Memórias da Irmandade Nossa Senhora da Boa Morte em Cachoeira – Bahia / Brasil: documentação da confraria

Autores

  • Zeny Duarte de Miranda Universidade Federal da Bahia
  • Patrícia Reis Moreira Sales Universidade Federal da Bahia / Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
  • Eva Dayane Jesus dos Santos Universidade Federal da Bahia

DOI:

https://doi.org/10.9771/rfd.v2i0.57586

Palavras-chave:

Documentação, Patrimônio arquitetônico, Irmandade Nossa Senhora da Boa Morte, Memória cultural, Centro Cultural da Irmandade da Boa Morte, Tradição

Resumo

O destaque desta pesquisa encontra-se no levantamento de acervos documentais sobre a Irmandade de Nossa Senhora da Boa Morte, salvaguardados e disponibilizados ao público pelo Centro Cultural da Irmandade da Boa Morte, situado em um dos sobrados coloniais da cidade de Cachoeira – Bahia, e por outras instituições culturais, a exemplo da Fundação Pierre Verger, Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (IPAC), Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), possuidoras de rica concentração de dossiês sobre memórias da Irmandade, contadas através da documentação acumulada e produzida, constituída de manuscritos, impressos, fotografias, audiovisuais, desenhos, pinturas e outros variados registros informacionais. Sobre o entorno arquitetônico, será revisitado o contexto espacial relativo ao imóvel, onde funciona o Centro Cultural Irmandade da Boa Morte, integrado ao conjunto patrimonial paisagístico da cidade de Cachoeira, legalizado pelo IPHAN / Ministério da Cultura, com passagens históricas de outras formas de moradas em sobrados coloniais da Bahia, especificamente, da cidade onde se estabelece a Irmandade da Boa Morte, Cachoeira. Apresenta breve reflexão teórica-conceitual sobre arquivo e memória e o relacionamento do documento com memória.. Dessa forma, esta pesquisa busca suscitar reflexões sobre patrimônio documental relativo aos arquivos, aos monumentos arquitetônicos e urbanísticos e às manifestações culturais, em sua espacialidade.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Zeny Duarte de Miranda, Universidade Federal da Bahia

Professora Titular do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Doutora em Letras, UFBA. Pós-Doutora em Ciência da Informação em Plataformas Digitais, Faculdade de Letras da Universidade do Porto, com bolsa da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), Ministério da Ciência e Tecnologia e Ensino Superior de Portugal.

Patrícia Reis Moreira Sales, Universidade Federal da Bahia / Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

Doutoranda em Ciência da Informação (CI) pelo Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação (PPGCI/UFBA). Mestre em CI pelo (PPGCI/UFBA). Graduada em Arquivologia pela UFBA e em Comunicação Social pela Universidade Católica do Salvador (UCSal). Arquivista na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB).

Eva Dayane Jesus dos Santos, Universidade Federal da Bahia

Mestranda em Ciência da Informação (CI) pelo Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação (PPGCI/UFBA). Especialista em Gestão Governamental pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Bacharel em Biblioteconomia e Documentação pelo Instituto de Ciência da Informação (ICI/UFBA). Bibliotecária da UFBA.

Referências

BAHIA (Estado). Decreto nº 12.227, de 2010. Promove registro do bem de valor cultural que indica e dá outras providências. Disponível em: http://www.ipac.ba.gov.br/festa-da-boa-morte. Acesso em: 15 set. 2019.

BARBOSA, Magnair Santos. Cachoeira: ponto de confluência do Recôncavo baiano. In: BAHIA. GOVERNO DO ESTADO. SECRETARIA DE CULTURA. Festa da Boa Morte. Salvador: IPAC, 2010. Cadernos do IPAC.

BARBOSA, Magnair Santos. Irmandade de Nossa Senhora da Boa Morte: entre o Airê e o Orum. In: BAHIA. GOVERNO DO ESTADO. SECRETARIA DE CULTURA. Festa da Boa Morte. Salvador: IPAC, 2010. Cadernos do IPAC, 2.

BASTIDE, Roger. As religiões africanas no Brasil: contribuição a uma sociologia das interpretações de civilizações. São Paulo: Pioneira, 1989.

BELLOTTO, Heloísa Liberalli. Arquivo: estudos e reflexões. Belo Horizonte: UFMG, 2014.

CASTRO, Armando Alexandre. O patrimônio histórico-cultural e o turismo na Cidade Heróica de Cachoeira-BA: potencialidade x realidade. Interações, Campo Grande, MS, v. 7, n. 11, set., 2005. Disponível em: http://www.interacoes.ucdb.br/article/view/503/547. Acesso em: 10 set. 2019.

