EXPERIMENTAÇÕES ETNOGRÁFICAS EM UM AMBULATÓRIO PSIQUIÁTRICO PARA IMIGRANTES E REFUGIADAS DE SÃO PAULO
DOI:
https://doi.org/10.9771/revpre.v10i10.36631Palavras-chave:
Saúde mental, Imigrantes, Refugiadas, Refugiados, Antropologia.Resumo
A atuação de antropólogas em serviços de saúde não é algo usual, ao menos no Brasil. Se é possível apontar para uma profusão de pesquisas etnográficas realizadas em hospitais, o trabalho prático de antropólogas nesses ambientes costuma ser raro. Esse trabalho pretende discutir a atuação prática de um antropólogo em um serviço de saúde mental especializado em imigrantes e refugiadas localizado na cidade de São Paulo, Brasil, descrevendo as dificuldades inerentes à invenção - teórica e prática - de um exercício pouco imaginado da antropologia, pensando e propondo formas de "transformar o dado em cuidado". Além disso, pretende-se também discutir as bases epistemológicas na qual o serviço em questão repousa, problematizando a razão de o espaço para a antropologia em serviços de saúde se abrir justamente em serviços de saúde mental, em geral, e especializado no atendimento de imigrantes e refugiadas, em específico.