Rodas de cura e cuidado com mulheres negras rurais e quilombolas
extensão e diálogo de saberes
DOI:
https://doi.org/10.9771/peri.v1i19.52810Resumo
Neste relato de experiência de uma atividade extensionista, os saberes tradicionais e populares são majoritariamente produzidos por mulheres negras em sua diversidade de comunidades de origem. Essa pluralidade se reflete nas práticas de cura e cuidado voltadas ao manejo dos processos de saúde e doença, através de recursos como plantas medicinais, rezas, benzimentos, bem como dos ofícios das erveiras, parteiras e raizeiras. A fim de estabelecer pontes e conexões entre os diferentes modos de produção e socialização de cuidados em saúde, 37 mulheres de comunidades negras rurais e quilombolas, dos estados da Bahia e de Sergipe, foram convidadas a participar da ação “Saberes tradicionais e populares de cura e cuidado”. Desenvolvida a partir de cinco eixos temáticos, essa atividade buscou promover espaços de aprendizagens mediadas pela copresença dos saberes populares, tradicionais e aqueles produzidos pela Universidade. Como resultados, além do fortalecimento de vínculos, socialização e visibilidade aos saberes de cura e cuidado dessas mulheres, foi produzido o caderno “Cura e cuidado: do feminino ancestral ao saber popular”, que resgata os principais temas trabalhados no curso. Considerando que tais saberes estão diretamente vinculados à autonomia das mulheres e de suas comunidades, destacamos a necessidade de as graduações da área da saúde nas universidades públicas brasileiras promoverem espaços de interlocução ontológica e epistêmica que revelem a diversidade e multiplicidade de perspectivas sobre a saúde, a doença e o cuidado.
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Copyright (c) 2023 Maria Beatriz Barreto do Carmo, Bianca Rückert, Thais Rodrigues Penaforte, Larissa Santos da Silva Marques, Ana Catharina de Freitas Rocha
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