Quando uma categoria analítica entra no xirê: pensando gênero a partir do Candomblé

Autores

  • Almerson Passos Universidade Federal da Bahia

DOI:

https://doi.org/10.9771/peri.v1i14.36666

Resumo

A construção de gênero enquanto categoria analítica possibilitou uma oferenda teórico-metodológica importante para pensar o processo de tomada de consciência frente às ideologias do cisheteropatriarcado. Por outro lado, a noção interpelada e disseminada para pensar o feminismo durante muito tempo, a partir da vida das mulheres europeias, não nos possibilitou olhar para as outras experiências e saberes situados que eram produzidos principalmente pelas mulheres africanas, amefricanas e ameríndias. Nessa encruzilhada epistêmica, as narrativas de pessoas praticantes do Candomblé sobre as temáticas de gênero e sexualidade nos abastece de um conjunto imensurável de experiências de diversos corpos que trans[e]tam nesses espaços e fissuram o caráter universalista do conceito de gênero para pensar as relações sociais. O presente trabalho pretende fazer uma breve reflexão desta categoria no Candomblé a partir das contribuições de Oyèronké Oyewùmí, trazendo para debate gênero e os contrapontos baseados nas dinâmicas da matripotência e do transe de Orixás.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Downloads

Publicado

2021-01-20

Como Citar

Passos, A. (2021). Quando uma categoria analítica entra no xirê: pensando gênero a partir do Candomblé. Revista Periódicus, 1(14), 09–33. https://doi.org/10.9771/peri.v1i14.36666

Edição

Seção

DOSSIÊ 14 Dissidências sexuais e de gênero nas religiões