AS MARCAS HETERONORMATIVAS DA FESTA DE SÃO JOÃO:
UMA ANÁLISE AUTOETNOGRÁFICA
DOI:
https://doi.org/10.9771/revpre.v10i11.37855Palavras-chave:
Autoetnografia, Heteronormatividade, Festejos de São João, HomossexualidadeResumo
Este artigo analisou os aspectos heteronormativos presentes nas festas de São João, a partir denarrativas autoetnográficas desenvolvidas através de memórias, sensações, sentimentos, elaborações à luz de teorias da cosmosensação, vistas em autoras africanas como Oyèrónké Oyěwùmí e Sobonfu Somé, além de tratar a autoetnografia como um método de pesquisa antropológica já validadas em
autores como Walter Goldschmidt, e Silvio Matheus Alves Santos. Também, ao narrar as minhas experiências como um corpo homossexual em construção sofrendo as dores do maior festejo junino do Nordeste brasileiro, me utilizei da teoria de performatividade em Judith Butler, e fiz um percurso autoetnográfico trazendo para o centro das minhas discussões as marcas da heteronormatividade do São João na minha construção como pessoa da infância até o presente momento, explorando algumas teorias, mas, ainda mais sensações, sentimentos e escrituras sobre mim, as quais fizeram-me
desenvolver a minha subjetividade de homem homossexual no mundo.