Design e a tecnologia sexual:
breve panorama a partir de Foucault e Preciado
DOI:
https://doi.org/10.9771/peri.v3i16.38614Resumo
Este ensaio delineia um breve panorama conceitual em torno da noção de “tecnologia sexual” nos pensamentos de Paul B. Preciado e Michel Foucault, com o intuito de depreender tal dimensão tecnológica enquanto uma prática de design. Para tanto, apresento a perspectiva de Foucault acerca da sexualidade, destacando a filiação de Preciado para com essa abordagem e como que o design pode ser entendido sob esse prisma. Esclareço, na sequência, a noção de “tecnologia” (cara à Foucault) e o sentido de dizer que o sexo é tecnológico, com especial atenção ao conceito de “dildo” (caro à Preciado). Contextualizo, então, algumas das tecnologias sexuais historicamente recentes ao longo de um panorama abreviado da invenção do (hetero)sexo, na esteira da genealogia do orgasmo feminino traçada por Preciado. Uma vez assinalado que a heterossexualidade talvez seja o design mais bem-sucedido da história, concluo apontando que, no terreno da tecnologia sexual, o design aciona uma via de “mão-dupla”: pela manutenção e reforço da heteronormatividade, possibilita, paradoxalmente, a subversão da sexualidade assim construída. Por fim, forneço ainda um “breve glossário contrassexual”, com o intuito de esclarecer alguns termos-chaves abordados neste artigo.Downloads
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