Quanto mais me sinto, mais vejo que sou flor e ave e estrela e universo: histórias de Tieta, uma travesti que se fez em trânsitos

Autores

  • Danillo Bitencourt Santos Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
  • Marcos Lopes de Souza Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

DOI:

https://doi.org/10.9771/peri.v1i12.33386

Resumo

Resumo: Hora do embarque. A nossa movimentação é um passeio pela travestilidade. Convite feito. De início algumas travestis não quiseram ir com a gente, pois estavam insatisfeitas com a forma pela qual a academia realizava suas pesquisas com elas. O medo e a descrença pela pesquisa tomou conta de meus pensamentos. Pensei em zarpar. Mas, alguém, já na saída, nos deu a mão. Ela veio conosco. Com carão, com coragem, pegando carona. Ela. Tieta. Expulsa de casa pela mãe, por conta da descoberta de um romance com o pároco da Igrejinha de Jesus, Maria e José, da pequena Quixadá, no Ceará, Tieta seguiu viagem. E, numa encruzilhada, na boleia, chegou a Vitória da Conquista, no interior da Bahia, cidade em que mora este aqui, corresponsável pelas futuras linhas que irá transitar. Esta é, portanto, uma historia sobre migração, identidades, gênero, etnicidade e pertença de grupo.

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Biografia do Autor

Danillo Bitencourt Santos, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

Mestre em Relações Étnicas e Contemporaneidades, pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, campus de Jequié-Bahia, com área de concentração na temática das relações étnicas e sua interface com gênero/sexualidades tanto em contextos escolares quanto não-escolares em diferentes espaços-tempo. Possui graduação em Comunicação Social / Jornalismo pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (2005). Tem experiência na área de Comunicação e Direitos Humanos. Já atuou como Coordenador de Políticas LGBT do Estado da Bahia, no período de 2008 a 2011 e como Coordenador de Promoção da Cidadania e Direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais da Prefeitura de Vitória da Conquista, Bahia, entre os anos de 2011 a 2016. Atualmente, se desafiou numa nova graduação, em Pedagogia, e nos estudos dos Direitos Humanos e Contemporaneidade, nível especialização, pela UFBA. Tem interesse em pesquisas sobre identidades, travestilidades, gêneros e sexualidades, educação.

Marcos Lopes de Souza, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

Possui Licenciatura e Bacharelado em Ciências Biológicas pela Universidade de São Paulo - FFCLRP (1995-1998) tendo realizado Iniciação Científica sob orientação da Profa. Dra. Eda Therezinha de Oliveira Tassara e co-orientação da Profa. Dra. Silvana Aparecida Pires de Godoy. É mestre (1999-2002) e doutor (2002-2007) em Educação pelo PPGE da Universidade Federal de São Carlos sendo orientado pela Profa. Dra. Denise de Freitas. Realizou estágio de pós-doutorado pela Universidade Federal de Juiz de Fora (2014-2015) sob a supervisão do Prof. Dr. Anderson Ferrari. É professor titular do Departamento de Ciências Biológicas (DCB) da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, campus de Jequié-BA. Coordena o Grupo de Estudos e Pesquisas em Gênero e Sexualidade da UESB. É professor do Programa de Pós-Graduação em Educação Científica e Formação de Professores (PPG-ECFP) e do Programa de Pós-Graduação em Relações Étnicas e Contemporaneidade (PPG-REC), ambos da UESB, campus de Jequié-BA. Tem experiência na área de Educação, atuando como pesquisador e extensionista, especialmente nos seguintes temas: ensino de ciências e biologia; diversidade de gênero, sexual, étnico-racial e educação; formação docente e as questões de gênero e sexualidade; a interface entre sexismo, racismo e homofobia nas escolas.

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Publicado

2020-04-13

Como Citar

Santos, D. B., & Souza, M. L. de. (2020). Quanto mais me sinto, mais vejo que sou flor e ave e estrela e universo: histórias de Tieta, uma travesti que se fez em trânsitos. Revista Periódicus, 1(12), 245–256. https://doi.org/10.9771/peri.v1i12.33386

Edição

Seção

DOSSIÊ 12 - Migrações e exílios motivados pelas dissidências sexuais e de gênero