MONTAGEM COMO PROCESSO/PERCURSO, DESMONTAGEM COMO EVENTO/RUPTURA:

SOBRE ALGUNS QUEBRA-CABEÇAS IRRESOLUTOS

Autores

DOI:

https://doi.org/10.9771/revpre.v9i10.37666

Palavras-chave:

loucura, saúde mental, etnografia, método, jogo.

Resumo

O presente artigo visa apresentar algumas experiências etnográficas a partir do meu trabalho de campo no Hotel da Loucura/ RJ, as quais organizam-se em torno de algumas crises epistêmicas na Antropologia sobre o método etnográfico. A partir dessas experiências esboço algumas reflexões sobre os protocolos e os treinamentos existentes para um(a) antropólogo(a) realizar seu trabalho de campo e sua etnografia, pensando-as como montagens e desmontagens de cenas, experiências, conhecimentos e sentimentos os quais parecem nunca compor um quebra-cabeça que tenha um conjunto finito de peças. Argumento que as montagens são parte de um processo de aprendizagem que compõem um percurso à deriva e a desmontagem é um evento de ruptura com o estabelecido e com o conhecido. A fim de dar corpo a esse argumento, exemplifico com algumas passagens do trabalho de campo, como tais (des)montagens podem ser produzidas no texto. Por fim, discuto sobre as relações entre jogos de montagem e suas correlações com um regime epistêmico moderno, do qual o projeto disciplinar antropológico, centrado na etnografia, é herdeiro.

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Biografia do Autor

Luciano von der Goltz Vianna, Unioeste/Ciências Sociais

Possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2010) e Mestrado em Antropologia Social pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social na UFRGS (2013) e Doutorado no PPGAS da Universidade Federal de Santa Catarina. Atualmente trabalha com saúde mental, etnografia e epistemologia. É membro do Grupo de Pesquisa Oriente e pesquisador vinculado ao Instituto Brasil Plural. Tem interesse nos debates em torno da Teoria Ator-Rede, do Perspectivismo Ameríndio e da Virada Ontológica. Com tese intitulada "Paradoxos de uma ciência à deriva: o Hotel da Loucura e alguns modos de perder-se em uma pesquisa" buscou interrogar sobre os limites epistemológicos da etnografia ao sugerir a existência de um modo de pesquisar à deriva na Antropologia. Também possui experiência de pesquisa com Antropologia da Ciência e da Tecnologia, com Antropologia do corpo e da saúde, com Antropologia Visual e Urbana e com metodologias de produção audio-visual.

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Publicado

2022-12-23

Como Citar

Vianna, L. von der G. (2022). MONTAGEM COMO PROCESSO/PERCURSO, DESMONTAGEM COMO EVENTO/RUPTURA: : SOBRE ALGUNS QUEBRA-CABEÇAS IRRESOLUTOS. Revista Prelúdios, 10(11). https://doi.org/10.9771/revpre.v9i10.37666