Perigo cor-de-rosa
deimopolítica na ditadura cis-hétero-militar brasileira
DOI:
https://doi.org/10.9771/peri.v3i20.53216Resumo
Este trabalho consiste em uma reflexão sobre a produção do medo aos dissidentes sexuais e de gênero durante o regime ditatorial brasileiro (1964-1988). Objetivamos propor e defender o conceito de “deimopolítica” como paradigma de governamento vinculado às tecnologias de produção da posição de sujeitos amedrontados (amigos) e de sujeitos ameaçadores (inimigos). Tomamos a “deimopolítica” como um funcionamento do registro do poder responsável por selecionar social e historicamente quais corpos devem ser temidos e quais corpos merecem compaixão. Para isso, analisamos as políticas sexuais e de gênero radicalizadas pela ditadura militar como estratégia de controle social e como estratégia de justificação da necessidade social desse regime ditatorial. Ao mobilizar o medo e a esperança, as instâncias intraestatais incitaram a produção de uma posição-sujeito cidadão essencial ao projeto nacionalista totalizante de recorte neoliberal dependente que desenhou e constituiu o quadro sociopolítico (democracia liberal) que se perpetua na sociedade brasileira.
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