As tecnologias digitais no contexto educacional para a autonomia dos sujeitos

Autores/as

  • Glauber Cassiano Universidade Federal da Bahia
  • Camila Bahia Góes Universidade Federal da Bahia
  • Bárbara Coelho Neves Universidade Federal da Bahia

DOI:

https://doi.org/10.9771/rfd.v2i0.57584

Palabras clave:

Tecnologia digital, Autonomia, Políticas públicas, Políticas educacionais, Educação

Resumen

As ações políticas, econômicas, sociais e culturais das pessoas, empresas, instituições e governos ganham novas possibilidades quando, oportunamente, utilizam-se das tecnologias digitais; nota-se que as tecnologias digitais, cada vez mais, estão sendo incorporadas às práticas educativas formais, o que exige da escola e do professor um olhar que amplie as possibilidades de uso das tecnologias associadas aos processos educacionais. Este artigo se propôs discutir as potencialidades tais como, capacidade, engajamento e a funcionalidade das tecnologias digitais para a autonomia do sujeito na escola, no contexto da Era da Informação, frente a cultura do modelo político e econômico liberal. O procedimento metodológico utilizado nesta produção foi a revisão de literatura, tendo como fonte a plataforma “Periódicos CAPES”, assim como a base “ERIC”, onde realizamos uma revisão descritiva e avaliação crítica da literatura. Os resultados desta pesquisa mostram que: a) é necessário que se tenham políticas educacionais que visem a introdução das tecnologias digitais no contexto escolar para além do seu uso técnico e superficial, que viabilizem práticas e a organização escolar para uma atuação e manejo crítico, autônomo e criativo; b) as tecnologias digitais possuem caráter inovador socialmente capaz de engendrar leitura crítica no sujeito; c) a incansável luta pela emancipação humana deve continuar, principalmente no ambiente escolar. Concluímos que a inclusão de processos de formação alternativos e dinâmicos podem desencadear mudanças voltadas para a emancipação do sujeito, assim como, as tecnologias de um modo geral podem ser um instrumento a serviço de um projeto educacional emancipatório.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Glauber Cassiano, Universidade Federal da Bahia

Mestrando pelo Programa de Pós-graduação em Educação (PPGE/FACED/UFBA). Membro do Laboratório de Tecnologias Informacionais e Inclusão Sociodigital (LTI Digital) da Universidade Federal da Bahia.

Camila Bahia Góes, Universidade Federal da Bahia

Doutoranda em Educação pela PPGE/FACED/UFBA. Mestre em Educação pela PPGE/FACED/UFBA. Licenciatura em Pedagogia pela Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS). Diretora Geral do Espaço Mediar Apoio pedagógico, psicopedagógico e psicológico (MEDIAR). Membro do LTI Digital da UFBA.

Bárbara Coelho Neves, Universidade Federal da Bahia

Professora Permanente do PPGE-UFBA e do PPGCI-UFSCar e colaboradora do PPGCI-UFBA. Doutora em Educação pela FACED/UFBA. Mestre em Ciência da Informação pela PPGCI/UFBA. Pesquisadora do PPGE e
PPGCI. Líder do Laboratório de Tecnologias Informacionais e Inclusão Socidigital (LTI@Digital).

Citas

ADORNO, Theodor W. Educação e emancipação. 3. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2003.

BLIKSTEIN, Paulo. Viagens em Tróia com Freire: a tecnologia como agente de emancipação. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 42, n. 3, p. 837-856, jul./set. 2016.

BONILLA, Maria. Helena., PRETTO, Nelson De Luca. Política educativa e cultura digital: entre práticas escolares e práticas sociais. Perspectiva, Florianópolis, v. 33, n. 2, p. 499 - 521, maio/ago. 2015.

DAGNINO, Renato; BRANDÃO, Flávio Cruvinel; NOVAES, Henrique Tahan. Sobre o marco analítico-conceitual da tecnologia social. In: LASSANCE JÚNIOR, A. E. et al. (Ed.) Tecnologia social: uma estratégia para o desenvolvimento. Rio de Janeiro: Fundação Banco do Brasil, 2004. p.15-64.

GALVÃO FILHO, Teófilo. Tecnologia Assistiva: favorecendo o desenvolvimento e a aprendizagem em contextos educacionais inclusivos. In: GIROTO, C. R. M.; POKER, R. B.; OMOTE, S. (Org.). As tecnologias nas práticas pedagógicas inclusivas. Marília/SP: Cultura Acadêmica, p. 65-92, 2012.

GIROUX, Henry. Culture and rationality in Frankfurt School Tought: ideological foundations for a theory of social education. Theory and Research in Social Education, v. 9, n. 4, p. 17-56, 1982.

GOMES, Luiz Roberto. Teoria crítica e educação política em Theodor Adorno. Revista HISTEDBR on-line, Campinas, n.39, p.286-296, set. 2010.

MARCUSE, Herbert. Liberdade e agressão na sociedade tecnológica. Revista Civilização Brasileira, n. 18, ano III, mar./abr., 1968.

MARCUSE, Herbert. Tecnologia, guerra e fascismo. São Paulo: Fundação Editora da UNESP, 1999.

MASCHIO, Elaine Cátia Falcade. A cultura digital na escola: reflexões sobre a transformação da prática educativa escolar. Revista Intersaberes v. 10, n. 21, p. 577-594, set./dez. 2015.

NEVES, Bárbara Coelho. Inclusão digital na educação: ciborgues, hackers e políticas públicas. Curitiba: CRV, 2019.

ROSA, Geraldo Antônio da, TREVISAN, Amarildo Luiz. Filosofia da tecnologia e educação: conservação ou crítica inovadora da modernidade? Revista Avaliação da Educação Superior, Campinas; Sorocaba, SP, v.21, n.3, p.719-737, nov. 2016.

SANTAELLA, Lucia. Culturas e artes do pós-humano: da cultura das mídias à cibercultura. 4. ed. São Paulo: Paulus, 2010.

SILVA, Roberta Maria Lobo da. Tecnologia e desafios da educação brasileira contemporânea. Trab. educ. saúde [online]. v. 6, n.1, p.29-50, 2008. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S1981-77462008000100003. Acesso em: out., 2019.

VERMELHO, Sandra. Algumas reflexões em torno da tecnologia como expressão da subjetividade. In: LEITE, Márcia; FILÉ, Valter. (Orgs.). Subjetividades, tecnologias e escolas. Rio de Janeiro: DP&A, 2002.

VYGOTSKY, Lev S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

VYGOTSKY, Lev S. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1989.

Publicado

2023-11-25

Cómo citar

CASSIANO, G.; GÓES, C. B.; NEVES, B. C. As tecnologias digitais no contexto educacional para a autonomia dos sujeitos . Revista Fontes Documentais, [S. l.], v. 2, n. 3, p. 43–58, 2023. DOI: 10.9771/rfd.v2i0.57584. Disponível em: https://periodicos.ufba.br/index.php/RFD/article/view/57584. Acesso em: 3 jul. 2024.