH, Catherine. Interculturalidad Crítica. La Paz: Instituto internacional de integración, 2010.

WALSH, Catherine. Estudios (inter)culturales en clave de-colonial. Tabula Rasa. Bogotá - Colombia, n.12, p. 209-227, Enero-Junio, 2010.

Downloads

Publicado

2019-05-03

Como Citar

dos Santos, J. D., & Alves, R. A. (2019). A fabricação de resistências no cenário pós-colonial: entre subalternização e subversão. Revista Entreideias: Educação, Cultura E Sociedade, 8(1). https://doi.org/10.9771/re.v8i1.25830