Transcestralidade

desobediências sexuais e de gênero como artimanhas de subjetivação contracolonial

Autores

DOI:

https://doi.org/10.9771/peri.v1i23.60794

Resumo

Nesta escrita nos propomos a quebrar o gesso academi(cis)ta e denunciar os projetos coloniais de aniquilamento das travestigeneridades, compreendendo como suas subjetividades desorganizam o sistema corpo-sexo-gênero, ameaçando a cis-héteroconformidade e potencializando as dissidências sexuais e de gênero. Através dos conceitos de colonialidade do gênero, gêneros nômades, desobediência sexual e de gênero, e transcestralidade, transitamos desde a morte como expectativa de vida de pessoas trans e travestis até o estraçalhamento da lógica normativa que pressupõe a ancestralidade e o futuro como privilégios somente cisgêneros. Histórias como a de Xica Manicongo delatam que sexo e gênero são invenções socioculturais, que as corporalidades e sexualidades dissidentes existem antes mesmo da imposição do binarismo normal-anormal; sua transcestralidade e a de outras é guia para desmantelar o normal, refundar o possível e invadir a produção de conhecimento e de subjetividades ciscentradas.

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Biografia do Autor

Maria Alice Teodoro da Silva, Universidade Federal de Alagoas

Graduanda em Psicologia pela Universidade Federal de Alagoas - UFAL / Campus Arapiraca/Unidade de Ensino Palmeira dos Índios.

Raul Santos Brito, Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Psicólogo, possui graduação pela Universidade Federal de Alagoas - UFAL / Campus Arapiraca/Unidade de Ensino Palmeira dos Índios. Mestre em Psicologia pela UFAL. Doutorando em Psicologia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - UNESP/Assis. Realiza pesquisa na área de psicologia social com ênfase nas relações étnico-raciais, ética do cuidado e epistemologias contracoloniais.

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Publicado

2025-12-11

Como Citar

Teodoro da Silva, M. A., & Santos Brito, R. (2025). Transcestralidade: desobediências sexuais e de gênero como artimanhas de subjetivação contracolonial. Revista Periódicus, 1(23), 90–109. https://doi.org/10.9771/peri.v1i23.60794