Revista Prelúdios
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<p>A revista Prelúdios é uma publicação científica e eletrônica de Ciências Sociais, editada pelos discentes do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Universidade Federal da Bahia (PPGCS/UFBA), em coedição com a EDUFBA (editora da UFBA). A revista reúne textos inéditos e de interesse acadêmico - na forma de artigos, ensaios, resenhas, entrevistas e/ou traduções - em dossiês temáticos e/ou por demanda livre; visando a divulgação de pesquisas nacionais e internacionais na área das Ciências Sociais. A revista foi lançada pela primeira vez em 2013 e em 2023 passou a adotar o modelo de Publicação Contínua, com publicação de volume único anual. <br />Área do conhecimento: Ciências Humanas<br />ISSN (online): 2318-7808 - Periodicidade: Anual (desde 2023)</p>Universidade Federal da Bahiapt-BRRevista Prelúdios 2318-7808<span>Ao enviar o trabalho para ser avaliado pelo Conselho Editorial e/ou pelo corpo de pareceristas, o autor automaticamente concorda com a publicação de seu texto, sem qualquer ônus para os editores, uma vez que a Revista Prelúdios é gratuita e não remunera de forma alguma seus colaboradores. Caso o autor tenha interesse em republicar seu artigo futuramente em coletâneas impressas ou eletrônicas, deverá indicar a Revista Prelúdios - e o referido hipervínculo - como edição original (Exemplo: "Artigo originalmente publicado na Revista Prelúdios, Volume XX, Nº X, Ano XX, etc”).</span>A arte de etnografar vivências na roda do Lavrado
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<p>A intenção principal deste artigo é oferecer algumas reflexões metodológicas sobre o registro etnográfico de vivências grupais de percepção corporal, biodança, danças circulares, yoga e meditação. Iniciamos apresentando o conceito de vivência e de corpo desenvolvidos na Roda do Lavrado, ação de extensão realizada no âmbito do Projeto de Extensão Apoio aos Refugiados em Roraima do Instituto de Antropologia/UFRR. As vivências fazem parte de uma revolução silenciosa, porém contínua na construção de uma cultura do bem viver baseada na integralidade da vida humana. O corpo é a base de nossa experiência relacional. Desse modo, as dinâmicas grupais realizadas na Roda do Lavrado visavam, entre outros objetivos, o desenvolvimento do olhar disponível, a escuta sensível e o tato consciente nas práticas de percepção corporal. Esse enfoque centrado na experiência corporal em grupo e no registro posterior dessas vivências esteve presente de forma contínua nos encontros realizados. Logo, observamos que a etnografia das vivências, mais do que uma técnica, é a arte de registrar e expressar os biorrelacionamentos.</p>José Carlos Franco de LimaLisiane Machado AguiarInara do Nascimento Tavares
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2024-08-132024-08-1312e120042401e12004240110.9771/rp.v10i0.36602O materialismo histórico como fundação da ciência social
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<p>O artigo visa esclarecer as posições principais do filósofo marxista franco-argelino Louis Althusser acerca da fundamentação filosófica do método de Marx. Althusser foi um dos principais expoentes da filosofia marxista no ocidente no âmbito do leninismo. Para isso, realizamos uma revisão bibliográfica de algumas das principais obras althusserianas, focando na primeira fase de sua obra – considerada mais radical –, bem como de alguns dos continuadores de sua abordagem e de comentadores. Iniciamos o artigo com uma breve contextualização e cronologização da obra de Althusser. Em seguida, passamos à análise do pensamento althusseriano: sua periodização do pensamento marxiano, sua interpretação da crítica marxiana ao hegelianismo e à antropologia filosófica, sua concepção de prática, a prática teórica e, finalmente, o funcionamento desta última como método científico. Concluímos que, para o franco-argelino, a filosofia marxista representa uma epistemologia histórica da prática teórica engendrada pela própria revolução científica do materialismo histórico que fundou a ciência da história – ciência social – e avançou o conhecimento sobre o processo da prática humana – cuja principal é o trabalho – e, em troca, tal filosofia pode esclarecer e orientar a prática científica ao enuncia-la teoricamente. O materialismo histórico funda a ciência da história ao apresentar as bases da sociedade e da prática humana, e atravessa todas as compartimentações das ciências burguesas, sendo intrinsecamente “transdisciplinar” e “interseccional” – dialético – e superando cismas metodológicos qualitativos e quantitativos.</p>Fernando Henrique Silveira Camano
