Associação entre a suscetibilidade à exposição solar e a ocorrência de câncer de pele em albinos
DOI:
https://doi.org/10.9771/cmbio.v12i1.6717Palabras clave:
Pigmentação da pele. Neoplasias cutâneas. Albinismo.Resumen
Introdução: A produção de melanina é uma forma de proteção natural da pele contra a radiação ultravioleta e seus efeitos deletérios, tais quais cânceres de pele. Devido à sua reduzida produção, pessoas de pele clara apresentam maiores chances de desenvolver tais quadros. Objetivo: O presente estudo teve o objetivo de relacionar os efeitos da exposição solar à ocorrência de lesões cancerígenas na presença de hipopigmentação cutânea. Metodologia: Realizou-se pesquisa retrospectiva em centro público de tratamento ao câncer, no estado da Bahia, referente ao atendimento de indivíduos com lesões cancerígenas cutâneas (22 albinos e 30 com pigmentação normal), com complementação dos dados por entrevistas a membros da Associação dos Portadores de Albinismo no Estado da Bahia, com prévia obtenção do consentimento informado. Resultados: A média de idade de indivíduos albinos com neoplasias foi de 34,6 anos, e 65,1 anos para indivíduos não albinos, atendidos no centro de tratamento. Entre os pacientes com tumores, 42,89% dos albinos e 80% dos pacientes não albinos referiam exposição solar de forma prolongada. Nos albinos com câncer de pele, verificou-se que 56% apresentaram carcinoma basocelular, o tipo de câncer de pele mais comum no Brasil e com maiores chances de cura. Conclusão: A exposição ao sol sem proteção constitui um fator de risco para a ocorrência de lesões cancerígenas em indivíduos albinos.
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