Perfil cirúrgico e taxa de extubação precoce em pacientes no pós-operatório de cirurgia cardíaca
DOI:
https://doi.org/10.9771/cmbio.v22i3.57637Keywords:
Cirurgia torácica, circulação extracorpórea, extubação, Unidades de Terapia Intensiva, período pós-operatórioAbstract
Introdução: as doenças cardiovasculares apresentam grande prevalência em todo mundo. A indicação cirúrgica varia de acordo com as comorbidades associadas, idade e gravidade das manifestações clínicas. O conceito de manejo acelerado em cirurgia cardíaca está associado ao uso de drogas anestésicas, que permitem a rápida interrupção da ventilação mecânica invasiva (VMI) no pós-operatório, em até seis horas após o término do procedimento operatório. Objetivo: Conhecer o perfil dos pacientes submetidos a cirurgia cardíaca (CC) e a taxa de extubação precoce pode viabilizar o planejamento de estratégias para otimização assistencial. Metodologia: Estudo observacional, exploratório e retrospectivo, realizado nas unidades cardiovasculares de um hospital público de referência em cardiologia em Salvador, Bahia, Brasil. Foram utilizados dados dos prontuários relativos à internação dos pacientes submetidos a CC, durante o período de fevereiro de 2021 a fevereiro de 2022. Foram incluídos pacientes maiores de 18 anos, de ambos os sexos, submetidos à intervenção cirúrgica cardíaca e que tiveram sua recuperação pós-operatória na unidade de terapia intensiva (UTI). A variável dependente foi interrupção da VMI em até seis horas da chegada do paciente na UTI. As variáveis independentes foram: idade, sexo, data de internação, admissão na UTI, tipo de cirurgia, tempo de circulação extracorpórea (CEC), tempo de clampeamento, tempo de VMI, tempo de UTI e tempo de internamento hospitalar. Resultados: a amostra foi composta por 886 pacientes, com média de idade de 55,6 ± 14,3 anos. Foram realizados um total de 1097 procedimentos cirúrgicos. A mediana do tempo de CEC foi 70 minutos, tempo de clampeamento 55 minutos e tempo UTI de 3 dias. Conclusão: os procedimentos cirúrgicos mais prevalentes foram troca valvar e revascularização do miocárdio. Cerca de 80% dos pacientes foram extubados em até 6 horas após a admissão na UTI. Foram observadas menores medianas do tempo de CEC e internação em UTI quando comparadas com estudos semelhantes na literatura.
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