Representações, mediações e campanhas de mobilização contra o trabalho infantil: como os adolescentes constroem sentidos? // Representations, mediations and mobilization campaigns against child labor: how adolescents make sense?
DOI:
https://doi.org/10.9771/contemporanea.v13i3.14652Palavras-chave:
Campanhas de mobilização social, trabalho infantil, representações sociaisResumo
O objetivo deste artigo é avaliar como as peças das campanhas de mobilização do Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI) impactam as representações sociais de adolescentes sobre o trabalho infantil. Trata-se de um estudo sobre o processo de recepção, que tem como referências a Teoria das Representações Sociais de Serge Moscovici e a noção de mediações de Jesus Martin-Barbero. Realizamos uma pesquisa qualitativa multimétodo que contou com a participação de sete adolescentes cujas famílias são beneficiárias do Programa Bolsa-família, no Centro de Convivência (Cose) de Taguatinga, cidade periférica de Brasília. Os dados foram coletados em três etapas: percepções dos participantes sobre trabalho (1); recepção e avaliação das campanhas (2) e elaboração de peças de comunicação sobre trabalho infantil (3). Nas duas primeiras etapas o método utilizado foi o de Grupo Focal (GF) e no terceiro foi realizada uma oficina de cartazes, na qual os adolescentes criaram as peças sobre o tema. Verificou-se que as peças das campanhas não informam destacadamente aos adolescentes sobre a violação de seus direitos. Os resultados apontam que as campanhas afetam as representações sociais que estes possuem somente em relação ao público infantil, mas não criam identidade e sentido para a faixa etária relativa aos adolescentes. Nas peças elaboradas eles reproduziram os formatos tradicionalmente utilizados pelo Fórum, não se colocaram como sujeitos nas campanhas, tampouco informaram ou denunciaram a violação de direitos para este grupo.Downloads
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