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2024-12-162024-12-1612e120082406e12008240610.9771/rp.v12i0.59165Revisão Sistemática
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<p>Este artigo se insere no contexto das discussões metodológicas apresentando os limites e as possibilidades do uso de Revisões Sistemáticas na Ciência Política e nas Ciências Sociais de maneira geral. Trata-se de uma Revisão Narrativa que buscou na literatura internacional e nacional o atual estado da arte sobre revisões bibliográficas com a finalidade de evidenciar as potencialidades de métodos mais sofisticados para as revisões em nosso campo. Além de descrever as etapas do processo da elaboração de uma Revisão Sistemática, o presente artigo discute as principais críticas feitas em oposição à adoção desse tipo de revisão de literatura nas ciências sociais, como as que dizem se tratar de uma abordagem meramente quantitativa, positivista e vazia de teoria. A partir das discussões é possível compreender as Revisões Sistemáticas como uma pesquisa em si mesma, tendo fins diferentes aos de outras formas de revisão, não se colocando como uma concorrente, mas se dispondo como uma outra ferramenta para o arcabouço do cientista político. </p>Eduardo Grizenti
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2024-12-162024-12-161210.9771/rp.v12i0.58966Mainha quem me ensinou a desconfiar do doutor
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<p>Este trabalho objetiva discutir sobre a escolha metodológica de pesquisas sociais em instituições (em e com documentos) de nomear os sujeitos de pesquisa com os seus nomes reais presentes no arquivo, enquanto forma política de responsabilidade ética com a descontinuidade de processos de invisibilização, ao mesmo tempo em que esse processo convive com o não fazer colonial do procedimento de nomear os sujeitos de pesquisa “de cima”, aqueles que são narradores desses sujeitos de pesquisa invisibilizados, implicando na permanência dos narradores como sujeitos invisíveis. Por isso, o argumento central do trabalho, a partir da constatação dessa prática, é se perguntar como essa escolha – de esconder os sujeitos narradores, os “de cima” – implica na invisibilidade colonial da responsabilidade desses agentes narradores para com os que são narrados, considerando também os limites e as possibilidades imbuídas na opção de narrar os narradores. Construo minha escrita na forma de ensaio, alinhada a uma revisão bibliográfica – focada em pesquisas sociais em instituições que tenham relação com o saber-poder jurídico- psiquiátrico, pela minha familiaridade com o tema –, trazendo ainda um escrever da minha experiência, uma escrevivência, focada em uma elaboração contínua de perguntas, como convite a discussão de nossos pressupostos epistêmicos em pesquisas sociais.</p>Ismael Cardoso da Silva
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2024-12-162024-12-1612e120082404e12008240410.9771/rp.v12i0.59567Como fazer uma etnografia de modo participante
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<p>O presente artigo tem como objetivos principais descrever o processo de imersão em campo e explorar a construção de uma relação de confiança mútua, fundamental para a condução de uma pesquisa etnográfica participante. Para alcançar tais objetivos, será realizada uma pesquisa bibliográfica sobre metodologias nas ciências sociais, com ênfase na antropologia e na prática etnográfica. A base dessa pesquisa será a experiência em campo adquirida durante a elaboração da dissertação. O artigo detalha a dinâmica e a organização de três espaços de sociabilidade denominados “maticas”, com o intuito de identificar os passos essenciais para iniciar um estudo em campo. A etnografia, mais do que um método, possibilita a coleta de dados concomitante à elaboração de teorias. No entanto, destaca-se que a prática etnográfica não segue um manual ou receita padronizada; cada contexto exige uma abordagem sensível e adaptada às particularidades dos interlocutores e do ambiente. A abordagem proposta por Clifford Geertz (1989), que enfatiza a descrição densa, será seguida. Geertz sugere que se deve pesquisar nos espaços e, simultaneamente, interpretar em um nível mais profundo a cultura dos participantes. </p>Germano Lopes Lopes ÂngeloOlendina de Carvalho Cavalcante
