Uma análise sobre a culpa, o medo e a vergonha em "A palavra que resta", de Stênio Gardel
DOI:
https://doi.org/10.9771/peri.v3i20.60145Resumo
Este artigo oferece uma análise crítica da personagem Raimundo, protagonista do romance A Palavra que resta (2021), do escritor cearense Stênio Gardel, a partir dos sentimentos de culpa, medo e vergonha em relação à sexualidade. Utilizando um referencial teórico e uma abordagem analítica transdisciplinar que integra estudos literários, psicanálise e ciências sociais, o presente trabalho examina como esses sentimentos, potencializados por uma sociedade fortemente calcada em valores cristãos, operam como mecanismos de controle social, afetando a trajetória do protagonista. Destacamos como a família possui um papel fundamental na disseminação do sentimento de culpa cristã incutido em Raimundo. Todavia, além das temáticas principais discutidas neste estudo, pontuamos o processo de libertação do protagonista, que, a partir da meia-idade, elabora os traumas e inicia um processo de aceitação da própria sexualidade, superando os sentimentos que o tolheram ao longo da vida.
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Copyright (c) 2024 Raul Leme Medeiros, João Pedro Wizniewsky Amaral
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