Cidade das meninas invisíveis

cartografias de gênero nos espaços públicos livres de Florianópolis

Autores

DOI:

https://doi.org/10.9771/peri.v1i18.49823

Resumo

O lazer urbano e as práticas lúdicas na cidade são direitos que devem ser contemplados na política pública para crianças e adolescentes. Por meio do método cartográfico, objetivamos caracterizar os modos de uso dos espaços públicos livres pelas crianças em Florianópolis (SC), relacionando aspectos de gênero e idade. Os dados foram registrados em diários de campo compostos no deslocamento do pesquisador pela cidade. No total, foram observados 81 equipamentos de lazer para a infância em 19 bairros da cidade, contabilizadas 210 crianças e adolescentes, sendo 30% do gênero feminino. A invisibilidade e baixa presença das meninas nesses locais parecem ser marcas da opressão de gênero, que se engendra, com o passar dos anos, nos corpos femininos. Concluiu-se que a interseccionalidade entre gênero e faixa etária pode influenciar o acesso ao direito ao lazer em espaços públicos, com meninas, em especial as crianças mais velhas e as adolescentes, tornando-o mais restrito.

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Biografia do Autor

Adriano Donin Neto

Graduado em Licenciatura em Educação Física na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2011). Concluiu a Residência Multiprofissional em Saúde Mental no Grupo Hospitalar Conceição no ano de 2013. Ator pelo curso de formação de atores na Escola de Atores da Terreira da Tribo (2016).  Atualmente realiza Mestrado em Saúde Mental na Universidade Federal de Santa Catarina.

Laura dos Santos Boeira, PUC RS

Doutoranda em Psicologia Social (PUCRS). Mestre em Bioética pela Universidade de Brasília. Psicóloga pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, com residência em Oncohematologia (RIS/GHC) e especialização em Gestão de Redes de Atenção em Saúde (FIOCRUZ).

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Publicado

2023-01-16

Como Citar

Donin Neto, A., & dos Santos Boeira, L. (2023). Cidade das meninas invisíveis: cartografias de gênero nos espaços públicos livres de Florianópolis. Revista Periódicus, 1(18), 48–63. https://doi.org/10.9771/peri.v1i18.49823