Tratamento farmacológico da desordem temporomandibular muscular: uma revisão sistemática

Autores

  • Rivail Almeida Brandão Filho Universidade Federal da Bahia - UFBA
  • Tiago Costa Ramacciotti Universidade Federal da Bahia - UFBA
  • Felipe Fregni Universidade Federal da Bahia - UFBA
  • Eduardo Pondé de Sena Universidade Federal da Bahia - UFBA

DOI:

https://doi.org/10.9771/cmbio.v11i2.6698

Palavras-chave:

Dor miofacial, Revisão Sistemática, Síndrome Miofascial de Disfunção Dolorosa Temporomandibular, Tratamento Medicamentoso.

Resumo

Objetivo: Esta revisão sistemática avaliou a eficácia de tratamentos farmacológicos em pacientes com desordem temporomandibular (DTM) do tipo muscular. Metodologia: Analisaram-se ensaios clínicos randomizados, publicados nos últimos dez anos, nos quais verificou-se a eficácia da terapia farmacológica para tratamento de pacientes, mulheres ou homens, com idade de 18 a 65 anos, com DTM do tipo muscular, registrados nos bancos de dados do National Center for Biotechnology Information via Pubmed e da Cochrane Library, até 05 junho de 2012. Dos 213 artigos desses bancos de dados, avaliaram-se 11 e se realizou busca manual para estudos com analgésicos e antinflamatórios, porém sem sucesso. Todos os trabalhos foram avaliados por dois revisores quanto à qualidade da randomização e do mascaramento, ao poder estatístico e aos riscos de vieses. Resultados: Com relação à qualidade na descrição dos aspectos avaliados, dois artigos descreveram adequadamente todos eles. Não houve descrição de cálculo do poder estatístico em oito artigos. Dois artigos descreveram de forma inadequada o sigilo da alocação e dois o mascaramento. Quanto aos desfechos, houve falha da descrição dos efeitos colaterais em quatro artigos. Na análise através da escala de JADAD, oito artigos apresentaram boa qualidade e três não. Quanto aos riscos de vieses, apenas dois artigos apresentaram baixo risco, cinco foram considerados com risco moderado e quatro com alto risco. Conclusão: É preciso que se realizem trabalhos com amostras maiores e com melhor controle e qualidade metodológica para que a terapia farmacológica em pacientes com DTM muscular seja aplicada com maior segurança na clínica especializada.

 

ABSTRACT

Aim: This systematic review assessed the efficacy of pharmacological treatments in patients with temporomandibular disorders (TMD) of muscular type. Methodology: We analyzed randomized controlled trials, published in the last ten years, in which the effectiveness of pharmacologic therapies were assessed, in women or men, aged 18-65 years with TMD of muscular type, registered in the National Center for Biotechnology Information via Pubmed and the Cochrane Library until June 05 of 2012. Of the 213 articles in these databases, 11 met our inclusion criteria. We also conducted a manual search for studies of analgesic and anti-inflammatories, but no additional articles could be found. We evaluated the quality of randomization and blinding, the statistical power and risk of bias. Two independent reviewers evaluated entries. Results: Only two articles could be classified as having adequate quality. There was no description of the calculation of statistical power in eight articles. Two articles described improperly allocating concealment and in two of them blinding were not adequately reported. Regarding the results, four articles failed to report side effects. In the analysis of quality as indexed by the JADAD scale, eight articles were classified as having good quality. As to the risk of bias, only two articles were low risk, five were considered at moderate risk, and four as high risk. Conclusion: It is necessary to conduct further studies with larger samples and with better control and methodological quality for pharmacological therapy in patients with muscular TMD.

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Publicado

2012-01-01

Como Citar

Brandão Filho, R. A., Ramacciotti, T. C., Fregni, F., & Sena, E. P. de. (2012). Tratamento farmacológico da desordem temporomandibular muscular: uma revisão sistemática. Revista De Ciências Médicas E Biológicas, 11(2), 249–254. https://doi.org/10.9771/cmbio.v11i2.6698

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