Variantes no gene ATM (ataxia-telangiectasia, mutado) em Pacientes portadoras de câncer de mama no estado da Bahia

Autores

  • Thâmara Cláudia de Melo Ferreira
  • Maria Betânia Pereira Toralles

DOI:

https://doi.org/10.9771/cmbio.v22i3.57638

Palavras-chave:

Gene ATM, câncer hereditário, risco para câncer, teste genético, aconselhamento genético

Resumo

Introdução:  o câncer de mama é o mais comum em mulheres em todo o mundo, com altas taxas de mortalidade. Aproximadamente 10% dos novos casos de câncer de mama são hereditários. A principal síndrome de predisposição hereditária ao câncer de mama é provocada por mutações nos genes BRCA1 e BRCA2, (HBOC, para hereditary breast and ovary cancer). Entretanto, apenas 10% dos pacientes confirmam a presença de mutações germinativas em BRCA1 ou BRCA2. Variantes patogênicas em outros genes, conhecidos como de moderada penetrância, como PALB2, CHEK2 e ATM, também contribuem para aumento do risco de ocorrência do câncer de mama. Cerca de 3 a 5% das mulheres que se apresentam para avaliação de risco hereditário de câncer de mama ou ovário têm variantes patogênicas em um gene de moderada penetrância. Objetivo: descrever os aspectos clínicos e moleculares de pacientes que apresentaram mutações no gene ATM e foram submetidos a aconselhamento genético e teste genético com painel multigenes para genes de alto e moderado risco para câncer. avaliados no período de 2007 a 2023. Metodologia: estudo estatístico descritivo, com análise quantitativa em amostra retrospectiva e prospectiva de pacientes submetidas a sequenciamento por Sanger, admitidas no serviço de oncogenética da UFBA, no ICS da UFBA, bem como de pacientes submetidas a sequenciamento de nova geração, que preencheram critérios clínicos para síndrome de susceptibilidade ao câncer hereditário, com base em critérios dos guidelines do NCCN e conforme diretrizes da Agência Nacional de Saúde, constantes no rol de procedimentos em saúde, admitidas para aconselhamento genético no período de 07/2007 a 05/2023. Resultados: os achados podem elucidar diferenças entre pacientes caucasianos e pacientes miscigenados, esses últimos pouco estudados até o presente momento, mas que podem representam a população brasileira em sua maioria. Conclusão: os resultados encontrados possibilitam o delineamento do perfil dos pacientes com mutação em ATM: epidemiológico, de variabilidade genética ou alélica, perfil clínico, tumoral e de apresentação de tumores na história familiar.

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Biografia do Autor

Thâmara Cláudia de Melo Ferreira

Médica formada pela Universidade Federal de Alagoas – UFAL, com  Residência médica pelo Instituto Nacional de Câncer – INCA, Médica do Hospital São Rafael, Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Processos Interativos dos Órgãos e Sistemas da universidade Federal da Bahia – UFBA

Maria Betânia Pereira Toralles

Médica graduada pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública – EBMSP, Residência em Pediatria, Endocrinologia Pediátrica pela Universidade Federal da Bahia – UFBA; Mestre em Medicina e Saúde pela Universidade Federal da Bahia – UFBA, Doutora em Medicina e Saúde pela Universidade Federal da Bahia – UFBA, Professora Titular de Genética Clínica da Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia – UFBA, Professora do Programa de Pós-Graduação em Processos Integrativos dos Órgãos e Sistemas do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Federal da Bahia – UFBA

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Publicado

2023-12-04

Como Citar

Ferreira, T. C. de M. ., & Toralles, M. B. P. . (2023). Variantes no gene ATM (ataxia-telangiectasia, mutado) em Pacientes portadoras de câncer de mama no estado da Bahia. Revista De Ciências Médicas E Biológicas, 22(3), 556–564. https://doi.org/10.9771/cmbio.v22i3.57638

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