Raça, Gênero e Classe Social: mulheres negras com doença falciforme entrelaçadas em opressões
DOI:
https://doi.org/10.9771/revpre.v9i9.36449Palavras-chave:
Interseccionalidade, Mulheres Negras, Doença Falciforme.Resumo
Para se entender as experiencias vividas por mulheres negras com doença falciforme (DF) precisa-se aplicar uma análise interseccional ao se debruçar sobre suas trajetórias de vida. A presente pesquisa explorou a trajetória dessas mulheres conhecendo suas experiências cotidianas. Delineou-se um estudo descritivo e exploratório, com abordagem qualitativa, desenvolvido a partir das histórias de vida de nove mulheres negras com DF residentes de Salvador e região metropolitana. As entrevistas foram realizadas entre os meses de abril e novembro de 2017. Identificamos nesse estudo que as mulheres negras com DF informam uma dinâmica no serviço de saúde que desconsidera suas condições sociais e culturais e desqualifica as suas experiências vividas. Conclui-se que é necessário reconhecer as mulheres negras com a doença como sujeitas ativas, pois esse reconhecimento abre espaço para o cuidado compartilhado e melhor qualidade de vida destas.