WHAT THE F*CK, SPOTIFY?
RUPTURAS NA PERFORMANCE DE GOSTO E ATIVIDADE ALGORÍTMICA NA RETROSPECTIVA 2019
DOI:
https://doi.org/10.9771/contemporanea.v20i1.45308Palavras-chave:
Retrospectiva Spotify, Performance de gosto, AlgoritmosResumo
Partindo da análise das manifestações de insatisfação de usuários do Spotify no Twitter com o resultado da Retrospectiva de 2019, pretende-se investigar como a atuação dos algoritmos nas plataformas de streaming de música pode agenciar a prática sonora dos ouvintes, tendo o gosto musical como um dos principais marcadores da fruição musical no ambiente digital. O artigo promove um resgate do conceito de performance de gosto e busca repensá-lo a partir das dinâmicas que compõem os estudos de plataforma, questionando em que medida a atuação do não humano é passível de falhas e rupturas que ocasionam tensionamentos entre os resultados da plataforma e a coerência expressiva que o usuário busca construir em direção às suas preferências musicais.
Downloads
Referências
AMARAL, Adriana; SOARES, Thiago; POLIVANOV, Beatriz. Disputas sobre performance nos estudos de comunicação: desafios teóricos, derivas metodológicas. Intercom – Revista Brasileira de Ciências da Comunicação, São Paulo, v. 41, n. 1, p. 63-79, 2018.
BUCHER, Taina. If… then: algorithmic power and politics. Oxford: Oxford University Press, 2018.
CARDOSO FILHO, Jorge; JANOTTI JR., Jeder. A música popular massiva, o mainstream e o underground: trajetórias e caminhos da música na cultura midiática. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO, 29., 2006, Brasília, DF. Anais eletrônicos […]. Brasília, DF: Universidade de Brasília, 2006. Disponível em: http://bit.ly/JJrC2006. Acesso em: 9 jan. 2020.
CHENEY-LIPPOLD, John. We are data: algorithms and the making of our digital selves. New York: New York University Press, 2017.
COULDRY, Nick; HEPP, Andreas. The mediated construction of reality. Cambridge: Polity Press, 2017.
COULDRY, Nick; MEJIAS, Ulises. Data colonialism: rethinking big data’s relation to the contemporary subject. Television & New Media, Thousand Oaks, v. 20, n. 4, p. 336-378, 2018.
DE MARCHI, Leonardo. Como os algoritmos do YouTube calculam valor? Uma análise da produção de valor para vídeos digitais de música através da lógica social de derivativo. MATRIZes, São Paulo, v. 12, n. 2, p. 193-215, 2018.
DENORA, Tia. After Adorno: rethinking music sociology. Cambridge: Cambridge University Press, 2003.
ERIKSSON, Maria et al. Spotify teardown: inside the black box of streaming music. Cambridge: MIT Press, 2019.
FISKE, John. The cultural economy of fandom. In: Lewis, Lisa A. (ed.). The adoring audience: fan culture and popular media. London: Routledge, 1992. p. 30-49.
FRITH, Simon. Performing rites: on the value of popular music. Cambridge: Harvard University Press, 1996.
GERLITZ, Carolin; HELMOND, Anne. The like economy: social buttons and the data-intensive web. New Media & Society, Thousand Oaks, v. 15, n. 8: p. 1348–1365, 2013.
GIDDENS, Anthony. Modernidade e identidade. Rio de Janeiro: Zahar, 2002.
GILLESPIE, Tarleton. The politics of ‘platforms’. New Media & Society, Thousand Oaks, v. 12, n. 3, p. 347-364, 2010.
GOFFMAN, Erving. A representação do eu na vida cotidiana. Petrópolis: Vozes, 2009.
GROHMANN, Rafael. Financeirização, midiatização e dataficação como sínteses sociais. InMediaciones de la Comunicación, Montevidéu, v. 14, n. 2, p. 97-117, 2019.
GROSSBERG, Lawrence. Another boring day in paradise: rock and roll and the empowerment of everyday life. Popular Music, Cambridge, v. 4, p. 225-258, 1984.
HENNION, Antoine. Music lovers: taste as performance. Theory, Culture & Society, London, v. 18, n. 5, p. 1-22, 2001.
HENNION, Antoine. Pragmática do gosto. Desigualdade & Diversidade – Revista de Ciências Sociais da PUC-Rio, Rio de Janeiro, n. 8, p. 253-277, 2011.
JANOTTI JR., Jeder. Cultura Pop: entre o popular e a distinção. In: SÁ, Simone Pereira de; CARREIRO, Rodrigo; FERRARAZ, Rogério (org.). Cultura Pop. Salvador: EDUFBA, 2015. p. 45-56.
JANOTTI JR., Jeder. Gêneros musicais em ambientações digitais. Belo Horizonte: PPGCOM/UFMG, 2020.
LATOUR, Bruno. Reagregando o social: uma introdução à teoria do ator-rede. Salvador: EDUFBA; Bauru: Edusc, 2012.
MARWICK, Alice; BOYD, Danah. To see and be seen: celebrity practice on Twitter. Convergence: The International Journal of Research into New Media Technologies, Thousand Oaks, v. 17, n. 2, p. 139-158, 2011.
PAPACHARISSI, Zizi. Affective publics: sentiment, technology, and politics. Oxford: Oxford University Press, 2015.
POLIVANOV, Beatriz Brandão. Identidades na contemporaneidade: uma reflexão sobre performances em sites de redes sociais. Revista do Centro de Pesquisa e Formação, São Paulo, n. 8, p. 103-119, 2019.
QUEM DEU play? Usuários do Spotify estranham nomes de artistas que não ouviram em 'retrospectiva pessoal'. G1, Rio de Janeiro, 7 dez. 2019. Pop & Art. Disponível em: http://bit.ly/G1Play19. Acesso em: 10 dez. 2019.
SÁ, Simone Pereira de. Somos todos fãs e haters? Cultura pop, afetos e performance de gosto nos sites de redes Sociais. Revista Eco Pós, v. 19, n. 3, p. 50-67, 2016.
SÁ, Simone Pereira de; POLIVANOV, Beatriz Brandão. Auto-reflexividade, coerência expressiva e performance como categorias para análise dos sites de redes sociais. Contemporânea – Revista de Comunicação e Cultura, Salvador, v. 10, n. 3, p. 574-596, 2012.
SADOWSKI, Jathan. When data is capital: datafication, accumulation, and extraction. Big Data & Society, Thousand Oaks, p. 1-12, 2019.
SRNICEK, Nick. Platform capitalism. Cambridge: Polity Press, 2017.
TAYLOR, Linnet. What is data justice? The case for connecting digital rights and freedoms globally. Big Data & Society, Thousand Oaks, p. 1-14, 2017.
VAN DIJCK, José. Record and hold: popular music between personal and collective memory. Critical Studies in Media Communication, Oxfordshire, v. 23, n. 5, p. 357-374, 2006.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Simone Pereira de Sá, Régis Wendel Rabelo Luccas
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-ShareAlike 4.0 International License.
Os autores que publicam nessa revista devem concordar com os seguintes termos relativos aos Direitos Autorais:
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista Contemporanea e à Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.