Jamais Fomos Autônomos. Midiatização Para Além Da Purificação Moderna // We Have Never Been Autonomous. Mediatization Beyond The Modern Purification

Autores

  • André Holanda Faculdade Social da Bahia

DOI:

https://doi.org/10.9771/contemporanea.v12i3.12417

Palavras-chave:

Midiatização, Mediação, Teoria Ator-rede

Resumo

A Teoria da Midiatização proposta por Stig Hjarvard aborda as mudanças estruturais de longo prazo trazidas pela relativa autonomização da mídia na modernidade tardia e sua influência nas demais instituições sociais, que passam, de acordo com o autor, a operar segundo uma “lógica midiática” que lhes é externa. A proposta deste artigo é ponderar esta perspectiva teórica em contraste com a crítica apresentada por Bruno Latour no livro “Jamais fomos modernos” ao programa de purificação epistemológica típico da Modernidade. O argumento é que os diagnósticos de autonomia e heteronomia feitos por perspectivas comprometidas com o pensamento moderno, como é o caso da Midiatização, são resultado da contradição inerente ao “contrato moderno” da purificação. A discussão parte da Teoria proposta e dos fundamentos teóricos apresentados por Hjarvard para explorar certas contradições presentes no percurso. O próximo passo é discutir a inadequação de uma perspectiva purificadora para lidar com uma realidade social marcada pelo entrelaçamento de redes heterogêneas que seriam mais bem compreendidas (é o que se propõe aqui) através de uma abordagem como a Teoria Ator-rede, de modo a evitar que a expectativa purificadora desague fatalmente em um diagnóstico de heteronomia que não faz mais do que atestar a contradição entre suas postulações e a realidade.

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Biografia do Autor

André Holanda, Faculdade Social da Bahia

Doutor e Mestre em Comunicação e Cultura Contemporâneas peloPPGCCC da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia - UFBA. Pesquisador de Pós-doutorado PDJ- CNPQ.

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Publicado

2015-03-09

Edição

Seção

Dossiê Temático