Efeito da reabilitação vestibular em paciente pós traumatismo cranioencefálico (TCE): relato de caso

Autores

  • Maria da Glória Canto de Sousa UFBA
  • Cristina Ganança UNIFESP
  • Eduardo Pondé de Sena UFBA

DOI:

https://doi.org/10.9771/cmbio.v12i4.9214

Palavras-chave:

Reabilitação labiríntica. Traumatismo Crânio Encefálico. Vertigem. Equilíbrio Postural.

Resumo

Introdução: O controle postural é uma das mais complexas funções sensoriomotoras do corpo, uma vez que a perfeita harmonia na execução e compreensão das informações vestibular, visual e proprioceptiva é integrada pelo sistema nervoso central (SNC). A perturbação na integração desses sistemas determina prejuízos motores, sensitivos, e/ou cognitivos os quais comprometem a mobilidade do indivíduo. O Traumatismo Crânio Encefálico (TCE) é um acontecimento que pode levar o paciente à morte ou à incapacidade crônica, o que invariavelmente desestabiliza seu meio familiar e interfere em sua vida social e/ou profissional. O tratamento do paciente sequelado por trauma crânio encefálico promove, de forma significativa, a recuperação do equilíbrio, sobretudo quando se trabalham os aspectos relacionados ao reflexo vestíbulo-ocular. A reabilitação vestibular é um recurso terapêutico indicado no tratamento de pacientes com distúrbios do equilíbrio corporal; sua eficácia está baseada nos mecanismos relacionados à plasticidade neuronal do SNC. Objetivo: visa descrever a contribuição da terapia labiríntica baseada na habituação no paciente acometido por trauma cranioencefálico com sequelas cerebelar e labiríntica. Metodologia: consiste no relato do caso clínico de um paciente de cinquenta e cinco anos de idade, atendido e acompanhado no setor de Otoneurologia da Clínica Escola de Fonoaudiologia da UNEB, no período de 2008 a 2013. Os seguintes procedimentos utilizados seguiram o protocolo de atendimento ao paciente acometido com tontura do referido setor: explanação acerca do funcionamento do programa; exposição teórica sobre anatomofisiopatologia do sistema vestibular; anamnese fonoaudiológica direcionada ao sistema auditivo e vestibular; aplicação do DHI (Dizziness Handicap Inventory) pré e pós-tratamento; utilização de protocolo de relaxamento de cintura escapular; realização de estimulação optocinética; realização dos exercícios dos protocolos de Cawthorne e Cooksey,e, do Zee e da Associação Italiana de Otologia; utilização de jogos com realidade virtual – Knect Xbox. Após a utilização de todos os procedimentos preconizados para o caso em questão, foi constatada a melhora do equilíbrio corporal (estático e dinâmico). Conclusão: Com base nos resultados obtidos, pode-se afirmar que a opção de utilizar protocolos diversos que venham a compor um programa de reabilitação do sistema labiríntico, principalmente, nos pacientes portadores de vestibulopatias mistas, como o caso ora exposto, favoreceu na recuperação das atividades básicas do dia a dia desse paciente, sobretudo quando da associação à estratégia terapêutica de jogos com realidade virtual. Assim, foi constatado que a associação desse procedimento aos protocolos tradicionais certamente propiciou maior possibilidade de atingir o fenômeno da habituação e adesão ao tratamento, possibilitando a recuperação do equilíbrio corporal, conferindo autonomia ao paciente.

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Publicado

2014-02-12

Como Citar

Sousa, M. da G. C. de, Ganança, C., & Sena, E. P. de. (2014). Efeito da reabilitação vestibular em paciente pós traumatismo cranioencefálico (TCE): relato de caso. Revista De Ciências Médicas E Biológicas, 12(4), 547–553. https://doi.org/10.9771/cmbio.v12i4.9214

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