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2024-12-142024-12-141210.9771/rp.v12i0.59894Redes de gestão urbana público privadas
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<p>Este artigo apresenta reflexões teórico-metodológicas que atravessaram a produção da tese de doutorado intitulada “Para quem é a cidade? Redes de gestão público-privadas nas reformas urbanas dos centros históricos de Salvador (Brasil) e Cali (Colômbia)”. Este artigo se debruça sobre as lógicas das redes socioinstitucionais construídas entre os agentes urbanos envolvidos nas reformas urbanas dos centros históricos de Salvador e de Cali. Foram analisados três programas: o “Programa Revitalizar” da reforma urbana contemplada no projeto “Salvador 360°”, da Prefeitura, o “Programa Revive”, do Governo da Bahia, e o Projeto “Cidade Paraíso: um centro para todos”, na cidade de Cali, gerenciado pela Empresa municipal de Renovação Urbana (Emru). Metodologicamente, o estudou se baseou na análise empírica das redes público-privadas de gerenciamento urbano. A partir dessa perspectiva, foi possível identificar em cada caso um conjunto de alianças, estratégias e coalizões que visaram a modernização, recuperação, revitalização e renovação dos respectivos centros urbanos. Nessa linha de argumentação, o artigo ressalta a importância de estudos empíricos e comparativos na sociologia urbana que possibilitem identificar tendências continentais da gestão urbana, assim como os diversos conflitos que surgem ao redor do uso do solo urbano. Conclui-se que a participação nas redes de gestão urbana depende da posse de capital e do nível de articulação política dentro das instituições públicas e privadas envolvidas. Como consequência, essas redes tendem a excluir moradores, pequenos comerciantes e empresários que não possuem os recursos financeiros ou a influência política necessários. </p>Carlos Andrés Díaz Mosquera
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2024-12-142024-12-1412e12004240e1200424010.9771/rp.v12i0.59802Henri Lefebvre e o método regressivo-progressivo
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<p>O presente artigo sublinha a relevância do método regressivo-progressivo proposto no bojo da profícua e ampla produção intelectual de Henri Lefebvre. A exploração crítica que o autor efetua da noção marxiana de formação econômico-social possibilita, ao empregar o método regressivo-progressivo, romper com a prepotência das leituras unidimensionais que elegem a pretensa unitemporalidade do capitalismo, desvelando o desenvolvimento desigual e a superposição de tempos que caracterizam a dinâmica social, tanto em organizações capitalistas centrais, a exemplo da sociedade francesa, como em sociedades de modernidade inconclusa, como a sociedade brasileira. Fundamentado na leitura direta de parcela da obra lefebvriana e em escritos de inúmeros estudiosos, o texto apresenta quatro seções, além da introdução e da conclusão: num primeiro momento, informações biográficas e bibliográficas; num segundo estágio, categorias analíticas fundamentais empregadas pelo pensador marxista; a definição do método regressivo-progressivo e; posteriormente, a aplicação do método, efetuada pelo pensador francês, em um de seus clássicos estudos sobre a sociedade urbana. Transposto o percurso, atenta-se, na conclusão, a prodigalidade do método progressivo-regressivo e a necessidade de maior divulgação da perspectiva teórico-metodológica lefebvriana na sociologia brasileira. </p>Prado do Prado
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2024-12-162024-12-1612e120082405e12008240510.9771/rp.v12i0.59132