CORRÊA, Aureanice de Mello. Territorialidade e simbologia: o corpo como suporte sígnico, estratégia do processo identitário da irmandade da Boa morte. Revista Brasileira de História das Religiões, v.1, n. 1., p. 121-133, maio, 2008 – Dossiê Identidades Religiosas e História

DUARTE, Zeny. Arquivo e arquivista: conceituação e perfil profissional. Revista da Faculdade de Letras: Ciências e Técnicas do Patrimônio. Porto, I Série, v. 5/6, p. 141-151. 2006-2007.

FIEL, Carolina. O que é Diversidade Social? 2017. Disponível em: https://pt.lifeder.com/o-que-e-diversidade-social/ Acesso em: 15 set., 2019.

LE GOFF, Jacques. História e memória. Tradução: Bernardo Leitão, et al. Campinas: Editora da UNICAMP, 1990.

MACHADO, Luana Verena Nascimento. Poder feminino e identidade na Irmandade da Boa Morte. 2013. 179 p. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais) - Centro de Artes, Humanidades e Letras, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, 2013. Disponível em: https://www.ufrb.edu.br/pgcienciassociais/images/documentos/Disserta%C3%A7%C3%B5es/CD_DISSEluana.pdf. Acesso: 21 set. 2019.

MECENAS, Ane Luíse Silva. Sobre o divino manto de Maria: Mulheres africanas na procissão da Boa Morte em São Cristóvão oitocentista. Revista Histórica on line, São Paulo, n. 49, ago., 2011. Disponível em: http://www.historica.arquivoestado.sp.gov.br/materias/anteriores/edicao49/materia02/. Acesso em: 15 set., 2019

MOURA, Mariluce. TAVARES, Luís Henrique Dias. Uma guerra na Bahia. Revista da FAPESP, n. 119, jan.2006. Disponível em: https://revistapesquisa.fapesp.br/2006/01/01/uma-guerra-na-bahia/ Acesso em: 15 set., 2019

NASCIMENTO, Luíz Cláudio Dias do, ISIDORO, Cristiana. Boa Morte em Cachoeira. Cachoeira: Arembepe, 1988.

QUEIROZ, Ednalva. Metodologia. In.: Bahia. Governo do Estado. Secretaria de Cultura. IPAC. Festa da Boa Morte. Salvador: Fundação Pedro Calmon / IPAC, 2011.

REIS, João José. A morte é uma festa: ritos fúnebres e revolta popular no Brasil do século XIX. 2º ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1991.

SAÍNT-ADOLPHE, J.C.R. Milliet de. Diccionario geographico, historico e descriptivo do Imperio do Brazil. Paris, França: J. P. Aillaud, 1845. t.1. Disponível em: https://bibdig.biblioteca.unesp.br/handle/10/28232. Acesso em: 18 set. 2019.

SANTOS, Milton. A rêde urbana do Recôncavo. Salvador, BA: Imprensa Oficial da Bahia, 1959. - 38 p.

SILVA, Livia Maria Baêta da., FREITAS, Joseania Miranda. A Irmandade de Nossa Senhora da Boa Morte: uma perspectiva museológica e de gênero. I Enecult. Disponível em: http://www.cult.ufba.br/enecul2005/LiviaMariaBaetadaSilva.pdf. Acesso em: 18 set., 2019

TAVARES, Luís Henrique Dias. História da Bahia. Salvador: Centro Editorial e Didático da Universidade Federal da Bahia, 1974.

TAVARES, Luís Henrique Dias. História da Bahia. 11ª Ed. Salvador: UNESP & EDUFBA, 2008.

VERGER, Pierre Fatumbi. A contribuição especial das mulheres ao candomblé do Brasil. In: VERGER, Pierre Fatumbi. Artigos. São Paulo: Corrupio, 1992.

Downloads

Publicado

2023-11-25

Como Citar

MIRANDA, Z. D. de; SALES, P. R. M.; SANTOS, E. D. J. dos. Memórias da Irmandade Nossa Senhora da Boa Morte em Cachoeira – Bahia / Brasil: documentação da confraria . Revista Fontes Documentais, [S. l.], v. 2, n. 3, p. 75–92, 2023. DOI: 10.9771/rfd.v2i0.57586. Disponível em: https://periodicos.ufba.br/index.php/RFD/article/view/57586. Acesso em: 3 jul. 2024.

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

1 2 > >>